Exames atrasam e 3.935 famílias brasileiras ficam sem saber se filho tem microcefalia

Pelo menos 3.935 famílias brasileiras enfrentam a angústia de não saber se seu filho tem ou não microcefalia, segundo médicos. Eles dizem que a demora na divulgação do resultado final é provocada por fatores como: burocracia, falta de infraestrutura ou agilidade para providenciar transporte das crianças a centros onde seria possível fazer o exame confirmatório. Boa parte dos pais aguarda há 3 meses uma definição.
LENTIDÃO
De novembro do ano passado, quando a emergência sanitária nacional foi declarada, até 13 de fevereiro, só foram esclarecidos (confirmados ou descartados) 1.345 casos. "Essa lentidão nos surpreendeu", diz Alberto Beltrame, secretário de Atenção à Saúde. Além do sofrimento para as famílias, a demora no fechamento do diagnóstico acaba sobrecarregando serviços de assistência. A recomendação é: enquanto o caso não é descartado, o paciente deve receber o tratamento como se de fato tivesse a síndrome.
OMS
A diretora da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, e a diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne, vêm ao Brasil, esta semana, para acompanhar a epidemia do vírus zika. A comitiva quer se informar sobre todas as medidas que o governo brasileiro está tomando para conter o alastramento da doença.
VACINA
A vacina contra dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan começa a ser submetida, hoje, à fase 3 de testes clínicos. Esta é a última etapa antes que a vacina possa ser submetida à avaliação da Anvisa para registro.