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Mensagem: Hospital isola ala onde estão as pessoas que foram contaminadas por superbactéria KPC - Luiz Ribeiro -25/01/2014 07:18 - Autoridades da área de saúde e da vigilância sanitária entraram em alerta máxima em Montes Claros, Norte de Minas, para prevenir e controlar o avanço da superbactéria KPC (Klebsiella pneumoniae carbapanemase), muito resistente a antibióticos. Foram confirmados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), ontem, mais sete casos de pessoas contaminadas pela superbactéria, mas que não desenvolveram os sintomas. O bloco em que estão os pacientes foi isolado e estão sendo monitorados. Até agora já foram confirmados na cidade 11 casos de pessoas afetadas: duas morreram e duas apresentaram os sintomas causados pela KPC e continuam em tratamento.Os 11 casos foram diagnosticados no Hospital Aroldo Tourinho, onde os dois pacientes com os sintomas da superbactéria recebem os cuidados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). As pessoas contaminadas pela KPC (“colonizadas”) e que ainda manifestam os sintomas são mantidas em áreas isoladas. Ontem à tarde, a SMS promoveu uma reunião entre representantes das vigilâncias Sanitária e Epidemiológica (do estado e do município) e da Comissão de Controle de Infecção do Aroldo Tourinho a fim de reforçar as medidas com os médicos, enfermeiros, funcionários e visitantes para se evitar a proliferação da superbactéria. A superbactéria KPC foi identificada em um hospital da Carolina do Norte (EUA) em 2001. No Brasil, ela foi detectada pela primeira vez em 2006. Em 2010, um surto da KPC provocou 18 mortes no Distrito Federal. A KPC pode causar pneumonia, infecções sanguíneas no trato urinário e feridas cirúrgicas, sintomas que podem evoluir para o quadro de infecção generalizada e provocar a morte do paciente. Pessoas debilitadas, com doenças crônicas e imunidade baixa, submetidas a longos períodos de internação hospitalar (inclusive em UTIs) correm maior de contrair infecções. A secretária municipal de Saúde, Ana Paula de Oliveira, disse que foi organizado um plano de ação para o controle da KPC no município. Além do isolamento e monitoramento dos pacientes contaminados, será feito um trabalho de orientação à população da cidade. Uma das preocupações é evitar o pânico. Ontem, a Prefeitura de Montes Claros distribuiu nota oficial com o intuito de acalmar as pessoas. “É bom lembrar que a bactéria somente se desenvolve em ambiente hospitalar, onde uma das ações mais eficientes é a lavagem das mãos, além do uso de luvas e jalecos sempre higienizados”, diz Ana Paula, seguindo normas técnicas do Ministério da Saúde. RASTREAMENTO O médico Cláudio Henrique Rebello, assessor da SMS, informou que será feito um rastreamento para saber a origem da superbactéria que chegou a Montes Claros, de 380 mil habitantes, situada a 427 quilômetros de BH. Na ação, o município espera contar com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo Cláudio Henrique, não foi verificado nenhuma falha do Hospital Aroldo Tourinho que pudesse favorecer o contaminação dos pacientes internados em sua UTI. “Não houve negligência, o estabelecimento tomou todas as das medias de controle de infecção hospitalar, o que possibilitou a identificação rápida da presença da superbactéria”, disse o médico. Hoje em Dia - Superbactéria KPC já matou quatro em hospital de Montes Claros – Gabriela Sales - Após a morte de quatro pacientes no hospital Aroldo Tourinho por contaminação pela superbactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC), a Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros, no Norte de Minas, tenta identificar a origem da infecção. Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES), foram registradas 20 notificações de contaminação. Nove pacientes permanecem internados, dois estão infectados e os outros sete “colonizados”, ou seja, não desenvolveram a doença. A secretaria municipal não confirma os números.Conforme informações da SES, em novembro de 2013, o hospital teve a suspeita do primeiro caso. A confirmação da contaminação foi apontada em dezembro com o resultado de exames realizados pela Fundação Ezequiel Dias.A Secretaria Municipal de Saúde analisa se a superbactéria chegou à região por meio do trânsito de pacientes. Essa é a primeira vez que o caso é registrado no Norte do Estado. “Tudo indica que a bactéria tenha vindo de outra localidade através de algum paciente que esteve internado em outra cidade que possuía o histórico da infecção”, contou a secretária municipal de Saúde, Ana Paula de Oliveira Nascimento.As contaminações aconteceram na ala de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital. Uma idosa e uma mulher adulta tiveram complicações com a infecção e morreram. Os óbitos aconteceram na primeira quinzena deste mês. A secretaria municipal não informou os nomes e nem a idade das vítimas. Parentes das pacientes não quiseram falar sobre o assunto.Segundo a unidade de saúde, atualmente a situação no local está controlada e não há risco de novos casos. “É esse tipo de contaminação é restrito ao ambiente hospitalar e o Aroldo Tourinho já tomou todas as medidas de segurança necessárias. A população pode ficar tranquila”, explicou a administradora do hospital, Adriana Inácia Paculdino Ferreira.Para tentar evitar a contaminação de outras unidades de saúde no Norte de Minas, a Secretaria Municipal de Saúde e a SES intensificaram as ações de controle e prevenção. “As vigilância sanitárias municipal e estadual, com o controle de infecção dos hospitais da cidade, estão adotando medidas mais rigorosas de contenção de infecção para que não haja novos casos na cidade”, salientou a secretária Ana Paula de Oliveira. Após a recuperação dos pacientes a ala da unidade de saúde será desinfetada. Outros casos Essa não é a primeira vez que uma unidade de saúde em Minas registra a ação da superbactéria. Conforme dados da SES, em Minas foram registradas três mortes em decorrência a complicação da doença.Em 2012, em surto identificado no Hospital Regional Professor Osvaldo Franco, em Betim, na Grande BH, houve 25 casos notificados, sendo 14 infectados (desenvolveram doença relacionada à bactéria) e 11 colonizados (tinham a bactéria, mas não desenvolveram a doença).
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