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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Quatro meses, e um novo ano Manoel Hygino - Hoje em Dia Era uma vez, um país que se afirmava feliz, amante da paz, de gente cordial e amável, solidária e prestimosa, mas que andava devagar. Para que pressa? Hoje, tudo é rápido, vertiginoso, célere e agitado. Quem tem pressa como cru. O resultado se pode avaliar pela estatística. Acidentes de trânsito deixaram mais de 563 mil mortos no Brasil de 2003 a 2012, conforme dados do Dpvat. Sem falar em quase dois milhões de feridos. Independentemente de partidos e candidatos, os fatos – os números – e as evidências demonstram que não estamos bem. A avaliação é de pessimismo, mas verdadeiramente nele vivemos e os que conosco não concordam sabem que temos razão. Existem pessoas que preferem narcisisticamente usar os aparelhinhos para tirar a própria foto, deixando para lá a preocupação com a realidade. Crime de omissão. A verdade tem muitas faces e cada um lhe dá a interpretação que mais lhe satisfaça. Na primeira quinzena de agosto, já se publicava que “a desaceleração nas vendas do comércio, que bateu forte no varejo especialmente na época da Copa do Mundo, teve impacto negativo no emprego do setor”. Também a indústria demitiu mais que contratou. Indústria e comércio aliados na frustração. As coisas não marcham a bom vapor. Por exemplo: cerca de 12% dos revisores de redação foram“reprovados” na última edição do ENEM. Atente-se: as redações são corrigidas por profissionais da área de letras e passam por processo de capacitação. Parece incrível, mas não é. A poderosa PETROBRÁS, que com calor e entusiasmo os brasileiros criaram, há décadas, vê-se atirada no olho do furacão, envolvida em escândalos com repercussão internacional. Nem vamos falar em Passadena. Vamos referir-nos à demissão de empregados, traduzida como “demissões voluntárias”, visando redução de custos. O plano envolve 8.379 petroleiros. No mesmo diapasão trabalha a indústria automobilística, usada demagogicamente para dar uma falsa noção de propriedade aos “trabalhadores do Brasil”, como discursivamente Getúlio saudava o povão no Estádio de São Januário, durante o Estado Novo. Pois bem. Até a primeira metade de agosto último, o setor cancelou contrato com 5.600 trabalhadores, a maioria nos programas apelidados de “demissão voluntária”. Pois, sim. A Volkswagen dará férias coletivas a 4.500 operários de uma unidade de Taubaté e a Fiat suspende parte de produção em Betim. E a indústria de autopeças segue a via dolorosa. Dependendo de São Pedro, que grave responsabilidade tem sobre os terráqueos, muito poderemos sofrer nos últimos meses de 2014, ao abrir e fechar as torneiras celestiais. Como dizia Aureliano Chaves, não adianta tapar, ou tentar, tapar o sol com a peneira. Fatos são fatos. A própria Fundação Getúlio Vargas, que não é um organismo da oposição, já se manifestou. O Brasil passou por recessão técnica no primeiro semestre. A última vez, como registrou o IBGE, fora no início de 2009, na esteira da crise financeira mundial. Os males se repetem.

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