ONGs elogiam e Igreja diz que aval pró-aborto do procurador da República está “fora de cogitação”
Quinta 08/09/16 - 11hO documento em que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defende aborto para casos de mulheres com zika repercutiu entre entidades civis. Para a antropóloga e pesquisadora do Instituto de Bioética Débora Diniz, a discussão sobre a interrupção da gestação é diferente dos casos de anencefalia, por exemplo, quando o foco estava no feto. “Aqui a questão não é o feto. A mulher pode ter zika, mas não apresentar nenhuma alteração no feto. O problema é a pressão psicológica que ela sofre. Obrigá-la a se manter grávida nesta situação é uma violência. É semelhante a uma situação de estupro.”
SACRIFICAR
A CNBB se posiciona contra o aborto e diz que não se pode sacrificar um ser humano. Para a Igreja Católica, o aval pró-aborto de Janot está “fora de cogitação”. A argumentação do procurador foi apresentada em parecer encaminhado ao Supremo Tribunal Federal sobre ação movida pela Associação Nacional de Defensores Públicos, que pede direito à interrupção da gravidez para infectadas por zika.