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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 16 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Cyro dos Anjos Existem pessoas que não envelhecem e outras que se eternizam. Cyro Versiani dos Anjos é das que se imortalizaram. Em 1965, ano da criação da Faculdade de Direito da Fundação Universitária Norte Mineira (atual UNIMONTES), seus primeiros alunos decidiram homenagear Cyro dos Anjos batizando sua associação estudantil de Diretório Acadêmico Cyro dos Anjos, hoje Centro Acadêmico Cyro dos Anjos, do qual sou, como muita honra, sócio honorário. Cyro dos Anjos foi advogado, jornalista, professor, cronista, romancista, poeta, ensaísta e memorialista. Natural de Montes Claros, onde nasceu em 05 de outubro de 1906, faleceu no Rio de Janeiro em 04 de agosto de 1994, mas permanece vivo em nossa memória. Membro da Academia Brasileira de Letras, Cadeira nº 24. Fez os cursos primário e secundário em sua cidade natal (Montes Claros). Advogado graduado, em 1932, pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. Durante os anos de faculdade, trabalhou como funcionário público e jornalista. Atuou no Diário da Tarde, no Diário do Comércio, no Diário da Manhã, no Diário de Minas, em A Tribuna e no Estado de Minas. Depois de formado, exerceu a advocacia em Montes Claros, depois voltou para Belo Horizonte, à imprensa e ao serviço público. Cyro dos Anjos foi oficial de gabinete do secretário das Finanças, oficial de gabinete do governador, diretor da Imprensa Oficial, membro do Conselho Administrativo do Estado e presidente do mesmo Conselho. De 1940 a 1946, foi professor de Literatura Portuguesa na Faculdade de Filosofia de Minas Gerais. Em 1933, como redator de A Tribuna, publicou uma série de crônicas, que seriam o embrião do seu mais famoso romance, O Amanuense Belmiro, lançado em 1937. A obra, escrita na linha machadiana, relata a vida de um funcionário público da capital mineira. Em 1946, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde voltou a exercer funções burocráticas, agora na Administração federal. Durante o governo do presidente Eurico Gaspar Dutra, ocupou as funções de assessor do Ministro da Justiça, diretor do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado - IPASE, e presidente do mesmo instituto, em 1947. Colaborou também em diversos órgãos da imprensa carioca. Em 1952, convidado pelo Itamarati, foi para o México, onde regeu a cadeira de Estudos Brasileiros na Universidade Autônoma do México. Em 1954, exerceu idêntica função na Universidade de Lisboa. Lá, no mesmo ano, publicou o ensaio A criação literária. Ao voltar para o Brasil, em fins de 1955, foi subchefe do Gabinete Civil do governo Juscelino Kubitschek e, mais tarde, lecionou na Universidade de Brasília e foi membro do Tribunal de Contas do Distrito Federal. Como intelectual, conviveu com a geração de Carlos Drummond de Andrade, João Afonso de Guimarães e outros escritores de renome. É considerado o romancista mais sutil e poético da geração de 30.

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