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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°79009
De: Ucho Ribeiro Data: Sexta 14/11/2014 23:22:57
Cidade: M. Claros

BAIXADA DA SANTA CASA
4ª PARTE

Uma minúscula casa guinada para o poente, ao fundo do Colégio Imaculada, abrigava um casal germânico com três filhos louros, de olhos azuis. O mais velho, John, era colega de Fred, o do meio, Henry, meu colega, e o menor, que não lembro o nome, também estudava no colégio São José. A porta, sempre trancada, só era aberta parcialmente pela mãe quando batíamos para chamar os meninos para brincar. O pai nunca aparecia, não trabalhava nem saia de casa. Na fértil imaginação infantil, achávamos que o oculto e carrancudo alemão era da Gestapo e fugitivo da guerra. Suspeitávamos que fosse parceiro do famoso médico da SS nazista, Josef Mengele, “Anjo da Morte”, responsável pelo extermínio de judeus. Chegamos a montar uma carta denúncia para a embaixada de Israel, colando cuidadosamente palavra por palavra, recortadas de revistas e jornais, porém nunca conseguimos tirar uma foto do temido e misterioso oficial ariano para anexarmos como prova. Creio que só não efetivamos a delação por causa da amizade e afeição que tínhamos pelos três meninos.

Ao lado do refúgio da família alemã era o dormitório do internato do Colégio Imaculada. Quase todas as semanas rapazes faziam serenata para galantear as resguardadas internas, entre elas, as belas Marina Queiroz e Suely Oliveira. O cortejo musical se estendia à casa da frente, morada das jovens donzelas Lopes: Teresinha, Maristela e Vicentina(19).

No mesmo passeio em direção a Cel. Luiz Pires, residia o solitário e elegante Pedro Santana, mestre nas cadeiras de história, inglês e na norma culta, coloquial, sem gírias. Só saia de casa arrumado e bem penteado, sempre pronto para uma recepção. As duas casas vizinhas eram da família Dias. Na primeira, vivia Dona Aldinha, com suas filhas Ariana e Ana Verena e, na outra, Dona Nenzinha, que tinha uma filha chamada Neuza. Na direção a Rua Reginaldo Ribeiro, havia a casa de Dona Idália, mãe de João Capoteiro, Ernestina, Arlinda e Neném(20).

Também na irmã Beata, lado oposto, vizinho do Seu Juquita Queiroz, morava Seu Geraldo Borges do Café Diplomata, pai de uns dez filhos(21).

Findando a rua, à direita, em frente a casa da família Tralalá(22), ficava a casa do Seu Píndaro e Dona Ilda(23), que não fugindo à regra, tinham uma porção de filhas, todas bonitas, e um punhado de marmanjos, dois deles notívagos e músicos, Dandão e Davi.

À esquerda, era a funerária da Santa Casa, onde fabricavam variados tipos de caixões para os defuntos da cidade. Uns eram acolchoados, nos quais Paulinho, meu irmão, quando matava aula, dormia. Marão o acordava cedo para ir ao Polivalente e ele se esquivava e corria para a funerária. Lá, destampava o caixão mais fofo, deitava e puxava a tampa e o ronco. Só deixava uma frestinha para respirar. Acordava ao final da aula gazeteada. Esperava desinchar a cara e chegava para almoçar.

Existia um único caixão para os indigentes, construído com o fundo falso. O pobre morto só era agasalhado até o cemitério. Depois que o caixão descia na vala comum, o fundo era aberto e o coitado despejado. O féretro era recolhido e o defunto coberto de terra. Bai, bai...

Na Santa Casa, trabalhavam: Zé Azul, motorista e braço direito das Irmãs, que as acompanhava para fazer compras no mercado e outras tarefas; Pedrinho e Tampinha, mecânicos e eletricistas, responsáveis pela manutenção dos carros; Seu Liordino, um velho senhor que dirigia tanto a Veraneio das irmãs como a caminhonete fordona. Esta tinha uma carroceria de carregar defuntos para o cemitério que parecia um oratório.

Um dos divertimentos era cuspir fino e pouco nos olhos abertos dos mortos recém-chegados à funerária, para ver se eles piscavam e fechavam a pálpebra do olho salivado.

Tinha ainda dois outros senhores, responsáveis pelo destrinchamento dos cadáveres para a vistoria do legista Dr. Geraldo Drumond: Seu Geraldo e Seu Barbosa. Este último era um negro forte que, antes de iniciar o serviço de corte, ia ao boteco mais perto e tomava um copo até a tampa de pinga. Ao final, outro, para arrematar. Um para ter coragem, o outro para esquecer.

Na lateral da Santa Casa também tinha uma fabriqueta de hóstias. Sá Joana, após cortar as redondas pastilhas de trigo, distribuía as rebarbas para a gulosa meninada. Tinha moleque que chegava entalar com as sobras que pregavam do céu da boca a garganta adentro.

Na esquina do Café Diplomata, iniciava-se o beco da Coronel Spyer. Logo depois do muro da casa de Tóla, no outro passeio, moravam Seu Idevano, gerente do Automóvel Clube, e Dona Pedrelina(24), costureira de mão cheia. Nosso convívio era com os filhos Marcão (Gordo) e Nenga (Nem Galinha). Este último era o capeta em forma de gente. Uma vez, minha mãe estava encomendando uma roupa na casa de Pedrelina e viu Nenga correndo em cima do muro do quintal. Assustada, mamãe perguntou: - Ave Maria, Pê, este diabo do Nem Galinha frequenta aqui também? Não sei como você aguenta, ele falta me enlouquecer lá em casa.
Pedrelina, sem graça, disse: - Ô Jacy, eu tenho que aguentar, Marcos Antônio é meu filho.

Colado na casa de Idevano havia o sobrado de João Caldeira, dono da madeireira que funcionava na Irmã Beata, ao fundo lateral da nossa casa. O dia inteirinho ouvíamos o barulho do vai e vem das serras cortando as imensas toras de madeiras. Era de lá que pegávamos a serragem para colocar nos gols dos campinhos de futebol. Ele tinha um filho, Roger que, salvo engano, foi para Belo Horizonte estudar dança, e uma linda filha chamada Vilma. Havia também o assisado Jackson, que o ajudava na serraria, andava sempre arrumado e só se deslocava montado numa bicicleta verde toda paramentada e limpíssima. Tinha um moderníssimo dínamo para acender os faróis e até um rádio acoplado no guidom. De dar inveja.

Já quase no final do beco, situava-se a casa do Coronel João de Deus(25) e seus rebentos. Os homens, Ziba, Têra e Ada, eram companheiros de toda hora, tinham o sentido sempre voltado para as brincadeiras e para o futebol, quando não estavam no mundo encantado deles: Juramento. As meninas, Deusmira e Valmira, diferentemente, eram estudiosas e a última tornou-se promotora em Montes Claros.

Na Cel. Spyer também moravam Dona Joana e seus filhos, Amarildo, Ronnie e Alexandre, amigos da rapaziada.

Bem, depois de tantas e saudosas memórias, o que restou da minha baixada? Onde está o longo muro esburacado da Santa Casa? E o murinho da casa de Jessinho? Cadê os campinhos de futebol e as casas dos meus amigos com as portas escancaradas? Não vejo crianças nas ruas, nem o rio correndo vistoso e piscoso. Não ouço mais a gritaria da meninada, apenas buzinas e freadas. O cheiro de café foi substituído pela fumaça dos carros e das ambulâncias. Só na memória e de olhos fechados ouço o variado barulho dos rolamentos percorrendo as diversas texturas dos passeios das residências: zizizizi, vrum vrum vrum, tlec tlec tlec, vrup vrup vrup, ziiiiiiii, e o sonoro e contumaz tombo. Onde eu guardei as minhas bolinhas de gude, minha manivela de 16 cruzetas e o meu álbum completo de figurinhas, tão quistos? Cadê a minha tanajura mor, da bundona mais inchada, vitoriosa em todos os combates frente às dos outros meninos? E a meia dúzia de cobras de vidro que eu guardava na gaveta do meu guarda-roupa? Para aonde foi a minha coleção de selos, herdada de mamãe? Lembro-me de páginas e páginas de “Olho de Boi”, que troquei com Ernesto e Paulão por míseros centavos, por um lápis de cor ou por uma desejada borracha? Cadê a inocência de Cori, os causos do Cel. Georgino, a gentileza de Seu Juquita, a amizade de Waltinha, a fidalguia de Júlio de Melo Franco, a alegria de Tola, as palhaçadas de Tadeu, os tombos de Aníbal, o fundo musical do piano de Júnia, as brincadeiras de strak-deixa, estátua, bolso esquerdo, a raça de Têra e Ada na defesa e os dribles de Tone Lídio e Malveira no ataque? Não ouço mais a estridente corneta de Mazzaropi, nem a rouca buzina de Adão Padeiro, anunciando o seu pão alemão. Não mais flutuo por cima do rio Vieira, pendurado em cipós, nem pego mais cari em suas águas. Nunca mais nadei em seus poços ou brinquei nos esconderijos de suas margens. Hoje tudo está cimentado, asfaltado, enterrado na nossa memória. Tudo passou, foi embora, levado para longe, como as enchentes do Vieira que arrastavam madeiras, fogões, cobras, portas, vidas e sonhos.

Resto-me só, desamparado, neste caos urbano, anônimo, tentando aspirar na memória, inocentemente, um pouco daquele cheirinho de café torrado, na esperança de voltar à minha infância para brincar com aquela meninada alegre e amiga, principalmente com os que se encantaram e nos deixaram saudades.

Fim.


NOTAS:

(19) Filhas de Biô e Florinda Lopes, juntamente com Irmã Marilda, Padre João Batista, o vereador Hamilton Lopes, Geraldo, Antônio Augusto (Antoninho), Romário, Jason e Alexandre.
(20) Neném, casada com João Rosquinha, pais de Ernane, Everaldo e Everlando.
(21) Geraldo Borges e D. Sinhá, pais de Jandira, Elenice, Luciene, Cristina, Betinha, Marco, Walkir, Irã, Reinaldo e Marcinho.
(22) Ubaldino e D. Marlene, pais de Tone Lídio, Lalá, Lucado, Cazoba, Caderinque (Ique), Sergio, Marcelo (Nem) e Viviane.
(23) Píndaro e D. Ilda, Ari, Davi, Dandão, Ernani, Danilo, Oldack, Geralda (Gue), Kaia, Ieda e as gêmeas Eni e Adi.
(24) Idevano e D. Pedrelina, pais de Marcão (Gordo), Marco Antônio (Nem Galinha ou Nenga), Marília, Mary e Marla.
(25) João de Deus e D. Durvalina (Vainha), pais de Ziba, Têra, Ada, Deusmira (Di) e Valmira.
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Mensagem N°79008
De: Joao Data: Sexta 14/11/2014 19:23:53
Cidade: montes claros

Movimentaçao de viaturas policiais e ate helicoptero sobrevoando proximo ao hospital haroldo tourinho agora umas 18:00.alguem tem mais informaçoes do q seria?

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Mensagem N°79006
De: José Geraldo de Freitas Drumond Data: Sexta 14/11/2014 10:12:55
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

REGRAS DO JOGO

Em toda democracia, as relações entre os distintos estratos e segmentos sociais são balizados por regras estabelecidas por leis, originadas da instância competente, no caso o parlamento, onde têm assento os representantes da população.
Assim são formuladas a Constituição e as leis de um país, estado ou município, em todo o mundo democrático. São as regras do jogo que medeiam o papel de cada membro da sociedade.
No Brasil, a criação de universidades públicas determinou que se lhes assegurasse os princípios da autonomia administrativo-acadêmica, além da indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão. Eis o que emana da Constituição Federal, estadual e da Lei Orgânica dos municípios, que albergam em seus âmbitos administrativos as suas universidades.
O estatuto legal destas universidades varia entre fundação de direito público e autarquia, ambas compreendidas na estrutura da administração indireta estatal. Como tal, os seus dirigentes são designados pelo governo de cada instância mediante a apresentação de listas de nomes escolhidos pela comunidade universitária.
No entanto, como se trata de uma lista de nomes, é do alvedrio do governante definir quem, no seu entendimento, alcança os predicados adequados para liderar a instituição universitária.
No caso da Unimontes, uma autarquia estadual regida por normas consoantes à Constituição Estadual e por seu Estatuto, está estabelecido que, ouvida a comunidade universitária, formar-se-á uma lista tríplice para reitor e outra para vice-reitor, as quais deverão ser remetidas ao Governador do Estado para a designação dos respectivos nomes que deverão governar a universidade por um quadriênio.
Essas listas, homologadas pelo Conselho Universitário, são encaminhadas tradicionalmente obedecendo-se uma ordem alfabética dos nomes mais votados., com a finalidade de se evitar constrangimento (e/ou uma indelicadeza) à autoridade que tem o poder decisório.
Este é o processo legal e tradicional que vigora na Unimontes até mesmo antes de sua criação, quando ainda era a Fundação Norte Mineira de Ensino Superior (FUNM).
Compulsando a história e os dados existentes nas atas dos conselhos superiores dessas instituições, constata-se que a escolha do Governador nem sempre recaiu sobre o primeiro nome ou sobre quem tenha recebido maior número de votos.
É bom lembrar que na primeira eleição direta para a Direção Geral FUNM, que precedeu a criação da Unimontes, a escolha para vice-diretor geral recaiu sobre o nome do Professor Geraldo de Magalhães Zuba e não sobre o segundo colocado em ordem de votação, o Professor Alfredo Dolabella Portela Filho.
Na eleição para o primeiro reitorado da Unimontes, período 1998-2002, a escolha do Governador para vice-reitor foi do Professor Paulo César Gonçalves de Almeida, que não era o primeiro colocado na votação da lista para vice-reitor.
E na segunda eleição para reitor da Unimontes, período 2002-2008, o reitor escolhido foi o Porfessor Paulo César Gonçalves de Almeida, que ocupava o segundo lugar na lista dos mais votados pra o cargo.
Portanto, não há que discutir sobre a prerrogativa do Governador do Estado em designar, ao seu talante, os nomes que considera adequados para os cargos de reitor e vice-reitor, dentro das opções que lhes são encaminhadas pelo Conselho Universitário, periodicamente.
As gestões políticas feitas pelos candidatos incluídos nas respectivas listas para obter sua designação governamental, são mais que legítimas e democráticas; entretanto, há que se ter como perfeitamente legítimo e democrático a submissão de seus nomes à decisão final da autoridade governamental, que tem a prerrogativa constitucional de nomear os dirigentes da autarquia.
Qualquer excesso, sob qualquer pretexto, que possa deslegitimar esse processo, significa mais uma deficiência de convicções democráticas de seus autores, quando não podem ecoar motivos escusos...

