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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 14 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Lixo ocupa espaço de pedestres em Montes Claros – Sem contrato de prestação de serviço, coleto e varrição são deficitárias. Gabriela Sales. Ruas e avenidas cobertas de mato e resíduos; caixas e sacos de lixo ocupando o espaço de pedestres. Esse é o cenário de Montes Claros, com 362 mil habitantes, que sofrem há pelo menos dois meses com a falta de limpeza urbana, aliada à má postura da população. O hipercentro é a região que mais enfrenta problemas com a falta de varrição, que afeta, além dos pedestres, o comércio da região. “Muitas vezes, tenho que pedir ao meu funcionário para varrer a rua em frente à loja. A sujeira é cartão de visita muito feio, que espanta os clientes”, reclama o comerciante Adalto de Silva, de 54 anos. Um decreto municipal determina que comerciantes coloquem o lixo na calçada após as 18h, para diminuir o tempo de exposição do material até a coleta. Porém, basta andar um pouco pela cidade para ver que a medida não é cumprida. “Temos que disputar espaço com sacos de lixo até nos pontos de ônibus”, desabafa a estudante Vanessa Antunes, de 23 anos. Em pelo menos três bairros, a situação é a mesma. “Ficamos expostos a doenças. Está virando rotina o caminhão de coleta não passar, e o lixo se acumular na porta de casa”, queixa-se o morador do bairro Alto São João, o representante comercial João Antônio Mendes, de 51 anos. FIM DE CONTRATO A prefeitura reconhece a falta de limpeza e atribui a situação ao fim do contrato com a empresa responsável pela coleta de lixo e manutenção, feito pela administração anterior. “Muitos serviços ficaram comprometidos. Estamos tentando sanar isso reassumindo a gestão do serviço, que era terceirizado, e fazendo licitações para aquisição de caminhões e materiais de limpeza”, informa o presidente da Empresa Municipal de Serviços e Obras e Urbanização, Leonardo Andrade. Em 2011, um contrato com a empresa Revita Engenharia Ambiental terceirizou parte do serviço de limpeza. Na época, foi aberta sindicância por suspeita de irregularidades, que ultrapassavam R$ 120 milhões. O contrato está sob investigação do Ministério Público Estadual.

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