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Mensagem: Médicos ´furam´ plantões em hospitais do SUS e prefeitura anuncia punição para eles - Luiz Ribeiro - A falta de médicos nos serviços de pronto-socorro vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) virou um problema crônico em Montes Claros, principalmente, nos fins de semana. A prefeitura da cidade decidiu tomar medidas duras para resolver problema, anunciando que vai reforçar a fiscalização e punir os médicos que faltarem aos plantões. As providências foram anunciadas, ontem, pelo prefeito Ruy Muniz (PRB), que, no domingo, visitou quatro hospitais do município que prestam atendimento de urgência e emergência aos usuários do SUS, a fim de conferir a situação “in loco”. As “inspeções” foram feitas de surpresa. Ruy Muniz disse que constatou a falta de médicos nos quatro hospitais conveniados do SUS: Alpheu de Quadros (Municipal), Santa Casa, Aroldo Tourinho e Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF). Segundo o prefeito, foi verificado que os médicos não estão cumprindo as escalas de plantões. “Pasmem. Chegamos ao Hospital Aroldo Tourinho às 10 da noite e o pronto socorro do hospital, que recebe dinheiro do SUS para funcionar 24 horas por dia, simplesmente estava fechado, um cartaz na porta, informando sobre a falta de médicos”, afirmou Muniz. Ele também anunciou que já determinou à Secretaria Municipal de Saúde descontar 12 horas no pagamento de plantões dos médicos do Aroldo Tourinho. Ontem à tarde, o provedor do hospital, Paulo César de Almeida, informou que já abriu uma sindicância interna para apurar a ausência dos médicos nos plantões. “Ainda estamos apurando o que realmente aconteceu. Não foram todos, alguns médicos escalados para o pronto socorro não compareceram ao serviço. Diante da gravidade do fato, cabe à direção do hospital apurar e tomar todas as medidas cabíveis e aplicar as punições necessárias”, anunciou Almeida. O provedor elogicou a iniciativa do prefeito de fazer a inspeção nos serviços de pronto-socorro para acompanhar o atendimento médico. “A questão das escalas (dos médicos) tem sido um grave problema. Temos que debruçar sobre a questão e tentar soluciona-la. Mas não é um problema que se resolve da noite para o dia”, argumenta Paulo César de Almeida. O prefeito Ruy Muniz disse que uma das medidas a serem adotadas pela prefeitura será a contratação de “enfermeiros auditores” para fiscalizar o trabalho dos médicos e o atendimento aos segurados do SUS dentro dos serviços de pronto-socorro. Ele também disse que a Municipalidade pretende aumentar a remuneração dos profissionais e contratar mais especialistas, sobretudo pediatras e anestesistas. As medidas serão discutidas em reunião entre o chefe do executivo municipal e dirigentes dos hospitais, nesta terça-feira à tarde. Blitz surpresa flagra hospitais sem médicos em Montes Claros - Girleno Alencar - Uma blitz surpresa realizada pelo prefeito Ruy Muniz, no fim de semana, flagrou a falta de médicos que furaram o esquema de plantão nos hospitais de Montes Claros que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele determinou a suspensão do pagamento dos faltosos. Muniz estava acompanhado da chefe de gabinete, Raquel Muniz, e, como são médicos, tiveram facilidade em descobrir os buracos nas escalas. O SUS paga integralmente o contrato, mesmo quando há falta de médicos. O Hospital Aroldo Tourinho anunciou medidas enérgicas contra aqueles que não cumprirem as escalas. A ideia da blitz surgiu de forma inesperada. No sábado, Álvaro Vicente, filho do vice-prefeito José Vicente, ficou ferido em um acidente na BR-135 e teve dificuldade para ser atendido. Acionado, o prefeito foi ao Hospital Universitário e constatou a falta de anestesista no pronto-socorro e pediatra. Um anestesista estava no bloco cirúrgico. No domingo, a primeira visita foi ao Hospital Municipal Alpheu de Quadros, quando foi lançada campanha de revitalização do local. À noite, ocorreu nos hospitais Aroldo Tourinho e Santa Casa, em novos flagrantes. Pronto-socorro Na noite de domingo, o prefeito flagrou duas situações distintas: o pronto-socorro da Santa Casa tinha 45 pacientes em macas no corredor, esperando uma vaga para serem internados, e outras 40 pessoas com pulseira amarela esperando atendimento. Simultaneamente, o pronto-socorro do Hospital Aroldo Tourinho estava sem nenhum paciente e apenas um médico ortopedista. Porém, o pronto-atendimento que atende convênios e particulares tinha todos os profissionais necessários. Isso revoltou o prefeito, que considerou um absurdo, pois 85% dos recursos do hospital são provenientes do SUS. No levantamento realizado por Muniz, o Hospital Universitário estava sem clínico geral, o Aroldo Tourinho sem clínico geral, cirurgião e pediatra. Já o Municipal tinha clínico geral e a Santa Casa não contava com pediatra. O Dílson Godinho tinha só um cardiologista atendendo pelo SUS. Na manhã da última segunda-feira (4), Muniz anunciou a criação de uma equipe fiscalizadora com oito enfermeiros. Serão cortados os salários dos faltosos. Muniz também ameaçou descredenciar os hospitais que descumprirem o contrato.
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