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Mensagem N°79003
De: Ucho Ribeiro Data: Quinta 13/11/2014 12:15:31
Cidade: Montes Claros

Hoje, o acriançado poeta Manoel de Barros foi-se ou se encontrou eternamente com o menino que o conduziu vida afora. Faleceu em Campo Grande, ao 97 anos.
Sua linguagem era artesanal, não se prendia as convenções gramaticais ou sociais, buscava sempre a simplicidade. "Porque me abasteço na infância e minha palavra é bem-de-raiz e bebe na fonte do ser".
Na maturidade, confessou: Me procurei a vida inteira e não me achei - pelo que fui salvo...

A poesia está de luto.

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Mensagem N°79002
De: Manoel Hygino Data: Quinta 13/11/2014 10:43:59
Cidade: Belo Horizonte

As chuvas no sertão

Manoel Hygino - Hoje em Dia

Chuva no sertão é mais esperada, com mais fervor e ansiedade, que o prêmio maior da Sena. Enfim, a loteria beneficia apenas um, ou uns, quando do chamado bolão. As águas descendo das nuvens são mais democráticas, trazem bondades a milhares e milhares, mesmo milhões de pessoas. Por isso, o homem do sertão – ou mulher – diz que ela vem do céu, constitui algo sobrenatural, que depende de Deus, porque nele se crê.
Quando falta esta bênção no sertão, em longa temporada, reúnem-se as devotas para o terço na suas humildes habitações, fazem novenas e formam procissão com as fiéis carregando pedras na cabeça em cantorias tristes, expressando dor, mas também confiança em que não sejam esquecidas. E o sol, inclemente e impiedoso, desce em chispas sobre as cabeças desprevenidas.
Caminhões e caminhões, lotados dos que procedem de terras mais ao Norte, chegam carregando suas dores e já parcas esperanças. São dezenas e centenas de quilômetros de incômodo percurso, passando fome, lembrando o que ficará para trás, os pequenos e pobres bens que herdaram de pais e avós também sofridos. Sem mais condições físicas para enfrentar o extenso deslocamento ao Sul, ficavam em seus casebres os mais idosos, aguardando a hora final ou já sepultos na terra em que vieram à vida.
Quando outubro se esvaía neste 2014, o redator local, atento e com bom texto, registrou eufórico: chuva de encher rio, uniforme, vigorosa, comportada, sem raios e trovões. Chuva de lavar os ares, de acender a iluminação das ruas. Chuva de Deus, chuva da infância em minha cidade, quando a população toda rumava para a beira do rio Vieira, a fim de ver a enchente chegar e passar, ir levando grandes toras e tudo que achava pelo caminho. Chuva de transformar ruas em rios, próprias às brincadeiras dos indomáveis meninos que fomos todos. Chuva de se juntar às outras na memória da gente, de tapar os horizontes, de aquietar a terra, serenar, docemente lhe dizendo nas profundezas que aqui estamos nós, os filhos de Eva e da terra.
Persiste, porém, a dúvida. Ela vai continuar? As boas impressões persistiram, mas não longamente: as chuvas inaugurais do sertão, ou mesmo as saideiras, que abrem e fecham o ciclo das águas, costumam ser iradas. Este ano, não. Surgiu de mansinho, estendeu seu manto sobre a serrania com doçura e o calor forte fugiu. Temporariamente.
Reina a natureza, há festas nos ninhos, a natureza se recompõe, a ensinar aos homens que eles pertencem à natureza, e não o contrário, como julgam na sua soberba, e enfatiza o jornalista Paulo Narciso. Ele olha pela janela – os montes claros encobertos pela chuva mansa e pensa: é a sinfonia de sempre nos pingos de chuva. O Natal parece que chegou. Glória a Deus nas alturas.
Mas tudo não passou de um aviso prévio, para que todos se preparassem para quando a chuva chegar forte, ao ponto de destruir moradias humildes. Resta esperar, os rios estão secos, até o Velho Chico chora de saudade na lonjura de seu leito sagrado.
O São Francisco murchou, virou um filete de água, os peixes morrem, a agricultura ribeirinha padece duramente, o gado enfraquece e carrega seu esqueleto em busca de alimento. Que venha mais água do céu!

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Mensagem N°79001
De: Prefeitura Data: Quarta 12/11/2014 18:23:13
Cidade: M. Claros

Dois médicos cubanos do programa Mais Médicos que atendiam à Estratégia de Saúde da Família nos bairros Jardim Olímpico e Novo Delfino deixaram de comparecer ao trabalho há cerca de uma semana.A situação já foi comunicada ao Ministério da Saúde. Eles foram notificados ontem pelo Ministério e, se em 48 horas não responderem, serão considerados desistentes voluntários do Programa.A Secretaria Municipal de Saúde informa que o atendimento nos locais estará normalizado já na semana que vem.
***
Hoje em Dia - Cubanos são notificados por ausência no Mais Médicos em Montes Claros - Dois médicos cubanos que integravam o programa Mais Médicos, do Governo Federal, em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, não comparecem ao trabalho há uma semana. A informação é da prefeitura da cidade. Segundo o Executivo de Montes Claros, os médicos atuavam no programa Estratégia de Saúde da Família nos bairros Jardim Olímpico e Novo Delfino. A ausência dos profissionais foi comunicada ao Ministério da Saúde, que já notificou os cubanos. Casos eles não retornem ao trabalho em 48 horas, poderão ser considerados desistentes do Mais Médicos. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o atendimento nos dois bairros deverá ser normalizado até a próxima semana.
***
O Tempo - Ministério da Saúde notifica cubanos que abandonaram trabalho em Minas - Dupla que atuava no Programa Federal Mais Médicos, em postos de saúde pelo Programa Municipal Estratégia de Saúde da Família, deixou posto de trabalho há uma semana e ainda não apareceu - Camila Kifer - O Ministério da Saúde notificou dois médicos cubanos do Programa Federal Mais Médicos, que atendiam em postos de saúde pelo Programa Estratégia de Saúde da Família em Montes Claros, no Norte do Estado, e abandonaram os trabalhos há uma semana. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (13) pela Secretária Municipal de Saúde.
Por meio de nota, a secretaria informou que ambos os profissionais trabalhavam nos postos localizados nos bairros Jardim Olímpico e Novo Delfino. Na última semana, os médicos deixaram o local de trabalho e não retornaram. Amigos cubanos que, também, fazem parte do programa informara à secretária que na última vez que a dupla entrou em contato estavam em Belo Horizonte. Agora, ambos estão refugiados em Miami, nos Estados Unidos, segundo os relatos.
A prefeitura de Montes Claros notificou o Ministério da Saúde nessa quarta (12). No mesmo dia, o ministério contactou os médicos. Caso não retornem ao trabalho em 48h, a partir de quarta, eles serão considerados desistentes voluntários do programa.
Outros dois profissionais estão sendo contratados pela própria prefeitura, que espera que o atendimento seja normalizado até a próxima semana. Ainda conforme a Secretaria Municipal de Saúde , atualmente 26 médicos estrangeiros participam do programa federal, desses 16 são cubanos.

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Mensagem N°79000
De: Liliane Data: Quarta 12/11/2014 13:15:49
Cidade: Montes Claros - MG

Gostaria de informar ao Sr.Valdemar Pereira da cidade de Manga (Mensagem 78997), que as inscrições para o vestibular da UNIMONTES foram prorrogadas até o dia 14/11/2014. Espero que consiga inscrever sua filha para o vestibular.

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Mensagem N°78999
De: José Ponciano Neto Data: Quarta 12/11/2014 08:58:20
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

Parque Lapa Grande: A direção do parque deve explicações acerca das medidas inconsequentes que estão impondo e dificultando realizações de importantes tarefas naquela Unidade de Conservação (UC). Na mensagem 78995 postada pela CEMIG retrata o desatino. Como pode deixar faltar água numa parte da cidade face de um regulamento descomunal? Quando cogitaram a criação do Parque Lapa grande por meio de um decreto (44.204) no Art. 3º está explicito: Compete ao Instituto Estadual de Florestas - IEF, em conjunto com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA, administrar o Parque Estadual da Lapa Grande, adotando as medidas necessárias à sua efetiva proteção e implantação. Atualmente, além da Copasa não fazer parte da administração, tem dificuldade de realizar algumas tarefas alusivas a estudos do manancial; como aconteceu recentemente quando fomos impedidos de coletar água para analises que iriam subsidiar o Projeto: “Avaliação Hidrogeológica dos Sistemas Aquíferos Cársticos e Físsuro-Cársticos na Região Hidrográfica do São Francisco”. Somente dois dias depois após um agendamento desnecessário foi possível. Ressalto que, o acesso franqueado a Copasa é para troca de turno dos operadores que trabalham na unidade de bombeamento ali existente bem antes da criação do parque. Tais, ocorrências não ocorre em outros Parques onde a Copasa é co-gestora: Parque Estadual da Serra do Rola-Moça (BH) ; Parque Estadual Serra do Cabral Buenópolis/ Joaquim Felício; e o Parque Estadual Pau de Fruta em Diamantina, destaco o acesso e o relacionamento que são harmonioso e frutífero Preservar é necessário, mas, tudo tem limite. Talvez o próximo secretário da SEMAD possa mudar o tratamento com as estatais que depende de pesquisar e dar manutenção no interior do parque Lapa Grande. Talvez seja este rigorismo que vem deixando a população contrária à ampliação do parque. Aliás, provavelmente tem outro viés. Alguns proprietários desejam equilibrar sua situação com a desapropriação. O pior. Em detrimento dos pequenos sitiantes nativos naquela região.
(*) José Ponciano Neto é Técnico em Meio Ambiente Natural e Urbano e Técnico do Programa Água Doce do Ministério do Meio Ambiente no componente Mobilização Social.

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Mensagem N°78998
De: Sulamita Popoff Data: Terça 11/11/2014 16:05:39
Cidade: MINAS GERAIS  País: Brasil

Acabei de ser roubada nas imediações da Vila Guilhermina por um homem de moto escura que vestia calça jeans, camisa amarela e botina. Ele me fechou de moto na esquina da rua José Joaquim Guimarães. Levou a minha bolsa com dinheiro, documentos e pertences pessoais. Fiz a ocorrência e fui muito bem atendida pela Polícia Militar. Consegui imagens dele na câmera de segurança de uma residência próxima. Peço que divulguem as imagens e qualquer coisa entrem em contato comigo.

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Mensagem N°78997
De: Valdemar Pereira Data: Terça 11/11/2014 09:08:45
Cidade: Manga/MG

Sou leitor deste Site e faço isto todos os dias, lamentavelmente é que por confiar neste informativo que esgotou o prazo para inscrição do vestibular 2015 - Unimontes, não sendo mais possível inscrever minha filha para o curso de medicina. Somente ontem às 20:00 que tomei conhecimento do prazo. Sei que a culpa não é da equi pe do montesclaros.com, mas o culpado sou eu mesmo por confiar tanto neste informativo e que desta vez nada postou sobre o vestibular Unimontes. Continuarei sendo leitor de vcs mas com um pouco de descrédito... Jesus abençoe a todos! Obs. Agora tenho que torcer para ser prorrogado o prazo para inscrição.

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Mensagem N°78996
De: Geraldo Lopez Data: Terça 11/11/2014 08:44:05
Cidade: m.claros

Bom dia. Saí ontem cedo de BOCAIÚVA e peguei chuva até JANAÚBA. chuva boa, constante. Muitos tanques à beira da estrada já pegaram água. Deus queira que chova bastante até março para termos pelo menos água nos rios, pois o pasto já se foi, infelizmente.

att

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Mensagem N°78995
De: Cemig Data: Terça 11/11/2014 08:13:52
Cidade: Montes Claros

(...)A Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig informa que a interrupção no fornecimento de energia ocorrida ontem no Parque Lapa Grande, atingindo uma unidade da Copasa, ainda não foi solucionada. A equipe da Cemig esteve no local para identificar as causas e solucionar o problema, mas teve dificuldade para chegar até o local, devido à dificuldade de acesso, em função do tipo de vegetação do Parque. Ao retornar para dar continuidade aos trabalhos, foi impedida de entrar, tendo sido informada que estava fora do horário de liberação de entrada no Parque. A Cemig aguarda a liberação do órgão responsável para que a Empresa possa realizar as manutenções necessárias na rede para corrigir o problema e evitar, inclusive, interrupções acidentais futuras.

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Mensagem N°78994
De: Observador Data: Segunda 10/11/2014 16:47:09
Cidade: Montes Claros/MG

"9/11/1944 - Morre em ação, nas operações do rio Reno, Itália, Geraldo Martins de Sant’Ana, Cabo da Força Expedicionária Brasileira. Nasceu, em Montes Claros, a 29 de março de 1922, filho de Antônio Martins de Sant’Ana Primo e dona Josefina Cândida Sant’Ana..."
Montes Claros homenageia os 70 anos da morte do seu herói da II Guerra Mundial.

Mensagem N° 75132

De: Neto Data: Seg 15/4/2013 11:54:45
Cidade: Montes Claros MG País: Brasil

Prezados senhores, Quantos pais ainda restaram nos dia de hoje como esse pai montes-clarense que escreveu ao seu filho enviado para a II Guerra? Att, Neto 14/04/13 - Cabo Geraldo Santana: uma carta de pai para filho sexta-feira, 12 de abril de 2013 Este ano, coloquei-me na missão de pesquisar a respeito do meu único conterrâneo a morrer em combate na Segunda Guerra Mundial, Cabo Geraldo Martins Santana, que neste 2013 faria 90 anos de idade. Seu irmão caçula foi bastante gentil comigo, cedendo uma grande quantidade de documentação, que hoje está no arquivo da Sala de Guerra.Entre a documentação que recebi, uma carta me chamou a atenção. Emocionei-me muito da primeira vez que passei os olhos sobre este documento, perdido há quase 70 anos. As palavras nele contidas são as angústias sinceras de um pai entregando a vida do filho à nobre causa da defesa da Pátria - fato que o destino consumou apenas 13 dias depois.
Geraldo Santana morreu em combate em 9 de novembro de 1944, sem nunca ter recebido esta carta; e é muita sorte que uma cópia tenha sobrevivido até nossos dias. Todos a quem mostrei este documento são unânimes em dizer que jamais viram algo semelhante sobre a FEB. É um testemunho de abnegação e dever patriótico que vai acima do amor familiar - quando o Sr. Antônio Santana despede-se do filho e pede-lhe para não sentir medo da morte. Sentindo-me no dever de compartilhar esta carta com todos vocês, faço dela, finalmente, imortal:Júlio César G.Antunes


Montes Claros, 28 de outubro de 1944
Querido filho Geraldo:
Saudades...


