Para o FMI, Brasil será o país emergente mais endividado a partir de 2019

Relatório do FMI divulgado hoje lançou alerta para as dívidas do governo e das empresas no Brasil. No lado privado, o documento afirma que as empresas brasileiras não-financeiras cresceram, na última década, em uma velocidade 2 vezes maior que a das companhias de outros países. E o endividamento público bruto do Brasil segue avançando e, a partir de 2019, será o maior entre 40 países emergentes selecionados, chegando a 93,6% do PIB em 2021.
GASTOS
No ano passado, a dívida pública bruta do Brasil era de 73,7% do PIB. Os altos gastos com previdência, o aumento dos investimentos na Petrobras, o crescimento dos empréstimos dos bancos públicos (sobretudo o BNDES), combinados com a recessão, levaram a esse cenário. O documento aponta ainda que o déficit primário do governo será de 2,8% do PIB neste ano. Para o FMI, o Brasil só voltará a ter superávit primário em 2020, quando a economia chegará a 0,3% do PIB.