Imprensa mundial repercute prisão na Fifa, a pedido do Departamento de Justiça dos EUA. Copa no Brasil será investigada

Jornais de todo o mundo destacaram a detenção na Suíça de 7 dirigentes da Fifa, suspeitos de corrupção. Jornais da Argentina, Inglaterra, Alemanha e França destacaram as prisões. Entre os detidos está o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF. A operação ocorreu em Zurique, mas o grupo pode ser extraditado para os EUA, pois as prisões foram feitas a pedido do Departamento de Justiça norte-americano. O jornal americano “The New York Times” destaca em sua capa diversas matérias sobre o assunto, e ressalta o impacto da investigação na figura de Joseph Blatter, presidente da Fifa que tenta a reeleição na próxima sexta-feira. As autoridades norte-americanas informaram que vão investigar o processo de seleção para a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014.
PROPINAS
A denúncia em apuração nos Estados Unidos afirma que, desde 1991, autoridades da Fifa se envolveram em crimes - fraude, subornos e lavagem de dinheiro. A Justiça acrescenta que duas gerações de dirigentes usaram suas posições para parcerias com o marketing esportivo. A parceria impedia outros interessados de ter acesso a contratos, e era sustentada por propinas
NOS EUA
Os Estados Unidos se envolveram na investigação, através do Judiciário, em virtude de o esquema ser planejado lá. A corrupção era planejada nos EUA, mesmo se efetuada em outros países. O uso dos bancos americanos para transferir dinheiro é o centro da investigação.
CORRUPÇÃO DESCARADA
Segundo o procurador norte-americano Kelly T. Currie, a investigação não vai parar: "Após décadas, segundo a denúncia, de corrupção descarada, o futebol internacional organizado precisa de um novo começo - uma nova chance para suas instituições fazerem uma vigilância honesta e apoiarem um esporte amado pelo mundo. Deixe-me ser claro: essa denúncia não é o último capítulo da nossa investigação".
CARTÃO VERMELHO
"Esta é a Copa do Mundo da Fraude, e hoje eles recebem cartão vermelho", resumiu o responsável da agência tributária dos EUA, que completou: "os seguidores deste esporte não deveriam ter que se preocupar pela conduta corrupta dos dirigentes da FIFA".