Recebi do Quartel-General do Rio de Janeiro comunicação que foste incorporado à Força Expedicionária Brasileira.
Não foi pra mim nenhuma surpresa, porque o soldado está sempre sob as ordens dos seus superiores e deve acatar essas ordens com todo o respeito.
Foste incorporado porque era necessário que a Pátria insultada respondesse à agressão dos corsários Nazistas que agiram debaixo de espesso nevoeiro, matando nossos irmãos.
Aqui, em casa, todos receberam com imenso orgulho essa notícia. Filho, jamais surja em teu cérebro o pensamento de um homem covarde. Seja firme no cumprimento do dever, principalmente quando a nossa Pátria foi traiçoeiramente atacada pelos vilões de além-mar.
Não importa que o intenso inverno dificulte a nossa marcha ou que o sol abrasador faça demorar o avanço, o certo é que precisamos chegar até o fim do nosso itinerário ombro a ombro com as FORÇAS ALIADAS.
Ainda me recordo daquela bela poesia que diz em uma de suas estrofes:
Para a frente que importa a invernada,
Temporal, inclemência de sois.
Quem for fraco, que fique na estrada,
Que a vanguarda é o lugar dos heróis.
Pedimos a Deus para conservar tua pessoa ilesa das balas assassinas dos Nazistas; porém, se for do agrado do Altíssimo que o teu corpo tombe no campo de batalha, para que muitos outros vivam, seja feita a vontade de Deus.
O ataque deve ser repelido embora sucumbam alguns dos nossos. Que papel faríamos se permanecêssemos de mãos cruzadas quando o inimigo comum tentou ultrajar a nossa soberania?
Seremos por ventura alguma estátua onde o sangue não circula?
É legal trair nossa tradição?
Não, isto não.
Dos túmulos de Caxias, do Tenente Antônio João, de Camisão e outros mais, ouviríamos o grito da dor do insultado dizendo-nos:
Irmãos, hoje mais do que nunca o Brasil precisa vingar os seus filhos.
Levai em resposta à agressão a esses Nazistas o brilho de uma baioneta empunhada para que os nossos sejam vingados.
E, assim, acalmarão as ondas tempestuosas do mar furioso, e a bonança reinará para todos os povos do mundo, que foram vítimas dos sutis ataques do Eixo.
Portanto, filho, não queiras ter maus pensamentos e jamais haja em tua pessoa o desespero.
Seja também calmo. Porque todos nós temos que morrer um dia; logo, é desnecessário e mesmo indecente o desespero.
Muitos se enganam com a morte.
Ela não causa assombro a ninguém, porém enobrece a muitos. Se for preciso, morre em honra da Pátria e viverás eternamente. A tua lembrança ficará sempre conosco.
Um conselho: conserve sempre a tua fé em Deus e jamais a deixe seduzir por outrem. Todos nós estamos indo bem graças a Deus.
O que sentimos são saudades tuas, mas esperança de que em breve estarás aqui em Montes Claros conosco.
Terminando, pedimos a Deus por tua pessoa e pela honra e glória do Brasil e o cabal êxito da FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA.
Queira aceitar a benção de teu pai e os abraços que teus irmãos, tias e cunhados lhe mandam.
Teu pai,
Antônio Martins de Santana Primo

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Mensagem N°78993
De: André Data: Segunda 10/11/2014 15:00:13
Cidade: Montes Claros - MG

Aviso a quem tem lote em Montes Claros e não o visita regularmente. É preciso sempre ir lá, verificar se ainda está no mesmo lugar. Lotes não mudam de lugar, mas a sua propriedade - entre nós - muda, de maneira fraudulenta. Todo dia, há notícia de alguém que é surpreendido por uma construção no imóvel que é seu. Há tempos, anos, age na cidade uma poderosa quadrilha especializada em vender lotes - dos outros. Quando o dono acorda, seu imóvel foi transferido no cartório, com toda aparência de legalidade. É preciso que as várias ramificações da Polícia investiguem e revele o tamanho deste golpe - que pode ser o maior da história de Montes Claros. É preciso que o assunto seja levantado pelo Ministério Público. Há poucas semanas, um dono de lote ainda conseguiu parar o início de uma construção no seu imóvel, localizado em importante avenida do Bairro Ibituruna. Há um silêncio absurdo e inquietante cobrindo esta fraude.

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Mensagem N°78992
De: Judith Data: Segunda 10/11/2014 14:54:10
Cidade: M. Claros

Pela primeira vez, nestas "águas", a barragem do chamado Interlagos, que o povo chama de Pampulha, a barragem sangrou. Foi hoje cedo, resultado das chuvas da manhã de hoje e da "pancada" de ontem à noite, cheia de raios. A última previsão do serviço meteorológico agora diz que vai chover em Montes Claros até domingo, pelo menos. A ver, pois a nossa meteorologia funciona como um "pato manco", nome que tomou dos políticos asnados.

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Mensagem N°78991
De: Manoel Hygino Data: Segunda 10/11/2014 10:44:28
Cidade: Belo Horizonte

Relíquias... ou quase

Manoel Hygino - Hoje em Dia

Leio uma lauda sobre a beatificação de Paulo VI, considerado o papa da continuação, conclusão, recepção e aplicação do Concílio Vaticano II. No texto, informo-me de que o pontífice beijou os pés do patriarca de Constantinopla, devolvendo a relíquia da cabeça de Santo André à Igreja Ortodoxa.
Os pormenores me chamam a atenção. Santo André é um dos apóstolos, o outro é Felipe, com nome grego. Natural de Betsaida, era irmão de Simão Pedro e pescador de Cafarnaum, sendo – juntamente com Pedro – chamado por Jesus ao apostolado. A tradição lhe atribui vários campos de atividade missionária, incluindo Bizâncio e Grécia, onde foi martirizado sobre uma cruz em forma de X, chamada Cruz de Santo André. Padroeiro da Rússia, ali Pedro, o Grande, criou a Ordem do Cavaleiro de Santo André.
Suas relíquias foram trasladadas, na época da quarta cruzada, de Acaia para Constantinopla e, em fins do século, para Roma, onde ficou principalmente em Amalfi, cidade italiana. Hume, “History of England”, 1891, conta que, no reinado do soberano inglês Henrique VIII, foi encontrado num “prego”, penhorado por quarenta libras (soma elevadíssima para a época) um dedo de Santo André, pertencente a um dos mosteiros ingleses mais célebres da Idade Média.
O tema, tão curioso, serviu para um capítulo de excelente obra de Ivan Lins (evidentemente o escritor), membro da Academia Brasileira de Letras, mineiro de Belo Horizonte. Lins, que foi meu amigo, recorda que o padre Vieira, no século 17, lembrava que foram disputadíssimos os restos mortais de São Francisco Xavier, cujo braço direito fora requisitado em Roma pelo Santo Padre, Paulo V.
Essa exagerada devoção gerou muitas fraudes. Frei Salibene, franciscano do século 13, nascido em Parma em 1221, deixou interessante crônica a respeito. Diz ele que, apareceu em Parma, carregada por frenética multidão em procissão, uma relíquia de Santo Alberto de Cremona. Era o pequeno dedo do pé.
Um cônego, dotado de extraordinário olfato, aproximou-se do andor e percebeu que o cheiro não era exatamente de santidade. Tomou em suas mãos a relíquia e constatou que a preciosidade não passava de um dente de alho.
O imenso valor das relíquias na Idade Média se devia a sua eficácia para exorcizar Satanás, o grande e permanente pesadelo medieval. Trata-se de algo que, mesmo hoje, ainda influencia os incautos e ingênuos. Guibert, Abade de Nogent, discípulo de Santo Anselmo, escreveu, em meados do século 12, a propósito de um dente de leite de Cristo, minucioso tratado que impressiona pela solidez da argumentação.
Naquele remoto tempo, até cidades europeias adiantadas acreditavam em estupendas relíquias. Várias localidades se orgulhavam de possuir sapatos, camisas, cabelos e até o próprio leite da Virgem. Autores garantem que o Papa Clemente V, em 1310, dividira em três o santo Umbigo, que teria sido conquistado por Carlos Magno ao império grego. Uma parte foi direcionada à igreja de São João de Latrão, em Roma, outra enviada a Constantinopla, e a terceira à igreja de Nossa Senhora de Châlons, onde se celebrou missa para recepcionar a honrosa partícula do corpo de Jesus.

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Mensagem N°78990
De: Wanderlino Arruda Data: Segunda 10/11/2014 08:27:12
Cidade: Montes Claros/MG

FAFIL, MAIS DE MEIO SÉCULO

Wanderlino Arruda

Creio que o grande laboratório de ideias a usina dos sonhos tenha sido mesmo as salas de aulas da Universidade Federal de Minas Gerais, onde moças montes-clarenses terminavam diferentes cursos, tão distantes uns dos outros que iam da História à Pedagogia, das Letras à Matemática, da Geografia às Ciências Sociais. Diplomatas, portadoras de muito saber e incentivo de antigos professores da capital, Isabel Rebelo de Paula, as irmãs Baby e Mary Figueiredo, Sônia Quadros Lopes, Florinda Ramos Marques, Dalva Santiago de Paula, ansiosamente, se uniram a outros idealistas, e o resultado foi o nascimento da Fafil - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Norte de Minas aqui em Montes Claros. Verdade é que não houve oposição ao seu trabalho e até não faltou crédito ou aquele sempre necessário voto de confiança. Todo mundo acreditou nelas, com o Colégio Imaculada Conceição cedendo espaço físico e moral, a Fundação Educacional Luiz de Paula fornecendo recursos e entusiasmo, professores como Jorge Ponciano Ribeiro, dando logo a sua quota de serviços. Foi uma beleza o começo, um sucesso o primeiro cursinho de Montes Claros. Lembro-me bem, da primeira aula de francês que tivemos com a professora Baby Figueiredo, com texto solto, impresso fora de livro, uma novidade! Lembro-me do Adélia Miranda elaborando, como secretária, os primeiros relatórios, apertando os primeiros alunos retardatários para não atrasarem no pagamento das mensalidades ou início das aulas. Era uma experiência interessantíssima com passagens de se emocionar! Era tanta sabedoria nova, um conhecimento tão organizado, uma perspectiva de aprendizagem tão grande, que problemas apareciam a toda hora, todos querendo aproveitar de tudo, sorver de vez todo um alimento que por não existir antes, estava sendo negado a quem muito o desejava. Acontecia então o troca-troca de salas, uma espécie de mineração de assuntos, um descobrir quem era o melhor professor um abeberar de toda uma nova filosofia de vida. Não posso contar tudo sobre as aulas de nossos cursos, nos primeiros dias do semestre, porque os acontecimentos vinham aos borbotões, quase sufocando a curiosidade, até confundindo as cabeças. Era como se fosse um vasto ciclo de conferências de palestras, um eterno comício. Hamilton Lopes, calouro, ensaiava os primeiros passos da política estudantil, João Valle Maurício, José Nunes Mourão, Hélio Vale Moreira, Mauro Machado Borges, alunos mais vividos, mostravam uma compenetração pouco natural de estudantes. Yvonne Silveira, esta numa santa vaidade de literata, se desmanchava em sorrisos e sutilezas numa alegria quase infantil. Tudo foi uma longa festa intelectual, uma corrida de muita sede à fonte, todos considerando um grande privilégio, uma oportunidade a mais de vencer na vida, em campos profissionais já longamente seguidos. Pela primeira vez, vimos professorinhas ensinando para ver elenco de construtores do futuro! Olhado de longe, cinquenta e um anos depois, quase uma loucura. Mas que maravilhosa loucura! Que o diga Isabel Rebelo de Paula, a primeira diretora.
Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros

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Mensagem N°78989
De: Yara Data: Domingo 9/11/2014 21:35:43
Cidade: Moc

Chuva e faíscas ainda há pouco em M. Claros. Veio da região certeira, da Malhada dos Santos Reis, tocada pelo vento norte. Chuva de descer em enxurrada, mas rápida, e faiscante. Aliviou um pouco do calor. Para amanhã, a previsão de agora é de 10 milimetros, consultei.

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Mensagem N°78988
De: Marcos Antônio Ferreira, juiz de Direito e professor da Unimontes Data: Domingo 9/11/2014 16:35:22
Cidade: Montes Claros/MG

A ÉTICA, A DEMOCRACIA E OS NÚMEROS DAS ELEIÇÕES DA UNIMONTES

Marcos Antônio Ferreira (*)

Na última quinta-feira, dia 6 de novembro, 6.189 pessoas, entre professores, servidores e acadêmicos da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), votaram nas eleições para Reitor e Vice-Reitor. Desse colégio eleitoral, 3.419 pessoas votaram no candidato Wagner Santiago, ou seja, 55,24% do total, proporcionando-lhe a vitória em números absolutos e proporcionais.
A Unimontes estava diante de três excelentes opções e possibilidades de Reitorado. A escolha das urnas aclamou o professor Wagner, que tem um perfil gestor construído ao longo de toda a sua história profissional. Associou-se a Vice-Reitora professora Silvia Nietsche, também majoritariamente votada, e um dos nomes mais ligados à pesquisa e à pós-graduação entre todo o valoroso quadro docente da nossa instituição. Esse “casamento” de perfis e propósitos foi calorosamente acolhido pela comunidade acadêmica.
Ressalte-se que a eleição da Unimontes apresenta um modelo questionado por muitos segmentos da Universidade, em função da sua desproporção no peso dos votos, em uma complicada matemática onde a parcela dos professores representa 70% de todo o processo e o voto dos servidores e alunos correspondem a 15% para cada categoria, totalizando 100% dos votos.
Esse cálculo considera o comparecimento dos eleitores às urnas. Neste pleito, o total de eleitores foi de 6.189 pessoas, sendo que após a aplicação dos pesos, o voto de cada professor foi multiplicado por 6, enquanto o voto de cada servidor foi multiplicado por 1,37 e o voto de cada aluno foi multiplicado por 0,19. Nessa complexa conta, os votos são convertidos em pontos. Também na pontuação, o professor Wagner Santiago seguiu sendo o mais votado e primeiro colocado da lista tríplice, com 3.525,08 pontos (39,61% do total), João Canela teve 3.173,48 pontos (35,66%), enquanto João Batista Silvério ficou com 2.201,11 pontos (24,73%).
O processo eleitoral foi permeado por discussões de alto nível propositivo. Todos os três candidatos, nas várias oportunidades de diálogo e debates com os eleitores, declararam categoricamente seu respeito aos princípios éticos e democráticos que devem reger o pleito acadêmico. Neste momento, a comunidade universitária tem convicção nas escolhas do governador Alberto Pinto Coelho, a quem cabe a prerrogativa de escolher, de acordo com a lista tríplice resultante do processo eletivo, o legítimo representante da Unimontes.
O professor Wagner Santiago foi o mais o votado em números absolutos ou proporcionais. A comunidade acadêmica espera que prevaleça a vontade das urnas, em conformidade com o desejo de mais da metade das pessoas que participaram deste processo, num total de 14 campi espalhados pelas regiões Norte e Noroeste de Minas e Vale do Jequitinhonha, representantes da magnitude e importância da Unimontes no Estado de Minas Gerais, seguindo-se a práxis adotada nos dois últimos pleitos dessa Universidade, onde a escolha do Governador recaiu sobre aquele que foi chancelado por seus pares.

