Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.
Clique aqui para exibir os comentários
Os dados aqui preenchidos serão exibidos. Todos os campos são obrigatórios
Mensagem: Nestes tempos, digamos, profanos, até a Lua Cheia de Maio costuma passar desapercebida. Foi cheia ontem, e nos seguirá por noites ainda. Impossível não evocar Augusto de Lima. Não a cidade a caminho de BH, mas o poeta Antônio Augusto de Lima, que batiza também Nova Lima - onde nasceu, e que se chamou Congonhas de Sabará. Veio à luz em 5 de abril de 1859. Morreu no Rio, a 22 de abril de 1934. Foi jornalista, poeta, magistrado, jurista, professor e político brasileiro, mas de um tipo diferente, diverso dos atuais. Governador de Minas (1891), foi sua a decisão de mudar a capital de Ouro Preto para Belo Horizonte. Pertenceu à Academia Brasileira de Letras. Com tantos méritos, por ele fala mais alto sua poesia. Imperdoável contemplar a mais bela das luas cheias do ano, a de Maio, sem se inclinar para o poeta, e naturalmente para a Lua Cheia de Maio - na velha, altiva e misteriosa Minas, que GR chamou de patriazinha: SERENATA Plenilúnio de maio em montanhas de Minas! canta, ao longe, uma flauta e o violoncelo chora. Perfuma-se o luar nas flores das campinas. sutiliza-se o aroma em languidez sonora. Ao doce encantamento azul das cavatinas, nessas noites de luz mais belas do que a aurora, as errantes visões das almas peregrinas vão voando a cantar pela amplidão afora... E chora o violoncelo e a flauta, ao longe, canta. Das montanhas, cantando, a névoa se levanta, banhada de luar, de sonhos, de harmonia. Com profano rumor, porém, desponta o dia, e na última porção de névoa transparente a flauta e o violoncelo expiram lentamente.
Trocar letrasDigite as letras que aparecem na imagem acima