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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 5 de novembro de 2024

Nascida num 19 de abril em M. Claros, nova presidente do Supremo Tribunal dirige o próprio carro; dom Lúcio Antunes foi pároco e tinha admiradores na cidade

Segunda 12/09/16 - 11h

A ministra Cármen Lúcia tomará posse hoje, às 15h, como presidente do Supremo Tribunal Federal, a mais alta Corte do Brasil. Durante o mandato de 2 anos, também chefiará o Conselho Nacional de Justiça, órgão de controle do Judiciário. Há 10 anos no Supremo, Cármen Lúcia, de 62 anos, será a 2ª mulher a ocupar o cargo. Quando foi nomeada em 2006, por indicação do ex-presidente Lula, a presidente da Corte era a ministra aposentada Ellen Gracie.
SEM FESTA
Para a solenidade de posse, foram convidadas cerca de 2 mil pessoas, entre autoridades dos Três Poderes, membros do Ministério Público, advogados e familiares. A sessão será aberta pelo atual presidente do STF, Ricardo Lewandowski, e pelo presidente Michel Temer. Fugindo à tradição, Cármen Lúcia declinou de uma festa de posse, em geral paga por associações de magistrados num salão de festas em Brasília.
ABRIL
Nascida em 19 de abril de 1954 em Montes Claros, Cármen Lúcia Antunes Rocha viveu a infância em Espinosa. Tem 2 irmãs e 3 irmãos. Aos 10 anos, mudou-se para Belo Horizonte para estudar num internato de freiras. Nunca se casou nem teve filhos. A ministra costuma preparar as próprias refeições e cuidar da casa, além de dirigir o próprio carro para ir ao STF, dispensando motorista e carro oficial.
DOM LÚCIO
Muito provavelmente, a nova presidente do Supremo - de hábitos religiosos - está na linhagem de Dom Lúcio Antunes de Souza, um virtuoso bispo de Espinosa que tinha amigos e admiradores em M. Claros, a ponto de seu nome ser dado a meninos no início dos anos 1900, em homenagem ao prelado. A história do bispo está na Wikipédia:
"Lúcio Antunes de Sousa (ou Souza, como em suas assinaturas) foi o primeiro bispo da diocese de Botucatu. Nasceu no município de Lençóis do Rio Verde (hoje Espinosa), no Estado de Minas Gerais, no ano de 1863. Ingressou no seminário de Diamantina-MG em 1880. Foi ordenado sacerdote católico romano em 31 de maio de 1890 (mesmo ano do decreto n. 119-A, de 07 de janeiro, que extinguiu o Padroado). Até sua eleição para bispo de Botucatu no segundo semestre de 1908, Lúcio Antunes de Souza atuou como professor do seminário, como pároco de Montes Claros e como secretário de bispado no âmbito da diocese de Diamantina-MG. Feito cônego em 1902, Lucio foi um dos primeiros colaboradores, para alguns até mesmo co-fundador, do periódico diocesano "A Estrella Polar" cuja primeira edição data do ano de 1903 e foi impresso ininterruptamente ao longo do século XX, sendo um dos mais antigos periódicos católicos em atividade. Eleito para o episcopado, Lúcio dirigiu-se a Roma onde foi ordenado (sagrado)por D. Joaquim Arcoverde, D. Joaquim Silvério de Souza e D. Francisco do Rego Maia na Capela do Colégio Pio Latino-americano em 15 de novembro de 1908. De volta a Minas Gerais, escreveu ao longo do mês de Janeiro de 1909 a sua primeira e única Carta Pastoral,intitulada "Da União dos Catholicos" (1909). Tomou posse de sua diocese no dia 20 de fevereiro de 1909. Dois anos depois, em 25 de março de 1911, inaugurava o Seminário São José. Em 1912, acolheu as Irmãs de Santa Marcelina na fundação do Colégio dos Anjos (renomeado em 1953 como Colégio Santa Marcelina). Em 1917, inaugurou um dos mais belos Palácios Episcopais do Brasil, construído a partir de planta da chancelaria romana. Visitou sua extensa diocese de 128.940 quilômetros quadrados por três vezes. D. Lúcio faleceu em Botucatu no dia 19 de outubro de 1923. Seus restos mortais encontram-se na cripta da Catedral de Botucatu."

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