Ataque com 50 mortos em boate gay de Orlando, nos EUA: homem de 29 anos, de família do Afeganistão, jurou lealdade ao Estado Islâmico. Entrincheirado, ele atirou por 3 horas, até ser morto. É o maior atentado desde o 11 de Setembro
Domingo 12/06/16 - 9h16 Homem fortemente armado - que pode ser terrorista e vinha sendo monitorado pelo FBI - abriu fogo em boate gay de Orlando, na Flórida, na madrugada de hoje. Havia 300 frequentadores no local e a polícia calculou inicialmente que 20 pessoas foram mortas, e 42 ficaram feridas. (O número de mortos passou para 50 no final da manhã). O atirador portava um fuzil AR 15 e uma pistola quando invadiu a Boate Pulse. Ele foi morto por atiradora da SWAT, da elite policial dos EUA, após se entrincheirar e resistir por 3 horas, sempre disparando.
TERROR
O tiroteio até aqui é classificado como "incidente terrorista", praticado por homem que não é da área de Orlando. O Atirador é "organizado e bem preparado" - admitiu a polícia. O esquadrão antibombas e uma equipe de materiais perigosos foram mobilizados. O número de mortos ainda pode subir.
50 MORTOS
No final da manhã, a polícia de Orlando, EUA, ampliou o número de mortos para 50, com 53 feridos já relacionados. O autor dos disparos foi identificado como Omar Mateen (foto), um norte-americano de 29 anos que foi morto pela polícia após acirrada troca de tiros. "Temos indícios de que este indivíduo pode ter inclinação ao terrorismo islamita, mas não podemos dizer isto com toda certeza", disse uma fonte do FBI. A família do atirador seria do Afeganistão. O atentado é o maior em número de vítimas desde o 11 de Setembro.
OBAMA
Neste que também já é considerado o maior massacre nos EUA, o presidente Obama acaba de anunciar que enviará autoridades federais para as investigações. Os Estados Unidos estão em choque com os acontecimentos da madrugada de hoje, em Orlando, na Flórida, lugar muito visitado também pelos brasileiros, pois lá fica a Disneylândia.
HOMOFÓBICO
O pai afegão do suspeito Omar Mateen, que nasceu em Nova Iorque, reconheceu que o filho tinha comportamento homofóbico. Isto aumenta a preocupação de que terroristas vinculados ao mundo Islâmico - o que ainda é mera suspeita - passem a adotar procedimentos contra a comunidade gay, de maneira geral.
BRASILEIROS
Autoridades consulares brasileiras em Miami informaram que não têm conhecimento de brasileiros entre os mortos e feridos.
JUROU
Por volta das 14h, hora de Brasília, circulou entre os investigadores do caso na Flórida a informação de que o suspeito, morto no tiroteio com agentes da SWAT, havia jurado lealdade ao Estado Islâmico.O atirador, antes de iniciar a matança, teria ligado para a polícia e jurado lealdade ao líder do grupo terrorista Estado Islâmico, divulgou a rede CNN.
REIVINDICOU
A agência de notícias Amaq, do Estado Islâmico, disse que o grupo foi responsável pelo tiroteio com 50 mortos. "O ataque armado contra uma boate gay na cidade de Orlando no Estado norte-americano da Flórida que deixou mais de 100 pessoas mortas ou feridas foi realizado por um combatente do Estado Islâmico", disse a Amaq. As autoridades até aquinão confirmaram a informação
CASADO
A família do atirador disse que a escolha de boate gay não foi coincidência. Seu pai relembrou que o filho tinha raiva e incômodo com homossexuais. "Estávamos no centro de Miami e as pessoas estavam tocando música. Ele viu dois homens se beijando e ficou muito bravo", disse. O atirador foi casado até 2011 e tinha filho de três anos. A ex-mulher o classificou como "mentalmente instável" e afirmou que ele a agrediu diversas vezes.
PODE SUBIR
O número de mortos no massacre ainda pode subir devido à gravidade do estado de alguns dos feridos