Polícia Federal cumpre 14 mandados de prisão, no amanhecer desta quinta-feira, para combater tráfico de 2 mil fuzis de Miami para o Rio de Janeiro
Quinta 20/03/25 - 6h54A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira (20) a Operação Cash Courier.
É para combater esquema do tráfico internacional de armas que enviou, ou teria enviado, 2 mil fuzis de Miami para o Rio de Janeiro, com destino a favelas do Comando Vermelho (CV).
Os agentes cumpriram 14 mandados de busca e apreensão na Zona Oeste do Rio, incluindo a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes.
Em um dos endereços, suspeito atirou contra os policiais, mas ninguém se feriu.
Foi preso em flagrante por tentativa de homicídio.
As investigações começaram em 2017, quando a PF apreendeu 60 fuzis no Aeroporto do Galeão.
O líder da organização, cujo nome não foi revelado, utilizaria laranjas e empresas para lavar o dinheiro do tráfico de armas, investindo em imóveis e bens.
O judiciário determinou o bloqueio de R$ 50 milhões em bens e ativos.
A ação tem apoio do MPF, Polícia Civil do Rio e Secretaria Nacional de Segurança Pública.
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7h22m, quinta-feira, da Agência Brasil:
Ação da PF mira tráfico internacional de fuzis de Miami para o Rio
Investigações identificaram suspeito de chefiar organização criminosa
Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta quinta-feira (20), 14 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de tráfico internacional de armas, no Rio de Janeiro. A ação conta com 80 agentes da PF e dez policiais civis.
A Operação Cash Courier é um desdobramento da Operação Senhor das Armas, desencadeada em 2017, que apreendeu 60 fuzis no Aeroporto Internacional do Rio (Tom Jobim/Galeão).
Investigações da PF identificaram o suspeito de chefiar a organização criminosa, que teria sido responsável por trazer 2 mil fuzis de Miami, nos Estados Unidos, para o Rio de Janeiro.
As armas eram contrabandeadas para o Brasil e, depois, distribuídas a uma facção criminosa fluminense, que controla diversas comunidades no estado.
O homem apontado como líder do esquema criminoso usava outras pessoas e empresas para adquirir imóveis e outros bens, com o objetivo de lavar o dinheiro obtido com o tráfico internacional de armas.
Além dos mandados de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos em endereços residenciais e comerciais nos bairros da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da capital fluminense, a Justiça determinou o sequestro e bloqueio de bens e ativos no valor total de R$ 50 milhões.
Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de armas, organização criminosa, lavagem de capital, evasão de divisas, corrupção ativa e corrupção passiva.
A operação conta com apoio do Ministério Público Federal (MPF), da Polícia Civil e da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).