(*) Juiz de Direito, Professor Universitário e Chefe do Departamento de Direito Público da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES

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Mensagem N°78987
De: Ucho Ribeiro Data: Domingo 9/11/2014 13:20:24
Cidade: M. Claros

BAIXADA DA SANTA CASA

(3ª parte)

A encascalhada Rua Irmã Beata era usada como corredor de bois para o matadouro Otani. Ao ouvir o toque do berrante repicado amadrinhando a boiada e ao avistar de longe a poeira em nuvem levantada, todos corriam para dentro de suas casas. Das janelas, portas e varandas, a meninada arreliava o tropel esquentado, bufante, torcendo por um estouro ou por um desatino de uma vaca mais doida, que não raro saltava a mureta de uma casa e fazia um escarcéu no jardim. Passado o tumulto, a rua ficava toda esverdeada, salpicada de estrumes, que deixavam o rastro e um cheiro de curral.

Essa nem tão beata rua foi uma chocadeira de artistas. Dali saíram vários músicos e compositores.

Depois da casa de Baixote morava Dona Carlota(15), mãe de uma porção de gente, inclusive de Tadeu, artista polivalente, mambembe, circense, itinerante. Rodou o país como músico, teatrólogo, hippie, artesão e o escambau. Viveu e bebeu a vida como poucos. Sempre alegre e criativo. Seu irmão, Dirceu, foi-se novo. Outra das minhas primeiras sentidas mortes. Mas a figura que habita o melhor da minha lembrança é Vicença, uma velha empregada, que passou a vida na casa de Dona Carlota. Era compacta, cheia, rosto redondo, despachada, alegre e conversada. Entendia-se bem com os adultos e dava conta da vida da meninada inteira. Sabia dos malfeitos, das brigas, dos romances e de todos os fuxicos e intrigas, mas não entregava ninguém. Amigona da garotada, sempre alertava:
- Ó, soverte, sua mãe está atrás de você.
- Cuidado, Seu Cristóvão está sabendo que você passou bosta na chave do relógio da casa de Dona Piluxa.
- Os meninos já desceram para jogar bola.
- Fulaninha tá dando mole procê! Acoche!
Era o cupido da safadeza. Estimulava e dava guarita pras malinagens. Sabia de tudo, mas sempre de bico calado. Não entregava a criançada, que confiava nos seus conselhos e dicas.

A casa seguinte era a de Cori Gonzaga(16), a eterna criança. Desde pequeno já participava das molecagens dos mais velhos. Não era o artífice, mas cúmplice, sempre xereta. Cedo pendeu para música e para os atrativos da noite. Adolescente, percorreu o Brasil com o Grupo Raízes. No compor músicas belíssimas procurou inspiração em muitos venenos e volta e meia calcava o pé no coentro.

Uma vez, ao sair de casa à noite, deparei com Cori sentado sozinho no murinho. Triste.
- E aí, meu poeta, como vão as coisas?
- Ô, Ucho, eu não tô bom não. Cê acredita que eu esqueci o nome de mãe?
O jeito foi recomendá-lo ir para casa tomar um copo de leite e dormir. – Amanhã conversaremos, Cori.

Outra feita, num velório na Santa Casa, Cori, que morava ao lado, apareceu para ver quem era o defunto. Manso, chegou junto ao caixão e perguntou a um dos familiares: - Ô, Nem, o compade aí morreu de quê?
O parente, sentido, em voz baixa, respondeu: - Já estava doente há muito tempo.
Cori arrematou: - Ah, então já tava carunchado, né?

Casa cheia era a de Seu Juquita Queiroz(17). Fábrica de artistas e músicos. Tudo pedra noventa. Era gente que não acabava mais. Recordo do Seu Juquita sempre formal, bem vestido, educado, elegante. Cumprimentava todo mundo, levantava o chapéu para as senhoras e tinha trato até para as crianças. Canarista e amigo do meu avô Pacífico, que sempre remoía: Todo criador de canário da terra é gente boa e séria. Pode confiar.

Uma vez, Seu Juquita, ao chegar em casa, deparou com um menino em cima do muro contemplando o por do sol.
- O que você está fazendo aí em cima do muro, jovem?
O garoto pego de surpresa: - Ahn?
Seu Juquita, curioso, indagou de novo: O que você está fazendo aí em cima do muro?
O rapazinho respondeu, brandamente: - Tô de bobeera.
- De bobeira? Como assim?

À tarde, sempre passava um vendedor gritando: - Olha a paçoquinha! Olha a paçoquinha! E em certos dias, frisava: “Hoje tem! Hoje tem!” Os desinformados achavam que ele anunciava que quem comprasse sua mercadoria afrodisíaca ia ter uma caliente noite. Mas para os entendidos, avisava que naquele dia ele estava abastecido com outras especiarias mais alucinantes e contemplativas.

Existiam outros ambulantes vendedores de guloseimas para a molecada. Um era Mazzaropi, que de longe tocava sua corneta estridente avisando a chegada de sua deliciosa iguaria – “Olha o quebra queixo da Bahia, quem tem dinheiro compra, quem não tem espia..... Burlesca e ao mesmo tempo fúnebre era a doceira Pacífica, sempre de luto, vendendo pés de moleque, doces de leite, cocadas brancas e pretas. A dupla concorria com os vendedores de pirulitos em cones de rapadura derretida, envoltos em uma fina película de papel manteiga e encaixados nas dezenas de buraquinhos de uma tábua furadinha que ficava pendurada no pescoço do ambulante.

De noitinha, apareciam pipoqueiros na Praça da Santa Casa, com os amendoins achocolatados, os cocos caramelizados, os algodões doces coloridos e os tradicionais roletes de cana caiana. Mas o suprassumo das gostosuras era a bala de puxa das Irmãs do Imaculada. Na fissura de refrigerantes, bebida rara naquela época, saíamos de casa em casa atrás de garrafas e litros para trocarmos pelo guaraná da fábrica RC, que por um tempo funcionou na Rua Irmã Beata. Dividíamos a bebida, gole a gole, sem nojo ou higiene. Lá perto tinha também uma das delícias de Montes Claros, a paçoca de Dona Teresinha Vasconcellos(18), muito apreciada pelos adultos.

Doces não eram vigiados. Os adultos adoravam ver os pequenos comerem fartamente. Até incentivavam a comilança. Ninguém preocupava com obesidade e nunca vi criança fazer regime. A meninada era ativa, não ficava parada. As brincadeiras aconteciam na rua e despendiam muita energia. Íamos a pé ou de bicicleta por todo o canto da cidade. Brincávamos até o anoitecer e nossos pais desconheciam o nosso paradeiro. A patota era unida e havia regras que eram seguidas à risca, pois todos tinham o sentimento de pertença a baixada e se orgulhavam de ser da turma.

Continua...

NOTAS:

(15) D. Carlota, mãe de Tadeu, Dirceu, da grande mestra Edméia, de Dilma (namorada de Beto Viriato), Fredo, Frido, Lindéia e Dílson. E a empregada Vicença.
(16) D. Clarice, viúva de Antônio Gonzaga, pais de Cori, Antonina, Sandra e Artur.
(17) Seu Juquita Queiroz e D. Lia, pais de Ruy Bongô, Dino, Marcos (Juquitão), Juquitinha (Nuné), Rosa, Amália, Marly, Olívia, Suzana e Silvia.
(18) D. Teresinha Vasconcellos, mãe de Cláudia, Sônia, Tina, Juliana e Leonardo.
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Mensagem N°78986
De: Custódio Data: Domingo 9/11/2014 10:36:16
Cidade: M. Claros

Estamos, continuamos esperando chuva - ha muito, muito tempo, mas especialmente agora que a meteorologia disse que ela está vindo ali, por trás da Malhada dos Santos Reis, ou vindo por sobre os montes claros, talvez pela serra de Bocaiúva. Chuva de Juramento muito ameaça e pouco chega. Ontem à noite, antes das 9h, veio uma cortinada de chuva, que perpassou, creio, pela cidade em geral. Rápida, algo molhadeira, mas rápida, sem aqueles trovões vigorosos da tarde, medonhos, tais repiquetes. Ficamos de plantão, estamos de plantão, e a chuva ainda não regressou, por horas. O céu de agora está razoavelmente nublado, de uma camada constante e clara. Capturemos as esperanças. A meteorologia, ora, a meteorologia fala em 8 milímetros hoje, 8 amanhã e mais 8 depois.Um dilúvio de 80 milímetros, para segunda-feira da outra semana, já foi anunciado e desidratado, literalmente, para pouco menos da metade, só que no domingo da semana que vem, não hoje. Vamos esperar, cantando com os penitentes - "ó que nuvem tão bonita, boa de Deus mandar chover, chuva que chove e o santo que alumeia - Ora pro nobis!". Viva nós, responde do céu. Quem?. Virgílio de Paula, gente nossa, daqui, ó.

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Mensagem N°78985
De: silqueira Data: Domingo 9/11/2014 10:17:58
Cidade: M. Claros

Vamos ajudar o Ucho a contar a história de nossa Montes Claros, tenho certeza de que ele não vai importar com nossa intromissão, afinal todo escritor precisa dos memorialistas. Falar de Montes Claros de quarenta anos passados é viajar no tempo e lembrar daqueles que não habitam mais esse nosso mundo. Vamos então abr ir a roda, fugi da vizinhança e falar um pouco do povo e dos pontos de encontro. Comecemos então da Sapataria de Tião Boi que ficava ali no fundo do Clube Montes Claros, (depois conservatório Lorenzo Fernandez) bem ao lado do Bar Sibéria, na Sapataria de Tião Boi falava-se de tudo, desde o futebol até a politica, ninguém explica como podia caber todo mundo ali dentro, Tião Boi sempre muito mal humorado comandava a turma, tinha os mais velhos e os mais moços, frequentavam lá diariamente: Quinca Queiroz, Rui Maia, Vicente Maia, Carlucio Ataíde, Beto Viriato, Dim, Dedeto, Sr. Novais (pai de Perereca) Euniuço Preto, Saul Sena, Guilherme Vieira, Julinho Boca de Fogo, Zé Agulha, Biô Maia, Ricardo Tupinambá, Tak Maia, Raimundo Chaves, Elcinho Figueiredo, Jader Figueiredo, Augustão Bala Doce, Alexandre Vieira, Paulinho Cães (quando vinha de férias), Theago Aquino, Popó, Waltinho, Cléber Veloso (goleiro do time de Tião Boi, Tatu, Ronaldo Roxo, Ronaldo Alcântara, Helton Veloso, Escana u (outro craque de bola), Duílio (chegou a jogar no Flamengo), Zé Carlos cabeludo (mas é careca), de vez em quando Sr. Toninho Rebello, prefeito da cidade passava por lá. Era muita gente, impossível falar de todos, os mais novos ficava por ali espiando e escutando a conversa dos mais velhos, eram eles: Lai, João Bafó, Tióla, Henriquinho Chaves, Américo Souto, Vitor Preto (hoje mora em Portugal), Zé Bode, Geraldão, Mauricinho, Flávio Machado, Luiz Machado, Ariosto Machado, Flávio Fagundes (facão, não jogava futebol, mas era um estrategista de primeira, sabia armar seu time). Tião Boi era Flamenguista doente, se tivesse vivo ele não abriria a sapataria na quinta feira passada depois que o Galo meteu 4 no seu Flamengo. Outro lugar onde as pessoas encontravam era na Sapataria de Caju, lá o papo era diferente, era só pescaria, Caju conhecia o Rio Verde de ponta a ponta, desde de Juramento, passando por Canaci, até a Sexta Turma, ele (Caju) era fã incondicional do Rei Roberto Carl os e se orgulhava em falar que viajou de bicicleta até Brasilia DF para visitar sua mãe que morava lá. Vicente Acarajé era quem consertava as nossas bicicletas, também nos reuníamos lá, sua oficina era ao lado do Caldo de Cana do Sr. Carlos, na avenida Afonso Pena, o papo lá era pesado, só falava das mulheres, era lá que ficávamos sabendo das zonas boemias. Ainda na Avenida Afonso Pena, esquina com o Beco de Padre Marcos tinha a venda de Altamiro, na parte da frente da venda é que era vendido as coisas que podíamos comprar, nos fundos tinha o famoso reservado, onde quem só podia entrar era o Dr. Carlos Mota, Dr. Bento Campos, Dr. Abelardo Teixeira Nunes, Dr. Alciliano R. Cruz, Dr. Julio M. Franco, Dr. Clóvis Guimarães, Necésio Morais e Hélio Morais com um escrete desse o lugar tinha de ser reservado mesmo, não é? Mais adiante já na rua Dr. Veloso com Tiradentes tinha o boteco de Raimundo Nobre, sujeito esquisito era aquele, pois não é que na venda dele a geladeira funcionava a querosene, lá também tinha um junta, junta. Na Praça Cap. Enéas, esquina com a rua General carneiro tinha o bar de Zé Pancinha (onde hoje funciona a Rádio da Boa Vontade. Na rua João Pinheiro, quase esquina com a rua Januária era a oficina de consertos de geladeiras de Bispo e Gera Moleque, lá o sambão corria solto o dia inteiro, o Gera (que nunca foi moleque, mas sim um rapaz trabalhador) era um sambista de primeira linha, foi o fundador do Bloco Carnavalesco Biô e Salomé. Na rua Dr. Santos entre as ruas Dom João Antônio Pimenta e Barão do Rio Branco, bem em frente ao Hotel São José, tinha o Bar Patropi, lá só rolava MPB, aliás o nome Patropi vem daquela musica de Jorge Ben "moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza", os proprietariados desse bar eram baianos, gente boa, lá servia feijoada aos sábados, cerveja geladíssima e caipirinha, começava o movimento por volta das onze horas e só acabava a tardinha. Mais em baixo, ao lado da Barbearia de Big ode (onde a avó do Ucho morou, refiro me a Mestra Fininha), tinha o bar de Miltinho, especialista em peixe (que ele mesmo pescava no Rio Verde e nas Lagoas do Sabonete, da Pedra, São João...). Montes Claros era assim, cidade boa de viver, todo mundo conhecia todo mundo, quando chegava uma pessoa de fora Zé Amorim perguntava logo: Quem é aquele estrangeiro? Era uma gargalhada só e logo, logo o estrangeiro já estava entrosado, gostava tanto daqui que nunca mais voltava pra sua terra. Na Rua Simeão Ribeiro tinha o Café de Zim Bolão, mais em baixo o Café Galo, na esquina de baixo a Distribuidora Thais de Sr. Ducho, lugar frequentado pelos intelectuais da cidade, um pouco mais embaixo, quase chegando na praça da Matriz tinha a adega do Ville, só bebida fina, vinhos e uísque importados, em frente tinha o Bar de Waldo e ao lado a Barbearia de Abel barbeiro. O Bar Tip Top também era um lugar bom de frequentar. Tinha também o bar de Sr. Pedro em frente ao Cine Montes Claros, ali só v endia cerveja, cachaça e tira gosto de carne de sol, quando ele (Sr. Pedro) começava a fritar a carne, por volta das 17 horas, quem estivesse lá na praça Dr. Carlos começava a encostar, já era hora de encerrar o expediente, frequentavam ali comerciantes, empregados do comercio, bancários, motorista de táxi, todo mundo misturado, só os mais emproados é que passava de lado. Continua ai Ucho, tem muito o que falar e lembrar. Fale de Boyzinho do Banco Real, Paulo Lêle, Dácio Cabeludo, Sr. Ênio, Pedrinho da Antártica, Tiãozinho do banco, Marão, Ivan Negão, Dr. Sidnei Chaves, Dr. Henrique Chaves, João Souto, Dr. José Souto, Dr. José Estevão Barbosa, Dr. Dilson Godinho, Dr. Walmor e seu irmão Virgilio de Paula, Dr. Jason, Jorge Bodão, Conrrado (lá da malhada, que chegou a ser vereador), fale também de Tone Abreu (professor de história, com aqueles óculos escuro), não esqueça de falar do doce pé de moleque que Dona Maria Lopes (mãe de Moacir Lopes) fazia só para Zim bolão vender lá no Café Zim Bolão. Fale ai de Rui Pinto, de João doido, de galinheiro (assassinado covardemente), fale também de Elzino alfaiate, não esqueça daquele porteiro, do cine São Luiz, esqueci o nome dele, fale de joão rosquinha (barbeiro), fale de Deba seleiro, fale de Manoelito (jogou no Santos), fale de Manuelzinho buxeiro (jogou no Coríntias e no Flamengo, fale também de Patão Guedes e Si baixinho, fale do Irmão Ladislau e do irmão Jaime do colégio São José, não pode esquecer de Mario Tourinho (montou um bar ao lado da Farmácia Minas Brasil, ali na rua Padre Augusto) e Didu, não esqueça de Castilho(massagista do Cassimiro), não esqueça de Porfiro, de Mundim Atleta, Sinval Amorim e Santin Amorim.... Tem gente demais, o certo é que você está incumbido de resgatar essa nossa história ou memoria.
IP:187.44.31.83

