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Mensagem: Fernandão do Cassimiro Haroldo Lívio Fernando Lívio de Oliveira, meu irmão, começou sua caminhada em 18 de maio de 1933 e terminou em 10 de maio de 2014. Vivendo de um maio a outro maio, o mês de Maria, vê-se logo que era um mariano convicto, tanto que escolheu Maria Augusta para esposa. Foram nossos adoráveis pais Zé Luiz e Dalva, que ainda vivem na saudade dos filhos e netos. Foi um bom menino, estudioso e aplicado, tendo sido orador de sua turma, no curso primário de Brasilinha, nossa cidade natal de gloriosas tradições. Muito cedo, ainda de calças curtas, ele decidiu que deveria começar logo a trabalhar e pediu emprego no caminhão de “Ziu” Tolentino, que fazia a linha Montes Claros-São Francisco. O dono do caminhão achou muita graça e o presenteou com um passeio na cidade. Aqui, hospedado na residência dos Tolentino, ele e Bibi, o caçula da casa, ficavam horas rodando pneus em torno da Praça da Matriz. Eram crianças felizes. Quis iniciar o mais cedo possível a vida de labuta e atingiu seu intento, em 1950, quando aqui chegou, matriculou-se no antigo Ginásio Municipal (depois Colégio Diocesano) e saiu por aí à procura de emprego, pois queria trabalhar. E muito. Encontrou seu primeiro emprego, de caixeiro de loja, na Casa Santa Helena, de Jayme Mendes de Aguiar, que funcionava aos fundos do Mercado. Começou assim, no ramo de tecidos, sob a gerência de Sady Cardoso de Faria e medindo pano juntamente com Emanuel Pinto e Pedrão Cardoso. Concluiu um bem feito curso ginasial e tomou a resolução de aprender ainda mais na lida do comércio. Foi para seu segundo emprego, na firma Irmãos Pereira, que representou sua pós-graduação comercial, aprendendo a dinâmica dos negócios de compra e venda de algodão, pela proximidade com os irmãos Diógenes, Edgar e Renato. Aquela experiência foi uma escola para ele, que de lá partiu para o serviço público, como fiscal do Crea-MG. Convivendo com os engenheiros Simeão Ribeiro Pires, Joaquim Costa e Newton Velloso, adquiriu o conhecimento de que prescindia para fiscalizar obras de construção civil. Tornou-se, então, muito conhecido na cidade e na região, relacionando-se com empresários e trabalhadores de obras, com os quais confraternizava irmãmente. Adquiriu grande popularidade. Foi por aí que a Associação Atlética Cassimiro de Abreu, sua primeira namorada, tomou conta de suas ações e pensamentos, de tal sorte que valeu-lhe o apelido de Fernandão do Cassimiro, por sua participação efetiva na diretoria. Foi tudo que quis e mandou muito, cada dia mais apaixonado pela camisa azul e branco. Envolveu-se tanto que deixou o Crea e foi mourejar no balcão dos irmãos Melo, José Maria e João, no ramo de materiais de construção e ferragens. A esta altura, já estava doutorado em construção civil e foi gerenciar a filial da Macife, onde fez o pé-de-meia para estabelecer-se por conta própria, na Ferreaço, e realizar o sonho do menino que queria trabalhar ainda menino. Ele lia muito e assinava os jornais Estado de Minas, Hoje em Dia, O Tempo e Jornal de Notícias. Lia também os outros dois jornais locais, na cadeira do Café Galo. Gostava de ir ao Mercado, visitava os amigos hospitalizados ou presos e principalmente levava o bálsamo da solidariedade às famílias enlutadas, indo a velórios. Por falar nisto, senti falta da bandeira do Mais Querido sobre seu caixão, já que eles tiveram uma história de amor e paixão. Porém, a falta foi suprida pela presença de José Maria Melo, patrono do Cassimiro, que também dorme, às 13 horas da tarde, no cemitério, sacrificando-se no horário de almoço do Dia das Mães. Mano velho, um beijo no coração!
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