Condenado por terrorismo na França, franco-argelino "brilhante", professor da UFRJ, é expulso do Brasil

O professor franco-argelino Adlène Hicheur, da Universidade Federal do Rio, foi deportado do Brasil. Ele ouviu de policiais federais que a medida foi determinada pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Em nota oficial, o Ministério da Justiça afirmou que a decisão convinha "ao interesse nacional". Hicheur foi investigado e condenado por terrorismo na França em 2009, segundo revelou em janeiro à revista "Época". O professor cumpriu 2 anos e 7 meses de prisão na França por "associação com criminosos com vistas de planejar um atentado terrorista".
INVESTIGAÇÃO
Em 2013, o físico franco-argelino chegou ao Brasil para trabalhar como professor-visitante na UFRJ. Até o fim de 2014, ele foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Frequentador de uma mesquita no Rio, Hicheur passou a ser monitorado por policiais federais da Divisão Anti-terrorismo e por agentes da Agência Brasileira de Inteligência. Mesmo com a condenação na França, não foi encontrado qualquer indício de atuação terrorista do professor no Brasil. Hicheur é considerado brilhante pelos colegas. Fez doutorado na França e pós-doutorado no Reino Unido.