Polícia Federal: "A operação cumpriu mandados de busca em 2 endereços na cidade de M. Claros, 2 em São João da Lagoa e em um no município de Padre Carvalho. Foram apreendidos dispositivos eletrônicos, documentos, veículos, dinheiro em espécie, uma arma e munições"
Quinta 14/08/25 - 9h02
PF deflagra operação em investigação de fraude à licitação e desvio de verbas federais no Norte de Minas
Foram apreendidos dispositivos eletrônicos, documentos, veículos, dinheiro em espécie, uma arma e munições
Montes Claros/MG. A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (14/8), a Operação Dolomita com o cumprimento de mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e afastamento de sigilos bancário, fiscal e telemático, no âmbito de uma investigação que apura possíveis fraudes em licitação e desvio de recursos públicos no município de Padre Carvalho, Norte de Minas Gerais.
As investigações, que tiveram início em 2024 a partir de uma comunicação anônima à PF, apontaram indícios de irregularidades em processos licitatórios destinados à recuperação de estradas vicinais e custeados com recursos públicos no valor de R$ 606 mil, sendo R$ 573 mil provenientes de repasse federal, com uma empresa de engenharia como principal beneficiária.
À época dos fatos, um dos sócios ocupava o cargo de secretário executivo de uma associação que indicaria vínculo de confiança e possível favorecimento na contratação. Além disso, diligências da PF constataram que a empresa não possui sede física efetiva, conta com apenas um funcionário registrado e não dispõe de veículos, máquinas ou equipamentos compatíveis com a execução de obras de engenharia. Também foi identificado histórico de alteração do objeto social para incluir atividades ligadas a obras públicas, em aparente adequação a exigências de editais.
Moradores ouvidos sob reserva de identidade relataram que máquinas e servidores da própria prefeitura teriam sido utilizados na execução das obras contratadas, reforçando a suspeita de desvio de recursos.
Diante da gravidade dos fatos e do risco de ocultação de provas e dilapidação do patrimônio, o Tribunal Regional Federal da 6ª Região autorizou buscas e apreensões, quebras de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático, bem como o bloqueio de bens e valores até o limite de R$ 605,5 mil.
A operação cumpriu mandados de busca em dois endereços na cidade de Montes Claros, dois em São João da Lagoa e em um no município de Padre Carvalho. Foram apreendidos dispositivos eletrônicos, documentos, veículos, dinheiro em espécie, uma arma e munições.
Os investigados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação e desvio de recursos públicos.
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9h09m, quinta-feira, do jornal O Tempo, de BH:PF investiga fraude em licitação e desvio de R$ 606 mil em município no interior de MG
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e afastamento de sigilos bancário, fiscal e telemático nesta quinta-feira (14/8)
Rayllan Oliveira
Uma esquema de possível fraudes em licitação e desvio de recursos públicos no município de Padre Carvalho, no Norte de Minas, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF). Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e afastamento de sigilos bancário, fiscal e telemático nesta quinta-feira (14/8). O valor das irregularidades, conforme denúncia, seria de R$ 606 mil.
De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram em 2024 após uma denúncia anônima. Na ocasião, o denunciante apontou irregularidades em processos licitatórios para a recuperação de estradas vicinais, financiados com recursos públicos — dos quais R$ 573 mil vieram de repasses federais —, tendo como principal beneficiária uma empresa de engenharia. "À época dos fatos, um dos sócios ocupava o cargo de secretário executivo de uma associação que indicaria vínculo de confiança e possível favorecimento na contratação", disse a polícia.
A investigação constatou que a empresa não possui sede física efetiva e que conta com apenas um funcionário registrado. A empresa também não dispõe de veículos, máquinas ou equipamentos compatíveis com a execução de obras de engenharia. Os investigadores também apontaram histórico de alteração do objeto social para incluir atividades ligadas a obras públicas, em aparente adequação a exigências de editais.
Ainda de acordo com a PF, moradores ouvidos sob anonimato relataram que máquinas e servidores da própria prefeitura teriam sido empregados na execução das obras contratadas, o que reforça a suspeita de desvio de recursos. "Diante da gravidade dos fatos e do risco de ocultação de provas e dilapidação do patrimônio, o Tribunal Regional Federal da 6ª Região autorizou buscas e apreensões, quebras de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático, bem como o bloqueio de bens e valores até o limite de R$ 605,5 mil", acrescentou.
A operação
A operação cumpriu dois mandados de busca em Montes Claros, dois em São João da Lagoa e um em Padre Carvalho. Foram apreendidos dispositivos eletrônicos, documentos, veículos, dinheiro em espécie, uma arma e munições. De acordo com a PF, os investigados podem responder pelos crimes de fraude à licitação e desvio de recursos públicos, cujas penas, somadas, podem ultrapassar 18 anos de reclusão.