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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 19 de novembro de 2024

População inverte o jogo, produz energia elétrica, vende para as concessionárias e salva rios e natureza; ainda assim, o ensolarado Brasil está atrasado em relação ao mundo

Segunda 27/07/15 - 10h

Já é possível - e legal - produzir energia elétrica em casa, através de painéis fotovoltaicos, que utiliza o calor do sol. Uma usina doméstica que produz 300 KVA por mês, capaz de suprir a necessidade de uma casa inteira custa cerca de 25 mil reais. Uma menor, de 150 KVA, sai por 15 mil. Significa que o investimento será pago em 7 anos. Até pouco tempo atrás, o retorno só vinha em 12 anos, o que demonstra que esta solução chegou para ficar, virou o jogo a favor da população e contra as empresas de energia elétrica, normalmente monopolistas, ineficientes, burocráticas e muitas vezes controladas por políticos.
COMO FUNCIONA
A energia pode ser produzida na casa ou em outro local. A energia excedente é injetada na rede pública, para uso geral. Um medidor bidirecional em Minas, instalado pela Cemig, promove um encontro de contas. O que é injetado é descontado no que foi consumido pela residência ou serviço.
DE VOLTA
O consumidor pode até receber de volta o que forneceu a mais. De consumidor, passa a fornecedor. Dos 723 projetos em funcionamento no Brasil, 128 estão em Minas, quase 20% do total no Brasil. Minas tem uma das maiores ensolações do Brasil. E, o Norte de Minas, uma das maiores do mundo.
CURSOS
Empresas vendedoras de equipamento estão dando cursos intensivos aos eletricistas, que se multiplicam por toda parte, atentos a este novo mundo, que liberta o cliente esmagado por altas contas. Os painéis são montados geralmente no telhado. A mudança interessa muito, porque o Brasil tem uma das energias mais caras do planeta, custos aumentados pela ineficiência, pelos impostos e pela burocracia.
ATRASADO
Contudo, nesta área e apesar de ter um céu de sol abundante, o Brasil também está atrasado em relação ao resto do mundo. A gelada Alemanha desponta na frente. Um melhor desempenho por parte da população depende de o governo reduzir os impostos sobre os equipamentos, salvando rios e reduzindo as agressões à natureza provocadas pela construção de novas hidrelétricas. O governo ainda cobra imposto de quem produz a própria energia

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