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Mensagem N°78984
De: santos Data: Domingo 9/11/2014 09:07:28
Cidade: Moc  País: Brasil

O “Rei da Cachaça”, como ficou conhecido o empresário Antonio Eustáquio Rodrigues, de 66 anos, foi solto na manhã deste sábado (8). Ele estava preso há 85 dias, no presídio de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, acusado de crimes sexuais e tentativa de homicídios contra adolescentes. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o empresário foi beneficiado por um alvará de soltura expedido na noite desta sexta-feira (7), pela juíza da Comarca de Salinas, Aline Martins Stoianov de Campos, após tumultuadas audiências na cidade, para oitivas de Antonio e de testemunhas.

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Mensagem N°78983
De: Fagundes Data: Domingo 9/11/2014 08:55:43
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Ex-prefeito cumprirá pena fora da cadeia Por força de habeas corpus concedido pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o ex-prefeito de Pirapora Warmillon Braga (DEM) – – vai poder cumprir em casa sua pena. O TJMG concedeu o benefício depois de reconhecer a falta de condições dignas para o cumprimento de pena na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana da capital, onde o político está preso na ala H desde julho de 2013. Segundo a decisão dos desembargadores, Warmillon tem direito a cela especial e ainda não tem condenações transitadas em julgado.
***
Estado de Minas - Ex-prefeito cumprirá pena fora da cadeia Maria Clara Prates - Por força de habeas corpus concedido pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o ex-prefeito de Pirapora Warmillon Braga (DEM) – colecionador de mais de uma centena de processos criminais e de improbidade administrativa – vai poder cumprir em casa sua pena, até agora de mais de 21 anos de prisão, em apenas três processos. O TJMG concedeu o benefício depois de reconhecer a falta de condições dignas para o cumprimento de pena na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana da capital, onde o político está preso na ala H desde julho de 2013. Segundo a decisão dos desembargadores, Warmillon tem direito a cela especial e ainda não tem condenações transitadas em julgado.
O habeas corpus foi concedido no processo em que ele foi condenado por superfaturamento e falta de licitação na contratação de artistas para o show de comemoração do centenário de Pirapora, no Norte de Minas. De acordo com a sentença, o político deveria cumprir pena de seis anos e quatro meses de prisão, além do pagamento de multa no valor de R$ 155,5 mil. Ele ainda foi condenado a sete anos e nove meses de prisão por envolvimento com a máfia do lixo, com superfaturamento e fraude em licitações na prestação dos serviços, e outros sete anos por envolvimento com a máfia dos combustíveis na cidades, em razão de compras fictícias do suprimento para a administração pública. Ele também está com seus direitos políticos cassados.
Desde que foi preso, Warmillon vem colecionando derrotas na tentativa de se ver livre das grades. Ele fez duas tentativas frustradas junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF), que lhe negaram o direito de recorrer das condenações em liberdade. Warmillon ficou conhecido por ser um prefeito intinerante. Ele administrou por oito anos a cidade de Lagoa dos Patos e outros oito Pirapora. Ele já se preparava para se candidatar a uma cadeira na Assembleia de Minas quando foi preso.

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Mensagem N°78982
De: Edu Data: Sábado 8/11/2014 15:44:14
Cidade: Montes Claros

Sobre o caotico transito da cidade,gostaria de registrar cenas vistas durante as provas do ENEM,que pode ou poderiam mudar o futuro de alguns jovens.O transito ficou uma loucura entre 12 e 13 horas deste sabado,filas imensas principalmente nos pontos que só existe uma passagem para passar,ou seja,Av. João XXIII naquela ponte estreita,e na Sidney Chaves,tambem na ponte, que faz a ligação para 2 lugares importantes de aplicação de provas.(...)

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Mensagem N°78981
De: valter jose vieira Data: Sábado 8/11/2014 12:27:28
Cidade: santos sp  País: brasil

(...) Mês passado, foram vendidos 217 176 automóveis, 74 628 comerciais ,caminhões 12.172 unidades .O numero de automóveis em 2034 saltará de 39,7 milhões em 2013 para 95,2 milhões .O trânsito em nossas cidades que já é caótico ,tornará ainda mais problemático.Não há mais vagas para estacionamentos em vias públicas .As principais vias, estão com transito lento ou congestionados. Os acidentes são em elevado número, sobrecarregando hospitais e acarretando ao sistema previdenciário ,fortes e insustentáveis gastos.Uma reengenharia no segmento de transportes de massa precisa estar constante e permanentemente em avaliação.As cidades precisam de alternativas e com este volume de vendas e emplacamentos, vamos ter problemas (Valter José vieira Eng. Civil com especialização em transportes e Engenheiro de Segurança e Medicina do Trabalho )

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Mensagem N°78980
De: José Luiz Data: Sexta 7/11/2014 22:49:21
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Sobre as recordações de Ucho da Baixada da Santa Casa, gostaria de incluir um fato interessante, que mostra a generosidade da família de D. Jacy e Dr. Mário. Eles tinham uma Kombi que todo dia por volta das 7:00 horas saía de frente da casa deles, conduzida pelo Benjamin, transportando os filhos para o colégio. A Kombi era como o coração de mãe, qualquer estudante que estivesse subindo a Cel.Luiz Pires era convidado a entrar no carro. Descobri isso ao subir a rua com um colega em direção ao colégio São José quando ele me disse: vamos na Kombi de Dr. Mário? Depois daquele dia entendi como funcionava. Os donos do carro iam muitas vezes mal acomodados, mas faziam questão de nos levar para o colégio todo o dia.

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Mensagem N°78979
De: Mineiro Data: Sexta 7/11/2014 09:24:53
Cidade: Montes Claros

Ontem a noite um amigo foi atropelado de bicicleta por um veículo. O mesmo esta em estado grave e em coma induzido. Aproveitando o ensejo gostaria de suplicar as autoridades de transito e do legislativo para endurecimento e cumprimento das leis que protejam mais efetivamente pedestres e ciclistas, elo mais vulnerável do trânsito. (...)

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Mensagem N°78977
De: silqueira Data: Sábado 8/11/2014 12:15:46
Cidade: Montes Claros/MG

Deveras, temos de parabenizar o Ucho Ribeiro pelas viagens ao passado, mas lembrar de todos é tarefa difícil, lado de cá do muro, na ilha, ele (Ucho) esqueceu de falar do Tone Boy, morto em um grave acidente automobilístico. Do outro lado da ponte, hoje rua Santa Maria, morava Júlio Bicudo, um dos melhores goleiros do Cassimiro. A cidade era pequena, todo mundo, conhecia todo mundo, lá no Bairro do Melo, morava Saul, irmão de Abel, por sua vez irmão de Marin. A avenida Coronel Prates era território dos Souto Chaves, Raimundo Chaves (Lai), João Bafó (também goleiraço do Ateneu - Juvenil), Rogério Souto (Roy), Eduardo, Raimundo (Paco Paco), Fred Souto, Américo Souto, Junior Souto, Henrique Chaves, Armando Chaves. Na mensagem 78972 o Marcone nos fez lembrar com saudade do Sr. Carlos (do caldo de cana), homem trabalhador, honesto, lá em sua venda vendia de "um tudo", doces, jujuba, até cigarros, além é claro o caldo de cana geladinho. Sr. Carlos como já disse, era um homem sério, só vendia cigarros para os adultos, quem ousasse tentar comprar cigarros em sua venda, além de não consegui, ele ainda contava para os nossos pais, ou seja, essa lei que proíbe a venda de bebida alcoólica e cigarros para menores, pra ele já existia. Vamos aguardar novas histórias do Ucho.

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Mensagem N°78976
De: Morador Salinas Data: Sábado 8/11/2014 02:15:18
Cidade: Salinas MG

Em Salinas não tem lei, mais de.duas da madrugada e um som estrondoso na chamada Passarela da Alegria. Ao ligat pra PM sou informado que a festa tem autorizacão pra ir até três da manhã e o som pode ficar a qualquer altura, pois não tem decibelimetro pra medir. Acredito que falta e um imbecibelimetro pra quem autoriza tamanha balbúrdia.(...)

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Mensagem N°78975
De: Marcel Data: Sexta 7/11/2014 11:07:16
Cidade: Montes Claros / MG

Gostaria de ter notícias referente a um grave acidente envolvendo um carro e uma bicicleta nas mediações do aeroporto da cidade na noite de ontem. Sei que o ciclista (Elycarlos, funcionário de uma conhecida revenda de carros da cidade) foi socorrido com graves ferimentos e levado ao hospital para ser submetido à cirurgia.

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Mensagem N°78974
De: Gustavo Mameluque Data: Sexta 7/11/2014 08:49:40
Cidade: Montes Claros

(...) Afinal, o banqueiro é o sujeito que te empresta um guarda-chuva em dia de sol e o pede de volta quando está chovendo. Nas crises, as empresas salutares engolem as deficitárias via expulsão do mercado ou via "saia daí desta cadeira que agora é comigo para desempelotar o caroço deste angu". Portanto, nada de pânico e tampouco propagandear o Armagedom: simplesmente, esteja preparado. De qualquer sorte 2015 não será um ano fácil para nós brasileiros comuns. Do Sudeste ou do Nordeste. Rico ou pobre. Incluído ou excluído.(...) (Clique aqui para ler toda a mensagem na seção Colunistas)

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Mensagem N°78972
De: Marcone Nobre de Andrade Data: Sexta 7/11/2014 08:53:17
Cidade: Montes Claros

Caro Ucho Ribeiro, Meu nome é Marcone Nobre de Andrade, sou advogado, filho do Sr. Carlos Andrade, que era proprietário de um boteco especializado em caldo de cana e que por muitos anos funcionou na esquina da Afonso Pena c/ Presidente Vargas e também em um pequeno cômodo nos fundos do consultório de seu pai Dr. Mário Ribeiro, na esquina da Cel. Prates c/ Pe. Augusto.
Tenho apreciado, através do site montesclaros.com, as suas histórias (com h, porque são verídicas) e nesta sua narrativa sobre a “baixada da Santa Casa” me fez retornar a um passado nostálgico e que ficou para trás a mais ou menos 40 anos. Morávamos do lado de lá da Rua Gabriel Passos, pois a rua era interrompida pelo terreno do Colégio Imaculada Conceição e por isso vivi também as mesmas aventuras. A sensação que tenho é que os garotos daquela época aproveitavam mais da liberdade que tinham.
Ao ler compassadamente a sua narrativa as lembranças defloravam como um filme em minha mente. Mas, caro amigo (permita-me chama-lo assim, apesar de não termos nos cruzado nas suas aventuras narradas), a maioria daqueles que você cita os nomes são meus amigos e conhecidos e também fizeram parte da minha infância (não com tanta intimidade de idas e vindas às casas), mas, pelas muitas vezes que travamos batalhas no campinho das barrigudas, principalmente, contra a família que carinhosamente chamamos “dos tralalá”. Ali, ou melhor, do lado oposto ao de vocês estava o nosso reino encantado e que o progresso sucumbiu.
Ucho, lendo a sua crônica percebi que na primeira e na segunda parte, ficaram “esquecidos” alguns personagens do seu lado do muro, portanto, tomo a liberdade de lembrar a você (a não ser que você já irá cita-los na 3ª parte): Seu Edevando, pai de Nenga, os irmãos Dera e Ada, os Juquita Queiroz, a família de Dandão, a família de Cori e talvez até outros que não estou recordando.
Ucho, do lado de lá do muro do colégio, tínhamos também as nossas aventuras na ponte que balança, banhos no Vieira, no poço azul, no poçinho, onde hoje é a praça do skate no Todos Santos, brincadeiras na ilha, onde hoje é a Ave. Sanitária, a turma de coroinhas do saudoso Pe. Quirino, das enchentes, das peladas no campinho das barrigudas, das invasões por cima do muro do colégio atrás de frutas e que deixavam o Luiz zelador furioso, a charretinha da Coopagro que vendia leite geladinho na rua Irmã Beata, das boiadas que eram tangidas para o Otani, das aventuras no nicrotério da Santa Casa que era ao lado da casa de seu Ubaldino (os tralalá) e muitas outras coisas. Desculpe-me pela minha intromissão e empolgação, acho que do lado de cá do muro você não teve muito contato e a história é sua e não minha. Parabéns pela sua narrativa, e estarei aqui atento esperando a 3ª parte. Abraços. Marcone Nobre de Andrade

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Mensagem N°78971
De: Ana Cristina Data: Quinta 6/11/2014 16:43:28
Cidade: Montes Claros/MG

Montes Claros começa a testar sistema de BRT - Seis ônibus articulados farão a ligação entre as principais regiões da cidade - Luiza Muzzi - Moradores de Montes Claros, no Norte de Minas, poderão contar, a partir de abril, com uma nova alternativa de transporte: o BRT. Os novos veículos, que entrarão em funcionamento em 2015, começam a ser testados hoje pelas ruas da cidade.(...)
O único problema é que a maioria das pessoas que veem ao centro de carro moram em bairros como, Ibituruna, Morada do Sol, Sapucaia. Bairros esses com uma precária oferta de transporte público, ou seja, o projeto é bom porém no meu ponto de vista não irá resolver o problema. Seria interessante se fosse implantado um projeto de micro ônibus nesses bairros... E sem a viabilização do centro sinceramente não vejo grande sucesso...

