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Mensagem: Os dois fevereiros Manoel Hygino - Jornal Hoje em Dia Evitei escrever sobre 6 de fevereiro, o dia mais trágico da história de Montes Claros, que, em 1930, selou a ruptura com o governo Washington Luís, anunciou a revolução e levou ao Catete Getúlio Vargas. Foi um fim de dia de muitos mortos e feridos, entre estes o então vice-presidente da República Mello Viana, ex-presidente do Estado. Ainda hoje, famílias lembram o episódio com tristeza e saudade. O que inquieta profundamente, contudo, neste fevereiro 83 anos após, é o medo diante do crescimento dos índices de criminalidade e dos perigosos protestos nas ruas, renovados incessantemente, sem que as autoridades cheguem a um denominador comum de como contê-los ou enfrentá-los. Verdadeiramente, o país se transformou num imenso acampamento em que as pessoas sem senso da gravidade da situação fazem o que lhes apraz, enquanto praticamente o aparato legal se resume no registro das ocorrências. E os fatos acontecem quando se tem programado um dos mais importantes acontecimentos esportivos do mundo. O clima é de tensa expectativa, quando sequer algumas obras essenciais foram concluídas. Segundo “O Estado de S. Paulo”, o “Ministério da Defesa manterá aquarteladas, durante a Copa, “reservas estratégicas” da Marinha, Exército e Aeronáutica para agir em caso de perda de controle na segurança, hipótese extrema em que assumirão o comando e substituirão as polícias estaduais, até na contenção de manifestações”. Diz ainda o jornal: “o aquartelamento faz parte da estratégia do governo para enfrentar protestos de massa ou ações criminosas, mas o uso de militares será a última alternativa, prevista somente para o caso de fracasso das forças policiais”. No entanto, a avant-première já está sendo vivida, todos os dias, em território brasileiro, com maior ênfase nas capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e o próprio Distrito Federal. A Polícia Federal dependura simbolicamente as algemas. Os crimes se repetem, de modo geral cruelmente e por motivos torpes, a despeito dos esforços das polícias estaduais, militares e civis. Li, aqui, na seção do Cláudio Humberto, que a população de Brasília lidera as solicitações de portes de armas de fogo. Desde 2010, o DF expediu proporcionalmente mais autorizações para uso dessas armas que o Rio de Janeiro, cuja população é seis vezes maior e mantém guerra aberta contra o tráfico. E São Paulo? Com 43,6 milhões de habitantes, o Estado concedeu 7.300 portes de armas desde 2010. E aquelas outras que entram no país por outras vias. São, inclusive, metralhadoras e fuzis, de grande poder de fogo, como as usadas pelos bandidos e organizações criminosas. O grande Estado, contudo, continua sofrendo com atentados de toda espécie. O presidente do Sindicato dos Agentes da Polícia Federal em São Paulo foi claro. A PF não tem condições de garantir a segurança durante a Copa. Em sua opinião, as Forças Armadas e a Força Nacional de Segurança deveriam assumir sozinhas a segurança do evento. Vivemos sob tempestade quase perfeita, como diria o ministro Rubens Ricupero.
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