Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.
Clique aqui para exibir os comentários
Os dados aqui preenchidos serão exibidos. Todos os campos são obrigatórios
Mensagem: Eleições e saneamento Manoel Hygino - Hoje em Dia Cinco de outubro pode ser uma data que se fixará definitivamente na história do Brasil, não por ser o décimo mês do ano e de revoluções, como a de 1930, com os entreveros anteriores e o desenlace trágico, em agosto de 1954, daquele que guindara à Presidência da República. Revoluções e eleições, não poucas, ocorreram para simplesmente desaguar no país de 2014. Melhoramos? Pioramos? Realizamos nossos melhores sonhos ou apenas assistimos conformados ao andar da carruagem? Ainda sob os inquietantes fatos que marcaram os anos mais recentes, com escândalos sucessivos envolvendo até a maior empresa nacional, vimos engavetarem-se nos escaninhos da memória, os mais antigos, como o da poderosa chefe do escritório da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, filhos e marido. Perderam foco os fatos, mas seus participantes se brindaram com os dinheiros e viagens pelo mundo afora, cobertos pelo cofre público. Silêncio em torno. Nem se fale no mensalão, cujo desenrolar as pessoas acompanharam de perto, graças à mídia. Uma sucessão de crimes enfeixados em um só, praticados por figuras de proa na administração do país, porque entre nós os negócios públicos e os interesses políticos e pessoais se misturam no balcão de entendimentos e propostas escusas. Não fora a pertinácia do ministro Joaquim Barbosa, tudo ficaria como antes. O interesse notório da cúpula era esconder. Por detrás ou sob o manto que cobre as negociações ilícitas, cometem-se os crimes mais torpes, e o cidadão conhece, às vezes, detalhes porque a mídia divulga. Joaquim Barbosa já não é mais ministro do Supremo, não mais o preside, mas nenhuma entidade em favor do negro do Brasil saiu em sua defesa pelas críticas sofridas. Estende-se uma cortina de reservas à sua atuação, em que se critica o verbo forte e o comportamento inusual do mineiro de Paracatu. Lamentavelmente, o Brasil não vai bem, obrigado. Há a bandidagem, criminalidade, a desastrosa estiagem refletindo sobre tudo e todos, o autêntico pibinho, os modestos níveis de produtividade industrial, o São Francisco – seco na nascente e que não ameniza sequer a voracidade dos potentados e as necessidades da população sofrida. Neste país que esquece o essencial, constata-se que permanecem sem esgoto 42,9% das residências, que atiram dejetos no entorno, em terrenos baldios, córregos, lagoas, rios e mar. Dados recuperados pelo professor José Geraldo Freitas Drumond alertam para essas questões, ele que foi presidente da Fapemig e é membro titular da Academia Mineira de Medicina. Comenta que o país é secularmente defasado em indicadores de saúde que medem a qualidade de vida de seus cidadãos, que se exaurem nas filas de ambulatórios médicos e entulham os corredores das emergências públicas. Poder-se-ia mais explicitar. O Plano Nacional de Saneamento Básico prevê esgotos coletados e tratados em 93% dos municípios, no prazo de 20 anos. Na estatística que tenho à mão, só se investiram R$ 8,4 milhões em um ano. Daí, avaliar-se a prioridade na saúde pública, quanto a lixões e a progressiva contaminação do solo, da água e do ar, que contribuem para agravar os indicadores de saneamento básico. Em verdade, sabemos todos que, somente com educação e saúde, chegaremos a ser uma nação desenvolvida e rica.
Trocar letrasDigite as letras que aparecem na imagem acima