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Mensagem N°78970
De: junior parrela Data: Quinta 6/11/2014 15:33:01
Cidade: Montes Claros

Eu estou administrando uma obra da (...) construtora na escola nereida de carvalho já fomos roubados duas vezes La já chamamos a policia a mesma nos informou que não pode ser feito nada.o roubos estão atrapalhando o andamento das obras naquela escola estadual o que podemos fazer pro senhor fazer um patrulhamento ao anoitecer naquela escola o que mais podemos fazer o patrimônio dos nossos filhos estão sendo lapidados.

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Mensagem N°78969
De: Carlos Leal Data: Terça 4/11/2014 10:39:46
Cidade: MONTES CLAROS  País: Brasil

O Que aconteceu com tantos mortoqueiros cerca de uns 150 e a policia dia 02/11 por volta das 17.30 na Rua Raul correia.Fiquei sabendo que é o rolezinho de moto.Será verdade.

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Mensagem N°78968
De: Eduardo Data: Domingo 2/11/2014 22:26:54
Cidade: MOC

Forte perseguição policial a bandidos na Raul Correia aqui no Funcionários. Um grande aglomerado de viaturas onde conseguiram alcançar exito e interceptar os bandidos próximo a uma pizzaria. (...)

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Mensagem N°78967
De: Manoel Hygino Data: Quinta 6/11/2014 10:16:23
Cidade: Belo Horizonte

A saga de Antônio Dó

Manoel Hygino - Hoje em Dia

A primeira edição é de 2006; a segunda, de 2011; a terceira, de 2014. O título parecerá algo estranho: “Serrano de Pilão Arcado, saga de Antônio Dó”. É tema típico norte-mineiro e do sul da Bahia. Yvonne de Oliveira Silveira, presidente vitalícia da Academia Montes-clarense de Letras, observa que a narrativa começa com descrição do rio São Francisco, “o grande caminho da civilização brasileira”, em cujas margens situam-se “Pilão Arcado e Pedras dos Angicos, os dois espaços fulcrais, em que se desdobram os acontecimentos”.
Pilão Arcado é um lugarejo de homens valentes, desterrado de gente, quase uma cidade-fantasma, em decorrência das lutas sangrentas entre suas duas famílias principais. Antônio Dó nasceu em uma delas, bom moço, boa aparência, firme personalidade, sentimental, sem traço de violência, embora inculto. A grei, diante da inclemência e extensão da seca, decide abandonar o sertão baiano e transferir-se para o de Minas ou, quem sabe, para São Paulo.
A mudança de território impõe novo itinerário à biografia de Antônio Dó, personagem real, autêntica, enfrentando o poder estabelecido e o poder político, que o obrigam a uma vida conflituosa, acompanhada de perto por todos os que moram naqueles recônditos rincões. Uma narrativa brilhante do escritor, historiador e advogado Petrônio Braz, cuja existência, seguindo o exemplo paterno, tem vínculo umbilical com a terra e sua gente.
No prefácio da nova edição, Ivana Ferrante Rebello, doutora em Literatura da Língua Portuguesa, membro da Academia Feminina de Letras de Minas Gerais e do IHG de Montes Claros, registra que, “na madrugada do dia 14 de novembro de 1929, Antônio Dó foi assassinado. Com ele se perderia uma história essencial ao povo do sertão; história acontecida na contramão dos fatos oficiais e cujos segredos, aparentemente, seriam por muitos anos resguardados pelo mugido das vacas do curral, pelo sussurro do vento nos leques dos buritizais e pela voz do matuto contador de “causos”.
O novo livro de Petrônio Braz, por óbvias razões, traz-nos à lembrança “Os Sertões”. Mas o tempo é outro, outro o personagem, o ambiente geográfico. Os sertões não são os mesmos. Antônio Dó não repete Antônio Conselheiro e seus objetivos, a maneira de ser e viver não são iguais, até dessemelhantes. Não há o fundamentalismo religioso do “profeta” do Nordeste, nem ele tem intenções de agrupar pessoas para um propósito coletivo, que para as autoridades da capital republicana visaria a restauração da monarquia. Antônio Dó, o homem, rebela-se contra a força e o domínio do mais poderoso, transformando-se na figura maior do sertão mineiro, perseguido e preso, temido e respeitado por todos, mesmo os inimigos protegidos do poder. Desvencilha-se de cada um, até que a morte o surpreenda, aos 69 anos, executado sem condições de defesa.
Antônio Antunes de França, o Dó, não é Antônio Vicente Mendes Maciel, o Conselheiro, o santo ambulante que percorreu as terras do sertão da Bahia e do Sergipe, durante vinte anos no século 19, fazendo pregações, construindo igrejas e murando cemitérios. Mas na paisagem de áspera beleza, na sociedade agreste do norte mineiro, foi homem, fez-se mito e saga.

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Mensagem N°78966
De: Estado de Minas Data: Quinta 6/11/2014 09:13:34
Cidade: Belo Horizonte

Sem poder jogar no Norte de Minas, Bruno quer voltar a cumprir pena na Grande BH - Advogados do goleiro pediram na Justiça que o atleta pudesse jogar no jogar pelo Montes Claros Clube, mas não conseguiram autorização - Landercy Hemerson - Transferido há pouco mais de quatro meses para a Penitenciária de Francisco Sá, no Norte de Minas, o ex-goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza pretende retornar para uma unidade prisional na Grande BH. O motivo é que Bruno teve negado pela Justiça do município o pedido para jogar pelo Montes Claros Clube, time da cidade vizinha que está no Módulo II do Campeonato Mineiro. Ao constatar o fracasso da estratégia de seus ex-advogados, de beneficiá-lo com o trabalho externo, o ex-atleta, que cumpre pena de cumprir pena de 22 anos e três meses pelo sequestro e morte de sua ex-amante Eliza Samudio, em junho de 2010, contratou novo defensor que vai tentar sua transferência para a Penitenciária José Maria Alckimin, em Ribeirão das Neves. Antes de ir para o Norte de Minas, o ex-goleiro cumpria pena em penitenciária de Contagem.
O novo advogado do ex-goleiro é Marco Antônio Siqueira. Ele foi defensor de Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, executado a tiros antes de ser julgado também pela morte de Eliza Samudio. Siqueira evitou falar sobre que ações vai adotar, afirmando que vai tratar do processo “exclusivamente” com a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMG), que julga recurso de apelação para anular o júri em que seu novo cliente foi condenado.
Porém, ele já iniciou sua atuação na segunda-feira. Um ofício foi enviado à Vara de Execuções de Francisco Sá, em que pede a intervenção do juiz e promotor de Justiça junto ao diretor da penitenciária local, visando a transferência do ex-jogador para Ribeirão das Neves. O defensor destaca, no documento, que a unidade prisional do município é de regime fechado e segurança máxima e não oferece condições para que Bruno exerça atividade profissional externa de goleiro. E voltar ao futebol foi objetivo de sua ida para Francisco Sá, conforme a estratégia de seus ex-defensores, visando sua ressocialização.
PROCESSO O objetivo do novo defensor não se limita à transferência de seu cliente para Neves, cidade em que Bruno Fernandes nasceu e tem parentes. Na terça-feira, o advogado protocolou ofício no TJ em que pede o desmembramento do processo. Ele aponta que o recurso de apelação contra o júri que condenou Bruno está parado desde 29 de outubro de 2013, esperando a manifestação de advogados de outros dois condenados no caso Eliza Samudio. O ex-jogador foi condenado em março de 2013 pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza, que continua desaparecido, e sequestro e cárcere privado do filho da vítima, do qual seria o pai biológico. Outras cinco pessoas também foram sentenciadas pelo crime.

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Mensagem N°78965
De: Jeronimo Costa Data: Quarta 5/11/2014 16:01:30
Cidade: Montes Claros-MG  País: BR

A policia acaba de prender dois individuos acusados de matar a facadas uma outra pessoa no bairro Major Prates. Os presos estavam levando o morto em um carrinho de mão para desova, pela rua João T. Bastos (antiga 13), quando foram surpreendidos pelos policiais. No local, delegado de homicidios, policiais civis e militares e muitos curiosos. Segundo comentarios tratam-se dos mesmos individuos que atiraram em um pedestre na rua Noé Luiz Soares.

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Mensagem N°78964
De: Nalva Data: Terça 4/11/2014 18:31:06
Cidade: montes claros  País: Brasil

Menor faz ultrapassagem proibida de moto emprestada na saída de Moc/Janauba, entra debaixo do micro-ônibus e carona de 14 anos veio a falecer.

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Mensagem N°78963
De: O Tempo Data: Quarta 5/11/2014 08:24:38
Cidade: Belo Horizonte

Montes Claros começa a testar sistema de BRT - Seis ônibus articulados farão a ligação entre as principais regiões da cidade - Luiza Muzzi - Moradores de Montes Claros, no Norte de Minas, poderão contar, a partir de abril, com uma nova alternativa de transporte: o BRT. Os novos veículos, que entrarão em funcionamento em 2015, começam a ser testados hoje pelas ruas da cidade. Segundo a prefeitura, a expectativa é que os seis ônibus adquiridos possam transportar, juntos, mais de 500 mil pessoas por mês.
Com capacidade quase três vezes maior que a dos ônibus convencionais, os veículos articulados podem receber até 180 pessoas por deslocamento. Ontem, um dos ônibus, que ficará em teste por 15 dias, fez sua primeira viagem na cidade, atraindo olhares curiosos da população.
De acordo com o Executivo municipal, durante o período de testes, será feito um estudo de viabilidade em relação ao deslocamento pelas ruas e à adesão dos passageiros, bem como o planejamento das linhas que receberão a novidade. Apesar de os detalhes ainda estarem sendo definidos, a expectativa é que as linhas troncais (bairro-centro e centro-bairro) recebam o sistema.
“Nossa expectativa é melhorar o transporte. Hoje, as pessoas se locomovem muito de mototáxi e carro particular, congestionando o centro. A ideia é estimular que as pessoas venham trabalhar de ônibus com mais conforto”, afirmou o prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz.
A implantação do BRT faz parte de um projeto de melhorias na mobilidade urbana da cidade, que está sendo executado pela prefeitura por meio de investimentos do governo federal. Diferentemente do sistema belo-horizontino, em Montes Claros não haverá terminais de embarque rápido com plataformas elevadas.
“Ficaria muito caro, e cortamos isso”, explicou o prefeito. “Serão terminais comuns, ligando norte e sul e leste e oeste da cidade. Começamos a implantação em novembro, e, a partir de abril, os ônibus já estarão rodando comercialmente”, disse Muniz, esclarecendo que a quantidade de ônibus poderá ser ampliada de acordo com a necessidade.
“Montes Claros é uma cidade de ruas e avenidas estreitas, e algumas pessoas achavam que o ônibus articulado não rodaria, que a ideia era uma loucura. Mas rodamos hoje (ontem), e foi tudo tranquilo”, garantiu o prefeito.
Tarifa
Custo. Segundo a Prefeitura de Montes Claros, com o BRT, o preço da passagem, que hoje é de R$ 2,40, chegará, no máximo, a R$ 2,50. Os ônibus vão circular entre as 6h e a meia-noite.
Saiba mais
Demanda. Segundo a Prefeitura de Montes Claros, o transporte público da cidade, que hoje atende 1,75 milhão de passageiros, tem potencial para atingir 3 milhões de pessoas. A intenção é que os testes que começam hoje com o BRT possam validar o projeto de faixas exclusivas e posição de terminais.
Outros. Além de Belo Horizonte, que recebeu em março deste ano o BRT, Uberlândia, no Triângulo, também conta com o sistema desde 2006, com média de 235 mil passageiros transportados diariamente. O BRT também está em implantação em Uberaba.

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Mensagem N°78962
De: José Prates Data: Quarta 5/11/2014 11:41:50
Cidade: Rio de Janeiro - RI

AS ELEIÇÕES FORAM FEITAS

Uma semana já passou depois que as eleições foram feitas, tudo transcorreu normalmente sem tumulto, dentro da lei. Foi ótimo, ninguém pode negar. A Presidente Dilma foi reeleita mostrando que o eleitor brasileiro aceitou o seu governo e deseja sua continuação, mas, lembrou a ela a necessidade de apurar fatos e identificar pessoas responsáveis por desvios e escândalos que de vez em quando acontecem como foi o caso do chamado mensalão. Está ai, à vista de todo mundo porque não é de hoje que o Brasil está infestado de pessoas que rezam pela cartilha da incompreensão; gente que luta por objetivos inconfessáveis ou se movem por propósitos que se chocam com foros de civilização, com nossas tradições e, até, com a própria Constituição. Vivemos sob risco e todos nós nos sentimos em risco permanente porque há mais do que seqüestradores, assaltantes, paranóicos soltos, usuários de drogas prontos a agir contra nós. È difícil dizer isto, mas, existem muito mais aproveitadores, oportunistas, do que sabemos ou pensamos,. Sem entrar especificamente nos escândalos que estigmatizaram a administração pública, envolvendo poderosas empresas, como é agora, o caso da Petrobrás que foi dado a publico, o que não acontecia antes, existe a ação de grupos que professam princípios que ferem não só a Constituição, mas os ideais mais sagrados da nação. Não é a primeira vez que uma coisa dessa acontece, mas, ninguém ficava sabendo porque tudo era coberto por panos quentes para não aparecer. Parece que os panos quentes acabaram.
A Presidente Dilma, referindo-se â Petrobrás, disse em entrevista â imprensa que “Além disso, eu quero dizer também, que eu não falo de corrupção só em época eleitoral. Eu combato a corrupção fora do período eleitoral e faço isso de forma sistemática. Nesse caso da Petrobras, ou qualquer outro, que tenha a ver com corrupção, eu vou investigar a fundo, doa a quem doer. Quero dizer que não vai ficar pedra sobre pedra”, repetiu a presidente o que aponta o inicio de uma nova era com a apuração anunciada. Não interessa ao Brasil viver com aqueles que não o respeitam, com os maus patriotas, os que não o amam, os que contribuem para, mais uma vez, vilipendiar sobre a livre manifestação do pensamento, como aconteceu, há pouco, com um periódico da capital de São Paulo, cujas instalações foram atacadas pela malta. Não foi meia dúzia de indivíduos, mas cerca de
200, segundo apurou a polícia. Quem eram eles? Quem está por trás de sua atividade criminosa? A história nos diz que “a coação à imprensa, ferindo o indivíduo, ofende, ao mesmo tempo, a ordem pública, a nação, o regime de governo”, já admoestava Rui Barbosa: “Todo o poder que se oculta, perverte-se” É bom não se esquecer disso. .. José Prates

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Mensagem N°78961
De: Rozana Data: Quarta 5/11/2014 11:36:11
Cidade: Montes Claros

Boa Tarde pessoal! Gostaria de informações sobre o protesto que esta tendo nesse momento na BR 135, toda a estrada fechada, muito congestionamento, muitas pessoas revoltada, já teve acidente! Alguém pode nos dar maiores informações?

