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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Provedor de hospital diz que mortes não podem ser ligadas à bactéria -03/02/14 - 16h15 - Fernanda Viegas/Pedro Vaz Perez - Na manhã desta segunda-feira (3), a Fundação Hospitalar de Montes Claros (Hospital Aroldo Tourinho), esclareceu, por meio de seu provedor, o professor Paulo César Gonçalves de Almeida, que não é possível afirmar que pacientes morreram no hospital por ter contraído a bactéria Klebsiella – KPC, mas que ela poder ter agravado os casos. A declaração foi dada durante coletiva à imprensa, na manhã desta segunda-feira (3), na cidade do Norte de Minas. “A bactéria tem efeito maior em pacientes com sistema imunológico baixo”, explicou. O hospital já registrou 12 casos da doença. Do total, três pessoas morreram, três estão infectados, seis possuem a bactéria, mas ela não se manifestou. Dois dos pacientes estão internados na unidade e outros dois estão em observação. Além disso, Almeida explicou que foi o hospital que notificou a existência da bactéria e não uma denúncia. “Não é o primeiro caso, nem em Montes Claros, nem em Minas Gerais. Não sei porque ganhou tanto alarde. Existem outras bactérias que acontecem em ambientes hospitalares. Nenhum hospital do mundo é imune a existência da bactéria. Nenhum tem 0% de infecção hospitalar”, afirmou.Segundo Almeida, assim que descobriu a presença da bactéria, o hospital adotou as medidas de precaução e intensificou os cuidado, além dos rotineiros.“O processo de vigilância epidemiológica, que já era competente, tanto que identificou as infecções pela bactéria, foi intensificado. Além disso, tomamos todas as medidas de precaução, sendo elas, basicamente, de prevenção, como a rigorosa higienização das mãos, no contato de profissionais e acompanhantes com os pacientes infectados, colonizados ou suspeitos”, reforçou Almeida. Ele explicou ainda que os pacientes foram submetidos a ambientes mais reservados para a própria segurança deles e de outros pacientes, já que a bactéria é transmitida por contato direto. Cuidados Para evitar o contágio, as pessoas devem manter as mãos higienizadas. No hospital, são feitas desinfecções dos Centro de Tratamento Intensivo (CTIs), conscientização dos médicos, enfermeiros e demais funcionários. “Essa bactéria normalmente vem com alguém, origem externa. Um paciente trouxe de fora para dentro. Todo ser humano está sujeito a trazer dentro de si uma bactéria dessa”, explica o provedor. Relembre o caso Dois pacientes, um homem e uma mulher, do Hospital Aroldo Tourinho de Montes Claros, no Norte do Estado, morreram contaminados pela superbactéria Klesbiella pneumoniae (KPC). Os casos foram registrados em dezembro do ano passado no Hospital Haroldo Tourinho. Além dos óbitos, outras sete pessoas foram infectadas, mas não desenvolveram a doença. De acordo com a secretária de saúde do município, Ana Paula Nascimento, os pacientes foram tratados com antibióticos. Ainda segundo a secretária, apenas um hospital registrou a KPC. De acordo com a Secretária Municipal de Saúde, anteriormente, suspeitou-se de outras duas mortes pela superbactéria. Porém, ficou confirmado que os pacientes morreram pela doença de origem. Eles estavam em tratamento de câncer. Superbactéria Essa bactéria é um microorganismo que foi modificado geneticamente no ambiente hospitalar. Os sintomas da KPC são como o de outras infecções, o paciente apresenta febre, dores na bexiga e tosse. A transmissão pode acontecer em ambiente hospitalar, pelo contato com secreções do paciente infectado, desde que não sejam respeitadas normas básicas de desinfecção e higiene. Dados A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que o primeiro relato de KPC no mundo foi identificado nos Estados Unidos em 1996. A partir do ano de 2001 estas bactérias disseminaram-se amplamente em vários países. No Brasil, em 2009, foram identificados os primeiros casos de KPC em quatro pacientes de uma UTI de um hospital de Recife-PE. Em Minas Gerais os primeiros casos foram identificados no ano de 2010. Neste ano, foram 36 casos notificados com três casos confirmados, em 2011, 133 casos notificados com três casos confirmados e nenhum óbito relacionado a KPC. No ano de 2012, em surto identificado em hospital da região metropolitana de Belo Horizonte tivemos 25 casos notificados, sendo 14 infectados (desenvolveram doença relacionada a bactéria) e 11 colonizados (tinham a bactéria, mas não desenvolveram doença.No mês de novembro de 2013, foi suspeitado de caso de KPC em um hospital, em Montes Claros, sendo enviado amostra para a Fundação Nacional Ezequiel Dias, com confirmação no dia 05 de dezembro de 2013. Até o momento no hospital foram notificados 20 casos de KPC, com três óbitos. A Vigilância Sanitária Estadual, em contato com as equipes do hospital e da Vigilância Sanitária Municipal orientou as medidas para contenção de um possível surto. Foram instituídas medidas de vigilância e controle no hospital. Estado de Minas - Hospital de Montes Claros confirma terceira morte causada por superbactéria - Luiz Ribeiro - O Hospital Aroldo Tourinho, de Montes Claros, no Norte de Minas, confirmou nessa segunda-feira que três pacientes morreram contaminados pela superbactéria KPC (Klebisiella Pneumoniae produtora de Carbapenemase), muito resistente a antibióticos. Anteriormente, tinham sido divulgados dois óbitos. Ao todo, nove pessoas foram infectadas pela no hospital, das quais quatro já receberam alta e duas continuam internadas em observação.Segundo o provedor do hospital, Paulo César Gonçalves de Almeida, não existem evidências de que as pessoas morreram por conta dos sintomas causados pela bactéria, mas sim, devido às doenças graves que contraíram. Ele deu entrevista coletiva ontem junto aos médicos do Centro de Tratamento Intensivo (CTI), diretoria clínica e controle de infecção hospitalar. O infectologista Luciano Fernandes, da equipe de controle de infecção hospitalar do Aroldo Tourinho, explicou que, em nenhum dos casos, é possível afirmar que a KPC foi a causadora exclusiva das mortes, pois as vítimas tinham doenças graves. “Todos os pacientes já estavam internados em estágio crítico e avançado de outras doenças. Esse estágio potencializou os efeitos da KPC, que só provoca infecção em pacientes imunossuprimidos, ou seja, que estejam com índices muito baixos de imunidade”, reforçou o provedor. Uma mulher morreu em novembro, outra em dezembro e um homem no fim do mês passado.

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