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Mensagem: Fim de conversa Isaías Caldeira Veloso Sêneca condenava a ira, porque somente aquilo que nos surpreende legitima este destempero emocional , jamais as coisas previsíveis. Quem sai de carro no trânsito caótico de nossas cidades sabe que pode acontecer um imprevisto, um abalroamento qualquer. Então, não é razoável que se enfureça, mas que mantenha a calma, pois tudo estaria dentro de um contexto,dentro das possibilidades . Faço esse prólogo em atenção ao que escrevi neste site em resposta a um policial, onde deixei de lado a natural moderação para , de forma direta, retorquir os assaques contra a minha pessoa. É o meu tipo sanguíneo, a genética de quem não suporta desaforos. Mas confesso que não me vanglorio da resposta às calúnias perpetradas . Mas dela me penitencio.No momento em que começava o jogo do Brasil contra o Chile, tomei conhecimento do texto do policial. Num átimo, sem pensar duas vezes, respondi, diretamente dentro do site “ montesclaros.com”, sem correções, sob o influxo da ira, de modo que sequer vi o primeiro tempo do jogo. Daí alguns erros de ortografia e concordância. Peço desculpas, afinal não é lógico que alguém que sempre criticou o entorpecimento da inteligência e da cultura neste país deixe de dar bom exemplo. Quem critica pode ter resposta e ser criticado. Conhecendo a natureza dos meus hoje desafetos, não poderia esperar algo civilizado, no caso, especialmente, do Delegado, embora tenha certeza que seu texto tem várias mãos, mas não digo cérebros, por óbvio. Prometendo não mais me ater a este assunto específico, sobre a tal Operação Conto do Vigário, necessito desmentir inverdades postas tanto na nota de esclarecimento de dois promotores, quanto na da Associação de Delegados Federais. Primeiro, nunca critiquei processos, nem juízes, mas os métodos dos investigadores, no caso Ministério Público , com a participação do Delegado mencionado. Sou contra a espetacularização dos atos, com a mídia adrede preparada para as filmagens e jornalistas a postos, quando das prisões. Prisões em geral por 05 dias, as tais “ prisões temporárias”, já apodadas atualmente de “ prisões para humilhações” . Sei que são decretadas por juízes, mas o que os investigadores não dizem é que formam eles uma “ tropa de elite” e fazem pressão sobre magistrados, em geral em pequenas Comarcas, apresentando números assustadores de verbas que teriam sido desviadas. Imaginem as presenças de quatro ou cinco promotores, mais delegado federal, no gabinete de um magistrado ainda iniciante no ofício, e no caso, cheio de boa fé e com vontade de servir seu país, coibindo a roubalheira, que é real. Como duvidar das palavras e números apresentados por integrantes de instituições de tamanha grandeza? Colegas já me relataram essas pressões. Os investigadores sabem que falo a verdade. Tenho provas. Ministério Público quando atua como parte deve ser tratado como tal, sem qualquer privilégio, sob pena de se desvirtuar o devido processo legal e a paridade entre acusação e defesa. Qualquer iniciante em direito sabe disso. Na operação conto do vigário, pelo que sei, anunciaram na denúncia desvio de 10.000,000,00 ( dez milhões de reais ), número impressionante, capaz de comover e convencer qualquer um. Mas nas alegações finais, naquele processo, o próprio Ministério Público pediu a condenação dos cinco acusados por desvios de R$36.000,00 ( trinta e seis mil reais ). Se assim for, quanta diferença! Claro, nenhum centavo deveria ser desviado, mas o excesso na acusação é conduta condenável, também ao que sei. Esclareço que este processo está findo, com três condenados,dentre os 16 presos, somente um com pena de quatro anos, os demais , ainda pelo que sei, com penas alternativas. Ratifico que não conheço os acusados e nem sei se estão indiciados ou denunciados em outros processos. Mas só me referi a tal conto do vigário em meu texto. Processo findo não é processo em curso. É processo terminado. Ao menos para a acusação, já há trânsito em julgado. Leiam a LOMAM com calma. Depois, pago impostos como os senhores , tenho filhos e amo meu país e a democracia. Enfim, sou cidadão. Não vou me calar quando sentir que os postulados democráticos estão sendo atacados. Não quero ditadura, sob nenhum pretexto. Já vivi sob regime de exceção. Chega! Respeito a Polícia Federal e mantenho com todos os demais integrantes da corporação um excelente relacionamento. Em verdade é a Associação dos Delegados que deveria ouvir seus pares locais, aí incluindo os policiais em geral. Parece que ele não é benquisto entre os seus. É o que dizem. Depois, temos uma Corregedoria séria, que não tolera desvios. Se entenderem, representem contra o magistrado. Como disse um jornalista russo, “ agora que os fatos tomaram as palavras, os que nada têm a dizer seguem falando, quem tem algo a dizer, que dê um passo e se cale”. É o que faço. Encerro por aqui. Vamos resolver institucionalmente a questão.
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