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Mensagem N°78960
De: Manoel Hygino Data: Quarta 5/11/2014 10:30:30
Cidade: Belo Horizonte

Um mineiro na Semana de Arte Moderna

Manoel Hygino dos Santos

Daqui oito anos, estaremos comemorando o centenário da Semana de Arte Moderna. O encontro de escritores, artistas e jornalistas no Teatro Municipal de São Paulo, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, foi um marco na história do Brasil, pelo que também representou política e ideologicamente.
Em princípio, os promotores do evento - a palavra assume aqui seu verdadeiro significado – queriam que os autores brasileiros, os artistas, tomassem ciência e consciência do que acontecia na Europa em termos de vanguarda do pensamento. Não era um movimento exclusivo desse segmento social, como afirmou Mário de Andrade em conferência, vinte anos depois, na Casa do Estudante, no Rio de Janeiro, em 30 de abril:
“Manifestado especialmente pela arte, mas manchando também com violência os costumes sociais e políticos, o movimento modernista foi o prenunciador, o preparador e por muitas partes o criador de um estado de espírito nacional. A transformação do mundo, com a prática europeia de novos ideais políticos, a rapidez dos transportes e mil e umas outras causas internacionais, bem como o desenvolvimento da consciência americana e brasileira, os progressos internos da técnica e da educação, impunham a criação de um espírito novo e exigiam a verificação e mesmo a remodelação da Inteligência nacional. Isto foi o movimento modernista, de que a Semana de Arte Moderna ficou sendo o brado coletivo principal”.
Como agora acontece, a sociedade queria mudança, não só a queriam os intelectuais, os artistas, os escritores, o próprio desenvolvimento econômico e social queria transformação, adaptando-se ao novo tempo. Após os governos militares do início da República, os senhores rurais voltavam ao poder, fortalecidos pela vigorosa ascensão do café, que girava em torno do Eixo São Paulo- Minas. Sobreveio “a política dos governadores”, quando os mandatários estaduais apoiavam o governo federal e este os governos estaduais”.
Surgiram as oligarquias, grandes e prestigiosas famílias ou grupos políticos que se perpetuavam no poder. Minas e São Paulo, os estados mais populosos, se revezavam no poder, fazendo a política do café-com-leite, que permaneceu até 1930.
Esse sentimento, consciência e atitude ganharam todos os segmentos aparecendo na música popular nos versos de Noel Rosa, lembrando que Minas dá leite, São Paulo dá café e o Rio de Janeiro dá samba. Não constituía, a verdade exatamente, mas era um espelho assemelhado da vida social, artística e política naquele período.
Após a primeira guerra mundial, terminada em 1918, em que um mineiro- Wenceslau Brás- se encontrava na presidência da República, as capitais brasileiras metamorfosearam, à frente São Paulo. Houve um surto rápido de progresso industrial, a urbanização, o nascimento do segmento sindical, a burguesia cada dia mais forte, embora marginalizada pela política econômica voltada para a produção e exportação do café. A
imigração europeia avançou principalmente no sentido dos grandes centros, ou seja, São Paulo preferencialmente, e para a região cafeeira. De 1903 a 1914, o Brasil acolheu 1,5 milhão de imigrantes.
Nasce um novo país, dividido entre urbano e rural. Os trabalhadores se preparam, desde então, para embates em torno de suas reivindicações, os anarquistas aparecem sobretudo em São Paulo e publicam seus jornais, como “La Bataglia” e “A Terra Livre”. Eclodem na maior cidade brasileira as primeiras greves a partir de 1905, a mais importante delas em 1917. Falava-se na Revolução Russa daquele ano, e o próprio Partido Comunista é fundado em 1922, representando simultaneamente o declínio anarquista.
Em setembro de 1922, um brasileiro chegava a Moscou para participar do IV Congresso da Internacional Comunista. Era Antônio Bernardo Canellas, de 24 anos, um dos mais jovens delegados dos 394 credenciados ao encontro. Canelllas sabia de cor e costumava repetir o pensamento de Kropotkin, anarquista russo: “Todas as coisas do mundo são de todos os homens, porque todos os homens delas necessitam, porque todos os homens colaboraram, na medida de suas forças, para produzi-las, porque não é possível avaliar a parte de cada um na produção das riquezas do mundo...”
A Semana de Arte Moderna compreendeu três sessões, nos dias 13, 15 e 17 fevereiro, principalmente por iniciativa do “festejado escritor, Sr. Graça Aranha, da Academia Brasileira de Letras”, como noticiou “O Estado de S. Paulo” e atraiu muita gente ao Teatro Municipal de São Paulo; gente dos meios intelectuais e artísticos, e curiosos. No saguão, pinturas e esculturas que causavam espanto.
O orador oficial da abertura foi Graça Aranha, que disse a certa altura: “Para muitos de vós a curiosa e sugestiva exposição que gloriosamente inauguramos hoje, é uma aglomeração de ‘horrores’. Aquele Gênio supliciado, aquele homem amarelo, aquele carnaval alucinante, aquela paisagem invertida, se não são fogos da fantasia de artistas zombeteiros, são seguramente desvairadas interpretações da natureza e da vida. Não está terminado o vosso espanto. Outros ‘horrores’ os esperam. Daqui a pouco, juntando-se a esta coleção de disparates, uma poesia liberta, uma música extravagante, mas transcendente, virão revoltar aqueles que reagem movidos pela força do Passado.” A repercussão foi enorme, como se esperava. No dia 15, Menotti Del Picchia discorreu sobre arte e estética, lendo textos de Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Plínio Salgado. O público miava e latia. Ronald de Carvalho leu “Os Sapos”, de Manuel Bandeira, numa crítica ao parnasianismo. Nas escadarias do Municipal, Mário de Andrade leu fragmentos de “A Escrava que não é Isaura”. Perguntou depois: “Como pude fazer uma conferência sobre artes plásticas, na escadaria do Teatro, cercado de anônimos que me caçoavam e ofendiam a valer?...
Confusão e críticas e apupos, mas o movimento estava lançado com predominância por nomes fortes do meio literário e artístico de São Paulo. Di Cavalcanti sublinhou o lado político do movimento com ataque à aristocracia e à burguesia. Mário de Andrade definiu: “Lirismo: estado afetivo sublime – vizinho da sublime loucura. Preocupação de métrica e de rima prejudica a naturalidade livre do lirismo objetivado”.
Causou espécie a última noite. O maestro Villas-Lobos entrou em cena: de casaca... e chinelos; o público interpretou o episódio como futurista e vaiou. Só depois, pôde explicar que assim se apresentara no palco por força de um calo doloroso.
Entre os participantes da Semana, havia um mineiro, pouco conhecido presentemente: o poeta Agenor Barbosa, nascido em Montes Claros, em 1896 e evocado recentemente por um historiador da região – Haroldo Lívio. Este reconhece que o vate norte-mineiro é até ignorado presentemente por seus conterrâneos, ainda que outro menestrel, Cândido Canela, o considerasse “o maior de todos os nascidos na cidade”. Foi reverenciado em São Paulo, que o elegeu para o rol dos dez maiores poetas paulistas, juntamente com Guilherme de Almeida, Menotti Del Picchia e outras celebridades e cresceu “ainda mais, conquistando lugar cativo no coração dos paulistas, que o tinham como um dos nomes gloriosos da literatura de São Paulo, a despeito de mineiro do sertão.
Agenor, segundo Haroldo Lívio, foi o único participante aplaudido pelo público, que vaiara Manuel Bandeira, Villa-Lobos, Mário de Andrade e outros famanazes das artes.
Em sua cidade natal, fez o curso primário e, com a transferência da família para Belo Horizonte, aqui iniciou o secundário, que concluiria em São Paulo. Também lá se formaria em Direito e colaria grau em 1926, retornando a Belo Horizonte. Aqui, ingressou no serviço público e na imprensa como repórter do “Diário de Minas” e do “Folha de Minas”, nos quais também publicava poesias de sua lavra.
De retorno a São Paulo em 1916, ingressou no “Correio Paulistano”, admitido na redação, dirigindo também a editoria literária de “A Cigarra”. Pode-se dizer que se consagrara. Na paulicéia, em enquete da revista “Panóplia”, foi eleito como um dos maiores poetas de São Paulo. O escritor Mário da Silva Brito se refere a ele no livro “História do Modernismo Brasileiro”.
Em seu brilhante livro sobre a cidade, Nelson Vianna( ¹) transcreve soneto inédito de Agenor:
MONTES CLAROS
“A doçura sem fim do silêncio, que espalma
as suas asas sobre a noite, eu me avizinho
da terra, que me acena como um ninho
e, na distância, é sempre linda e sempre calma.

A minha terra vive dentro de minh’alma...
deixem que fale o coração, devagarinho...
Que eu pare um pouco, em meio à sombra do caminho
E lhe teça, a sorrir, este canto e esta palma”.

Ouço, de longe, a voz do berço que me chama.
Voz serena de amor, de carinho e piedade
que é suave como um beijo e arde como uma flama.

Minha terra natal! Minha velha cidade!
Dentro do coração que te pertence, clama
a dor do meu exílio e da minha saudade”.

Djalma Andrade, da Academia Mineira de Letras, na seção “História Alegre de Belo Horizonte”, publicada no jornal “Estado de Minas”, exaltou-o: “Agenor Barbosa, quando jovem, foi um dos poetas mais queridos de Belo Horizonte. Muito magro, muito pálido, escrevia nas revistas versos líricos, que eram gravados de cor pelas garotas de 1915. Nas varetas do leque de uma moça, numa festa de barraquinhas, escreveu:
“Quando for nosso noivado
Será tão lindo o teu véu,
Que um beijo o trará bordado,
Pelas santas lá no céu”.

Quando do centenário de Montes Claros, em 19 57, a comissão organizadora dos festejos decidiu incluir Agenor entre os convidados de honra, mas ele não se dignou de comparecer. O poeta Cândido Canela, enraizado no berço, tomou-se de dores, embora sequer o conhecesse, e escreveu uma série de cartas na quais um velho bardo, supostamente Esperidião Santa Cruz, afastado da terra natal há mais de meio século, demonstrava morrer de saudade e deplorava não regressar à origem para rever os amigos.
O historiador evoca, como o próprio Cândido Canela me contou: “Esperidião foi o pseudônimo que o autor das cartas criou para substituir o nome real do homenageado. A cidade inteira acompanhou a publicação, na Gazeta do Norte, das cartas chorosas que chegavam toda semana. Nos saraus familiares, tornou-se o assunto predileto, porque o macróbio Esperidião, apesar de um ancião de escasso convívio, recordava-se nitidamente da Montes Claros de sua mocidade. Declarava os nomes de sues antigos companheiros de bailes e serestas, como também se lembrava das donzelas românticas de seus tempos de rapaz. Ninguém sabia, exceto o jornalista Jair Oliveira, que se tratava de uma brincadeira do verdadeiro autor das cartas, e ambos se divertiam com o sucesso do público”.
A correspondência era tão fiel à realidade, que pessoas de boa memória acreditaram ter conhecido pessoalmente o missivista Esperidião Santa Cruz, que, ao final, ficou muito mais conhecido do que o próprio Agenor. Maria Ribeiro Pires, escritora e oradora de mão cheia, está à procura de exemplares dos jornais que publicaram as cartas, há mais de meio século.
A coleção, contudo, foi recolhida a local não sabido.

(¹ ) Vianna, Nelson, “Efemérides Montesclarenses”, Parte II, Coleção Sesquicentenário, vol.5, Editora Unimontes, Montes Claros

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Mensagem N°78959
De: Haroldo Lívio Data: Terça 4/11/2014 20:09:59
Cidade: M. Claros

Endereço telegráfico

HAROLDO LÍVIO

Egresso do bloco cirúrgico da Santa Casa, sob os cuidados dos magos Luiz da Paixão e Walter Lima, coadjuvados pelo jovem anestesiologista Waldir Nascimento Bessa Jr., cujo nome indica ser herdeiro do comerciante de maior visão que já mercadejou nesta praça, dono da Loja Americana, voltei a casa pensando nestas cousas aparentemente desimportantes que, de vez em quando, nos enchem a cabeça de caraminholas. Faz quanto tempo que o leitor não passa um telegrama? Já nem se lembra mais e acha que telegrama é um meio antiquado de comunicação em desuso. Aí é que está o engano! A Empresa de Correios e Telégrafos continua funcionando a todo vapor. E funcionando muito bem. Principalmente telegrafando... Para cumprimentar nubentes, uma amiga que festeja 80 anos abrindo garrafas de champagne Veuve Cliquot, os manuais de bom tom exigem que se telegrafe, e não enviar um e-mail ou telefonar, porque o destinatário ficará muito feliz
recebendo o documento das mãos do carteiro, protocolarmente. A mensagem é tão formal que vem contida dentro de um envelope. Antigamente, antes da universalização do computador, as empresas, por status e princípio de economia, tinham o endereço telegráfico que correspondia ao endereço de correio eletrônico E-mail, atualmente dominante e triunfante. A taxação do telegrama era cobrada por letra usada no endereçamento. Se o remetente ao telegrafar para o Banco do Brasil usasse apenas o endereço telegráfico Satélite, muito famoso, por sinal, pagaria somente o valor de uma letra no endereço. Negócio pra lá de vantajoso! Já pensou em quanto ficaria o nome Banco Hypotecário e Agrícola de Minas Gerais, para quem não soubesse o endereço telegráfico, do qual não consigo me lembrar. Lembro-me de que o Banco Mineiro da Produção era Bemca. Assim mesmo. Parece-me que o Banco Comércio e Indústria era Bancomércio. Isto são impressões de sessenta anos atrás, muito para trás. Tenho certeza de que a firma Indústrias Reunidas Santa Maria S.A., fabricante do Óleo Mariflor, o braço direito da boa cozinheira, usava Mariflor e até elegeu uma Miss Mariflor. Seus concorrentes, os Irmãos Pereira, do Óleo Boazinha, usavam o Ipê, uma árvore que nada tem a ver com o algodão e tem a ver com a família. Teria sido bolado pelo brilhante jornalista Cipião Martins Pereira, tido como um dos textos mais belos da grande imprensa. Sociam era o endereço telegráfico de uma algodoeira cuja razão social me escapa.
Ah, se ainda estivesse por aqui o amigo Necésio de Moraes, para elaborar uma lista. Confirmaria que Ramirmãos era usado pela Casa Luso-Brasileira, de Ramos & Cia. (Saudade de Dona Fernanda.) Principalmente informaria sobre firmas de peso em que militou na contabilidade. Diria o endereço telegráfico de Comércio e Representações J. Alves da Silva S.A., a concessionária Ford; e confirmaria Matsulphur, da Companhia de Materiaes Sulphurosos, do Cimento Montes Claros, ou melhor, de João Bosco Martins de Abreu, que acaba de nos deixar entre lágrimas de saudade e eterna gratidão por todo o bem que fez a esta cidade que aprendeu a amar como sua também. Montes Claros se curva reverente ante sua personalidade de homem de escol e empreendedor da produção, das ciências e das artes.

