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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Cidadania sem violência. Minha filha mais velha estuda arquitetura em Belo Horizonte, numa das melhores faculdades da cidade, em bairro central. Há mais de um mês vem me ligando apavorada, em prantos mesmo, diante da violência que invadiu as cercanias daquele espaço estudantil . Nos últimos meses contabilizaram-se ali três mortes de jovens, incluindo-se alunos, vítimas de assaltantes, quase todos os algozes menores de 18 anos . A legislação tupiniquim tipifica tais ações criminosas como “ atos análogos ao crime de latrocínio”, num eufemismo que só a lógica perversa incrustada no âmago dos nossos legisladores consegue sofismar, na tentativa de convencer o mundo que o bandido com 17 anos, onze meses e 29 dias de vida, tem menos tirocínio que aquele que completou 18 anos no dia anterior ao ato criminoso. Deram aos maiores de 16 anos o poder do voto . Podem influenciar nos destinos da nacionalidade como eleitores. São cortejados pelos políticos, que lhes imputam inocência pueril quando cometem crimes graves, mas ressaltam o amadurecimento quando buscam legitimar a condição de eleitores. O paradoxo desafiaria o filósofo Zenão, pois a flecha dos interesses políticos se move segundo leis próprias, onde prevalecem a conveniência eleitoral e a demagogia.Conta, também, a influência nefasta de sociólogos engajados e militantes, que unem-se na defesa da bandidagem mirim, com os argumentos já por demais conhecidos,repetidos à exaustão, de modo que ninguém mais se preocupa em desmenti-los e, consequentemente, tornam-se verdades, haurido o vezo na lógica do nazista Goebels. As leis penais já não são feitas sob o influxo inteligente dos juristas, mas impõem-se pela força e barulho desses militantes políticos incrustados em Ongs , Ocips , nas cátedras de universidades públicas e partidos radicais, que fazem valer seus propósitos diante da fragilidade intelectual e moral dos nossos representantes políticos, com exceções óbvias. Ser minoria não lhes retira o destemor, pois o poder legislativo brasileiro é um gigante com pés de barro, não aquenta tranco ou pressão , movendo-se ao sabor das ondas, reais ou fabricadas. Pauta-se o legislativo pelas mentiras daqueles que se dizem vítimas do sistema e que buscam suas vindictas através da destruição do “ status quo”,aniquilando todos os que foram ou são empecilhos à construção de um regime socialista neste território brasileiro. Pautados nas estatísticas construídas sobre números fabricados e fantasiosos, em teses falaciosas, legislam sem preocupação com a nacionalidade, destruindo com suas leis valores e crenças que sempre nos marcaram e que nos identificam, de tal modo que aos poucos o País vai se transformando em guetos,dividindo os brasileiros. Ali, território quilombola, acolá indígena, noutro, área de sem-terras , ou sem-tetos, vedando-se, inclusive, o acesso a quem não for da turma. Há direitos a serem conferidos, mas os excessos são evidentes. Sofismam os demarcadores de cidadanias, e até alguns que não comungam com o ideário socialista, à míngua de maior conhecimento da matéria ou dos fatos, se põem de atalaia como sentinelas na defesa das teses descabidas dos fariseus, que usam as palavras liberdade e democracia como se as cultuassem, como arrimo aos seus propósitos ocultos. Tais valores são diametralmente opostos à prática incrustada nos regimes totalitários de esquerda,onde o que conta é a coletividade, sem oportunidade de expansão da individualidade, e o cidadão é mero instrumento ou peça de engrenagem do núcleo social, sem direito à construção de sua subjetividade, à expansão de sua vontade pessoal. Enquanto isso, menores e maiores matam mais que na Síria em guerra civil, encurralando os brasileiros honestos, que se fecham com concertinas e cercas elétricas sobre muros residenciais, fazendo do País o único no mundo em que tais aparatos são tão disseminados entre ricos e pobres, e os políticos se omitem.É preciso reagir. Oportunizar ao Judiciário reduzir a maioridade penal em casos de crimes graves é uma das medidas urgentes, mas nada será feito sem a mobilização dos verdadeiros trabalhadores, dos que constroem o Brasil com seu labor, tomando o espaço que é seu , hoje ocupado por diletantes políticos,minoritários, que só vêem seus interesses subalternos. Por tudo isso, para tranqüilizar meu rebento na capital distante, mas sem meios de remediar materialmente sua proteção, recomendei-lhe rezar os salmos 23 e 91, afinal, em matéria de segurança no Brasil, só contamos atualmente com a proteção Divina.

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