Polícia Federal sai atrás de quadrilha com "alto grau de especialização" que atuava contra a Caixa Econômica em M. Claros. Valor apreendido soma 1,4 milhão de reais
Terça 18/11/25 - 8h408h24m, terça-feira, da Polícia Federal:
PF desarticula grupo criminoso suspeito de fraudar a CEF na região de Montes Claros/MG
Duas pessoas foram presas em Goiás e no Distrito Federal
Montes Claros/MG.
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (18/11) as operações Quimera e Hidra, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado na falsificação de documentos e na prática de fraudes bancárias contra a Caixa Econômica Federal e outras instituições financeiras.
As duas ações foram realizadas simultaneamente por compartilharem alvos e conexões investigativas.
A Operação Quimera cumpriu três mandados de busca e apreensão nas cidades de Luziânia/GO e Valparaíso de Goiás/GO, visando colher novos elementos que auxiliem na identificação de integrantes da organização e no aprofundamento das provas já produzidas.
Já a Operação Hidra previa quatro mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em Valparaíso de Goiás/GO e Brasília/DF, além do sequestro de valores que somam quase R$ 1,4 milhão.
Duas pessoas foram presas.
Segundo as investigações, o grupo utilizava documentos de identidade falsificados contendo dados de pessoas reais para abrir contas, obter empréstimos, contratar cartões de crédito e realizar saques irregulares de FGTS.
Os investigados deslocavam-se do Estado de Goiás para diversas cidades de Minas Gerais – entre elas Montes Claros, Francisco Sá, Janaúba, Bocaiuva, Pirapora e João Monlevade – onde efetuavam presencialmente as fraudes nas agências bancárias.
A análise de movimentações financeiras, registros bancários, laudos periciais e outros elementos obtidos ao longo da investigação revelou que o grupo atuava de forma estruturada, com divisão de tarefas e alto grau de especialização.
Parte dos valores ilícitos era distribuída entre contas de terceiros para ocultar a origem dos recursos, havendo indícios dos crimes de estelionato majorado, associação criminosa e uso de documento falso.
As medidas cumpridas nesta data foram autorizadas pela Justiça Federal de Montes Claros/MG e incluem, além das prisões e buscas, o acesso ao conteúdo de aparelhos eletrônicos apreendidos e o compartilhamento de provas com outras investigações em andamento e com a Caixa Econômica Federal, para subsidiar a recuperação do prejuízo e a reparação dos danos.
Durante as diligências foram apreendidos eletrônicos e veículos.
O material será analisado pela Polícia Federal, que seguirá com as investigações para identificar outros possíveis envolvidos e aprofundar o entendimento sobre a atuação da organização criminosa.
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11h33m, terça-feira, do jornal O Tempo, de BH:
Grupo de Goiás viajava para cidades de Minas para cometer fraudes bancárias
Investigação aponta que bando viajava principalmente para cidades do Norte de Minas, onde abriam contas e faziam empréstimos com documentos falsos
José Vítor Camilo
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (18/11), duas operações simultâneas contra uma organização criminosa especializada em fraudes contra instituições bancárias. O grupo, que seria de Goiás, viajava até várias cidades mineiras, especialmente Montes Claros, no Norte de Minas, para cometer os crimes presencialmente. Mandados foram cumpridos em Goiás e no Distrito Federal.
Conforme divulgado pela corporação, a operação Quimera cumpriu três mandados de busca e apreensão nas cidades de Luziânia e Valparaíso de Goiás, ambas em Goiás, com o objetivo de identificar integrantes da organização e aprofundar nas provas já produzidas. Já a operação Hidra cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão em Valparaíso de Goiás e em Brasília. Duas pessoas foram presas.
Ao todo, a Justiça Federal de Montes Claros determinou o sequestro de valores que somam quase R$ 1,4 milhão das contas dos investigados, visando a reparação dos prejuízos.
O esquema
De acordo com a PF, a atuação da quadrilha envolvia o deslocamento interestadual para a prática dos crimes. Os suspeitos saíam do entorno do Distrito Federal e de Goiás com destino a Minas Gerais, onde iam presencialmente às agências bancárias.
"O grupo utilizava documentos de identidade falsificados contendo dados de pessoas reais para abrir contas, obter empréstimos, contratar cartões de crédito e realizar saques irregulares de FGTS", detalhou a polícia.
Além de Montes Claros, o grupo criminoso também atuou nas cidades mineiras de Francisco Sá, Janaúba, Bocaiúva e Pirapora, todas também no Norte de Minas, e em João Monlevade, na região Central.
Divisão de tarefas
A investigação policial revelou, ainda conforme a PF, um alto nível de sofisticação. "A análise de movimentações financeiras, registros bancários, laudos periciais e outros elementos obtidos ao longo da investigação revelou que o grupo atuava de forma estruturada, com divisão de tarefas e alto grau de especialização. Parte dos valores ilícitos era distribuída entre contas de terceiros para ocultar a origem dos recursos", detalhou a corporação.
Durante as ações desta terça-feira, foram apreendidos veículos e equipamentos eletrônicos. Agora, todo o material passará por perícia com o objetivo de "identificar outros possíveis envolvidos e aprofundar o entendimento sobre a atuação da organização criminosa".
A PF investiga os crimes de estelionato majorado, associação criminosa e uso de documento falso.