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Mensagem N°78958
De: Polícia Militar Data: Terça 4/11/2014 11:29:44
Cidade: Montes Claros

Por volta das 18h30min, foi localizado um veículo abandonado na rua Francisco Coutinho, bairro Augusta Mota. O veículo GM/CORSA GL, de cor cinza, placa GMV-7024, era utilizado para fuga de indivíduos que teriam efetuado disparos de arma de fogo no bairro Major Prates. Durante o patrulhamento, os policiais militares encontraram a vítima, um homem de 22 anos, que apresentava perfurações nos membros inferiores e alegou ter sido alvejado pelos disparos efetuados por quem estava no veículo localizado enquanto transitava pelo local na companhia de seu irmão, momento em que indivíduos no veículo Corsa cinza passaram atirando. Logo após, os indivíduos evadiram com o veículo em alta velocidade em direção ao bairro Augusta Mota. A vítima foi assistida por equipe dos Bombeiros e conduzida para o hospital, onde ficou sob os cuidados médicos e não soube informar quem seriam os autores dos disparos nem a motivação do crime. Qualquer informação sobre o paradeiro dos autores pode ser repassada via Disque-Denúncia Unificado (DDU), 181 ou mesmo pelo telefone das emergências policiais, 190.

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Mensagem N°78957
De: Isaias Caldeira Data: Terça 4/11/2014 08:58:01
Cidade: Montes Claros-MG

Memórias e fatos

Isaías Caldeira

Nasci no final do ano de 1959. Passei a minha infância e juventude sob o governo militar. A primeira memória que tenho da minha infância é do meu pai de prontidão,à espera do resultado das ações das forças armadas, num dia que hoje sei ser aquele em que os militares derrubaram João Goulart. Havia combinado com o fazendeiro vizinho que, caso fracassassem os militares, enfrentariam os elementos da liga camponesa à bala, mesmo sob o risco do sacifício dos familiares, incluindo as crianças, em meio às escaramuças. Vitoriosos os militares, ficamos vivos, escapando do enfrentamento armado, para a alegria do chefe da casa e nossa. Meu pai acreditava na sentença bíblica que condenava o homem a comer ao preço do suor do seu rosto, recusando qualquer forma de governo contrária a sua fé, preferindo a morte. Trabalhava desde os oito anos de idade. Fora oleiro, tropeiro,vaqueiro e conseguiu, com suor e economia, comprar um pedaço de terra, dela vivendo com a família. Devo, de certa forma, às forças armadas, o ainda poder ver a lua crescente de hoje e sei que ela esta noite “não me procurará em vão”, no dizer de um poeta persa. A minha relação com o governo militar de então, iniciada minha juventude, era de indiferença. Depois, passei a achar que a felicidade era poder cantar uma canção censurada de Geraldo Vandré, comprar um disco do burguês Chico Buarque, ou de Caetano Veloso pelado na capa, fatos que pesaram na minha contestação ao regime. De nada valia a vida tranquila, que nos permitia atravessar a cidade a qualquer hora da noite, em bandos adolescentes, sem nenhum perigo, ao não ser de algum cachorro bravo solto na rua, sem riscos de assalto ou de perda da vida por alguma bala perdida. Ninguém, do nosso grupo de adolescentes, usava drogas ou mesmo conhecia algo estupefaciente além de bacardi com coca-cola, limão e gelo, ou o famoso “ rabo-de- galo”, mistura de cachaça, cortezano e licor de pequi. Outros jovens eram mais liberais, afinal vínhamos da contracultura, que teve seu auge nos anos 60, mas eles se limitavam a um visual diferente, cabeludos, de roupas coloridas, à espera da Era de Aquário , na base do “ paz e amor” e “faça amor, não faça a guerra”. Enquanto isso, o governo militar, que duraria 20 anos, entre 1964 a 1984, cuidava de levar o Brasil da 49ª economia mundial para a 8ª posição, quando do seu término, e desde então, 30 anos depois, estacionamos no sétimo lugar no cotejo das nações. Os militares fizeram quatro grandes usinas hidrelétricas, Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipu , que permitiram a industrialização do País, além de outras menores; 46 mil quilômetros de rodovias asfaltadas, incluindo Belo Horizonte-Montes Claros, Rio-Santos, Rio-Juiz de Fora, Ponte Rio-Niteroi; a transamazônica; metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza; quatro grandes portos; criação da Embrapa, que tirou o País da agricultura de subsistência para exportador de grãos; o Banco Central; o SFH, INPS,IAPAS,DATAPREV, LBA, FUNABEM, FGTS, Funrural; Nuclebrás, com Angras I e II ; Infraero, Polícia Federal, Zona Franca de Manaus; IBDF, BNH, SUDAN; o Proálcool ; a Ferrovia da Soja; fomos o 2ª maior construtor naval do mundo; o Projeto Rondon, Mobral; Embratel e Telebrás; Ferrovia do aço e tantas coisas mais, que é impossível citá-las sem encher páginas. O Brasil crescia até 14% ao ano, em primeiro lugar no mundo, nos anos 60/70. Tudo isso em 20 anos, mesmo tempo dos governos do PSDB e do PT somados. Falava-se de enfrentamento à guerrilhas, e como ficamos sabendo, alguns foram mortos e outros torturados. Dos que sobreviveram, muitos estão no poder atualmente. Todos os presidentes militares continuaram pobres e nem sabemos quem são seus descendentes. Em governos civis apareceram o MST, MTST, e outros congêneres, atuando em frentes ditas populares, a salvo dos rigores das leis, que em tese valem para todos. Não há mais censura, usar droga não dá mais cadeia, bolsas diversas sustentam mais de 36 milhões de famílias, e as faculdades formam milhares de doutores, especialmente advogados. A gente pode cantar qualquer canção, acabou-se a indústria da música de protesto e ficar pelado não escandaliza mais. Gays se beijam em público e até se casam; virgindade é só na oração Mariana; existe a Lei da Palmada, as leis de cotas, e outras tantas em defesa da igualdade formal, que um desavisado acharia que esta nação caminha para ser o melhor dos mundos. Da casa murada, com alarmes, concertinas e cercas elétricas, ouvem-se as sirenes do Corpo de Bombeiros e do Samu, em socorro às vítimas de uma guerra civil não declarada, nas cidades e campos, que mata 60.000 brasileiros por ano, oficialmente. Mais que isso, só no trânsito. Antes, temíamos o guarda da esquina. Hoje o medo está em toda parte. Está nos encapuzados que depredam lojas e o patrimônio público, em índios que interrompem as estradas e cobram pedágios, nos sem-terras que não respeitam a propriedade privada, no grampeamento sem controle por agentes do Estado, na bandidagem que nada teme e se organiza em facções, formando seus exércitos. O Brasil está se deteriorando, apesar da melhora na distribuição de renda. Há um certo desalento , um desgosto com o rumo das coisas. Todos queremos democracia, que não se confunde com baderna. Queremos segurança e saúde . Melhoras na educação. Bandidos na cadeia. O império da lei e governantes honestos. Não é muito, mas o suficiente para a garantia da liberdade, banindo para sempre os fantasmas totalitários, da esquerda ou direita.

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Mensagem N°78956
De: Polícia Rodoviária Federal Data: Segunda 3/11/2014 16:52:58
Cidade: Montes Claros/MG

A PRF iniciará amanhã, dia 04, uma operação de fiscalização ao excesso de velocidade em várias regiões de Minas Gerais, incluindo as rodovias federais que passam pelo Norte de Minas.
Nos últimos 3 anos, foram registrados no trecho da Delegacia PRF de Montes Claros*: 3046 acidentes; 2780 feridos; e 319 mortos. Destes, foram causados por velocidade incompatível: 33% dos acidentes; 36% dos feridos; 38% dos mortos. Diante dessa situação, a PRF está desencadeando uma operação com foco no combate ao excesso de velocidade, com vistas a reduzir a ocorrência de acidentes e, consequentemente, as vítimas desses acidentes. A estratégia da ação é o uso sistemático de vários radares, sendo operados em pontos críticos de ocorrência de acidentes, de forma a gerar no condutor a percepção da necessidade de adequar-se à velocidade regulamentar da via, independentemente da existência ou não de radares.A operação é uma prévia do que será a atuação da PRF no período das festas de fim de ano e férias escolares. A ideia é que haja uma mudança no comportamento do condutor que é, em última análise, responsável por mais de 90% das ocorrências de acidentes e mortes no trânsito.
*Trecho da 14ª Delegacia PRF: Br 135, de Montes Claros a Joaquim Felício; Br 251, de Montes Claros a Salinas;
Br 365,de Montes Claros a Buritizeiro.

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Mensagem N°78955
De: Estado de Minas Data: Terça 4/11/2014 08:10:50
Cidade: Belo Horizonte

Justiça nega volta do ex-goleiro Bruno aos gramados - Segundo decisão do juiz Famblo Santos Costa, não há sistema de trabalho externo na unidade prisional de Francisco Sá e o deferimento do pedido iria violar o protocolo de segurança do lugar - Landercy Hemerson - O ex-goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza teve frustrado o plano de voltar aos gramados para defender um clube do futebol profissional, mesmo cumprindo pena de 22 anos e três meses pelo sequestro e morte da ex-amante Eliza Samudio, em junho de 2010. O Tribunal de Justiça publicou ontem decisão do juiz Famblo Santos Costa, de Francisco Sá, que nega o pedido de trabalho externo para Bruno, que foi transferido em 20 de junho para a penitenciária da cidade do Norte de Minas, numa manobra de seus ex-advogados, que diziam que ele voltaria a treinar e a jogar futebol pelo Montes Claros Futebol Clube no Módulo II do Campeonato Mineiro.
Os defensores do ex-jogador na época, Francisco Simim e Tiago Lenoir, destituídos no começo do mês passado, que a transferência de Bruno para Francisco Sá seria o caminho mais fácil para a ressocialização. Simim chegou a sugerir que o ex-atleta poderia jogar a Copa do Mundo defendendo a Seleção Brasileira. A família de Bruno Fernandes estuda, agora, a contratação de outro defensor, cujo o foco passa a ser a anulação do julgamento em que ele foi condenado, em março de 2013, pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza, que continua desaparecido, e sequestro e cárcere privado do filho da vítima, do qual ele seria o pai biológico. Outras cinco pessoas foram sentenciadas pelo crime.
Na decisão de Santos Costa, justificou que a unidade prisional de Francisco Sá recebe em custódia presos de alta periculosidade, o que resulta no empenho de um maior reforço da guarda em atividades internas e externas de presos, o que já inviabiliza benefício de trabalho fora do presídio para qualquer interno.
Uma fonte da penitenciária, que pediu anonimato, contou que na unidade, apesar do comportamento exemplar, Bruno não estaria tendo as oportunidades de estudar e trabalhar como ocorria na Segurança Máxima de Contagem, na Grande BH, o que contribuía para a remição de pena. Em Francisco Sá não há sistema de trabalho externo e, de acordo com o magistrado, o deferimento do pedido de benefício para o ex-jogador iria violar o protocolo de segurança da unidade. O Ministério Público também votou pelo indeferimento.
Na análise dos autos, o juiz constatou que ao apresentar o pedido, com base em assinatura de contrato de Bruno Fernandes como o Montes Claros houve irregularidade porque o detento ainda estava na Segurança Máxima de Contagem. Além do fato de que os advogados não anexaram no pedido documentos que comprovassem vinculo contratual do ex-goleiro com qualquer equipe ou empresa. Com isso, Bruno vai continuar no regime disciplinar diferenciado (RDD), aplicado nos casos de integrantes de facções criminosas.
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O Dia - Justiça nega pedido de goleiro Bruno para treinar em clube de Minas - Juiz alegou que autorização de trabalhos externos para Bruno só seria possível em casos de trabalho em obras públicas.
O juiz Famblo Santos Costa, da cidade de Francisco Sá/MG, negou pedido do goleiro Bruno Fernandes para que pudesse treinar no Montes Claros FC. A decisão será publicada nesta terça-feira no site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O juiz também negou pedido de revisão de pena. Cabe recurso.
Condenado pelo sequestro e morte de Eliza Samudio, Bruno está preso desde julho de 2010 e cumpre pena de 22 anos em regime fechado.
O juiz alegou que a autorização de trabalho externo para casos semelhantes ao de Bruno só poderia ocorrer para trabalhos em obras públicas. Bruno treinaria no Montes Claros, time com quem já tem acordo firmado desde fevereiro.
Segundo o pedido, ele deixaria a penitenciária, das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira, e nos finais de semana nos quais ocorressem jogos oficiais do clube, instituição que firmou contrato de trabalho com o jogador em fevereiro deste ano.
Em junho, Bruno foi transferido da cidade de Contagem/MG para Francisco Sá (em uma penitenciária de segurança máxima), que fica no norte de Minas.
A mudança de cidade faz parte da estratégia de defesa do goleiro para que conseguisse trabalhar no time de Montes Claros. Francisco Sá fica próximo a Montes Claros (55km de distância).
No início do ano, a noiva do jogador alugou apartamento em Montes Claros (417 km de Belo Horizonte, no norte do Estado). A defesa usaria o fato de ter residência fixa, além de oferta de emprego em Montes Claros para conseguir autorização da Justiça.

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