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Mensagem: Os algozes e suas vítimas Manoel Hygino - Hoje em Dia O governo publicou decreto da presidente que aperta a legislação contra uso e publicidade de cigarros e produtos semelhantes, ampliando restrições em ambientes considerados permitidos ao fumo. Até os chamados “fumódromos” estão proibidos a partir de 180 dias da publicação do decreto. Não haverá tampouco publicidade comercial de produtos do tabaco, embora não se saiba até que ponto isso contribuirá para desestimular o uso do terrível veneno. Enquanto isso, o crack ganha terreno pelo interior adentro, porque nas capitais já é epidemia. O problema já foi mapeado até pela Confederação Nacional dos Municípios. O tratamento médico tem sido ineficiente, por múltiplas razões, até porque de altíssimo custo. Curioso que o governo tomasse iniciativas para coibir o tabaco, deixando o campo bastante liberado para produtos semelhantes. E a população vai na onda, contribuindo para as marchas pela liberação da maconha, que reúne milhares de pessoas nas capitais. Legalizar seu uso em estados norte-americanos, na Holanda, no Uruguai, é um risco que se corre por lá. São povos diferentes, em condições de vida diferentes e de culturas diferentes. O ex-presidente FHC defende a descriminalização da “cannabis sativa”. Em Paredão de Minas, distrito de Buritizeiro, barrancas do São Francisco, onde se rodou parte do seriado “Grande Sertão: Veredas”, influenciados os cidadãos por integrantes da equipe da televisão, começaram eles a fumar maconha, deixando o cigarro de lado. Passaram a plantar e colher a erva em seus quintais, consumindo-a abertamente. A cannabis até curava doenças e, sob outro ponto de vista, é econômico: antes compravam o fumo de rolo ou o cigarro em maço. Para o advogado Huascar Terra do Vale, as drogas se tornaram o maior problema social do século, mal que tem trazido desgraça a milhões de famílias em todo o mundo. Para ele, “todos os dias saem reportagens sobre o problema das drogas em revistas, em jornais e na televisão. Médicos e psicólogos famosos apresentam suas opiniões, sempre vazias e inócuas. Por quê?” Não só os profissionais mencionados, porém, se manifestam. Enfim as drogas estão na pauta de todas as redações, nos escritórios de advocacia, nos consultórios, nas delegacias de polícia, nas festas, nos jogos esportivos, nas casas e nas ruas. Huascar, contudo, dá resposta à última palavra do penúltimo parágrafo: “Por que? Todas as reportagens e palestras sobre as drogas se referem ao problema como se fosse uma calamidade da natureza, como as inundações, os tufões e os terremotos. Como se o homem não tivesse nada a ver com sua origem. No entanto, o problema das drogas faz parte de um esquema gigantesco para ganhar dinheiro à custa de suas vítimas, o que demonstra também como as pessoas em todo o mundo são reféns de interesses econômicos”. Existe uma grande conspiração do silêncio para jamais expor em público as verdadeiras causas do problema das drogas, a fim de manter o negócio. “O problema das drogas foi criado pelo próprio homem, que o transformou em um ótimo negócio”, como aconteceu com a indústria do tabaco, que formou verdadeiros impérios e magnatas em atividades paralelas. Huascar acrescenta: “É a lei da selva. É incomensurável a quantidade de sofrimentos derivados desse esquema infernal de exploração das fraquezas humanas”.
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