Câmara dos Deputados tem registro do agressor de Bolsonaro em suas dependências no mesmo dia da facada em Juiz de Fora, 6 de setembro. Caso passa a sigiloso

Brasília se pergunta: como pode, no mesmo dia, o agressor de Bolsonaro estar em Juiz de Fora e também nos corredores da Câmara Federal, a cerca de quase mil quilômetros?
PERGUNTA
A pergunta é em razão de ter sido encontrado registro de duas entradas do montes-clarense Adélio Bispo no prédio do Congresso, em Brasília, no dia 6 de setembro de 2018, mesmo dia em que deu uma facada no candidato. O horário das entradas não foi revelado.
FRAUDE
A Polícia Legislativa da Câmara suspeita que as informações tenham sido fraudadas e abriu investigação. “Considerando a impossibilidade de ter ocorrido o seu acesso às dependências da Câmara dos Deputados neste dia, e no intuito de se averiguar as circunstâncias nas quais se deram os supostos registros, foi realizado o registro da Ocorrência Policial n. 101/2018”, diz diretor da Polícia Legislativa.
GABINETES
A Câmara também registrou outra entrada de Adélio no prédio em outro momento. Os gabinetes visitados são desconhecidos.
ENGANO
Posteriormente à primeira explicação, a Polícia Legislativa reconheceu que houve engano. O recepcionista foi consultar a possível entrada e, por engano, registrou a entrada.
PRESO
"O Adélio já estava preso nesse momento em Minas. Foi apenas um erro do recepcionista, que foi ouvido, mas não houve má fé ou qualquer outra situação que estão falando por aí", explicou a fonte.
SIGILO
As informações sobre a investigação interna da Câmara serão sigilosas, pois o caso envolve "uma vulnerabilidade do sistema, cuja divulgação expõe a própria segurança dos parlamentares e da Casa Legislativa". O caso foi enviado para a Mesa Diretora da Câmara.