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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Meu caro José Prates Wanderlino Arruda Espero você e sua esposa amanhã, dia 17. Acredito que chegarão num dos voos Rio-Belo Horizonte-Montes Claros. A que horas, querido amigo? Se me disser, estarei no Aeroporto para esperá-los. Partindo de lá tudo está mais do que mudado: uma ampla e linda Avenida Magalhães Pinto nos levará à Praça Lindolfo Laugton, que poucos montes-clarenses saberão onde fica, embora possam ter alguma ideia, porque Lindolfo, juntamente com Osmane Barbosa e Nozinho Figueiredo, foi um dos construtores do Parque de Exposição João Alencar Athayde. A partir do parque, passaremos por uma avenida de mais de meio século - a Geraldo Athayde - que nos colocará na Praça Joaquim Costa Jr., também desconhecida para quem não tem curiosidade de saber os nomes das vias e logradouros públicos. Contornando a Joaquim Costa Júnior, lindamente construída pelo prefeito Jairo Ataíde, não chegaremos mais ao Prado Oswaldo Cruz, que era o único nome em torno da Praça de Esportes. Agora são quatro nomes, incluindo o do grande Padre Chico. Já no centro da cidade, vocês terão saudades do trânsito do Rio de Janeiro, acredito bem mais pacífico do que o nosso. Até o local onde ficarão hospedados, prometo que gastaremos pelo menos uma boa hora para dar uma visão das mudanças e - mais do que tudo - da boa gente que anda pelas ruas e avenidas. O final da cidade, José Prates, não é mais a Santa Casa, a ponte pinguela no Rio Vieira, o Orfanato, a Vila Brasília, o final da Rua Bocaiúva, o Santo Expedito, no seu tempo ainda chamado de Alto Severo. Não há mais o nome de Rua Lafaiete - agora Joaquim Costa. A Praça da Catedral não tem mais aquelas casas velhas que diminuíam o jardim, agora bem ampla, asfaltada e quase sem árvores. A Rua Doutor Santos, companheiro, não é nem longe mais aquela do nosso tempo d` O Jornal de Montes Claros: está mais larga pelo lado esquerdo de quem sobe, tudo, tudo mesmo muito mudado pelo menos até onde ficava a casa de Mestra Fininha, onde Mário e Darcy Ribeiro nasceram. Estou escrevendo o verbo ficar no imperfeito, porque a esquina é hoje uma garagem como muitas outras casas e muitos e muitos prédios fo ram transformados. Esse negócio de garagens tem sido uma forma de resolver o problema de estacionamento e de proprietários ganharem um mundão de dinheiro. Aquela capitalzinha norte-mineira de pouco mais de cinquenta mil habitantes, hoje, José Prates, já se aproxima dos quatrocentos mil, tendo até gente exagerada que fala em meio milhão, aí incluindo - é claro - o bom povo do Polígono das Secas, que vem estudar, consultar médicos, fazer implantes dentários, passear e deixar dinheiro nos shopings e supermercados. Hoje, Montes Claros é acima de tudo uma cidade universitária, com quase duzentos cursos em todas as áreas do ensino superior, incluindo mestrados e doutorados. Três geradoras de televisão, mais de meia dúzia de rádios, uma revista mensal e três jornais de grande circulação. Se você me permite falar de redes sociais, aí querido amigo, as trocas de mensagens e informações devem chegar a centenas e centenas de milhares. Sem exagero! Lavarei vocês - se quiserem até mesmo antes de descansar da viagem - a todo universo montes-clarense, do Independência até à Morada da Serra, do Jaraguá até o Santa Rita, do Ibituruna, Melo, Jardim São Luiz até o Parque da Sapucaia, do Todos os Santos, Panorama, Barcelona Parque, Vila Atlântida até a Vila Oliveira, aí alto de serra com linda vista para a cidade. Verão a realidade do Distrito Industrial, dos condomínios de pouco mais de um salário mínimo até os de moradores abonados das casas de milhões. Mostrarei o Delfino Magalhães, O Alice Maia, a Morada do Sol, a Morada do Parque, o São José, o Santos Reis, o Canelas, o Cintra, a Roxo Verde, Todos os Santos, o JK, a Cidade Nova, o Edgar Pereira, o Funcionários, o Cândida Câmara, o Maracanã, o Renascença, o Augusta Mota, o São Judas Tadeu, o São Francisco, a Vila Regina, o Monte Carmelo, o Santa Clara, o São Norberto, a Esplanada, a Vargem Grande, tudo tudo até o Santo Inácio, que fica do lado de cá do anel rodoviário . Se houver tempo, chegaremos a mais de outros cem bairros e a dezenas de vilas. Tudo vai valer a pena! Em tempo, quero dizer que João Leopoldo, Divina e a maioria dos filhos moram em Goiânia, não mais existindo a casa da Avenida Francisco Sá com a Rua Dom João Pimenta, tendo em lugar dela um prédio de três andares. Do Bar de Zé Prequitinho só existe o imóvel. Há muitos anos já não mais existem a Farmácia Americana, as Casas Pernambucanas, a Casa Ramos, o Clube dos Bancários e o Clube Montes Claros, o Café do Zinho, a sapataria de Rui Pinto, o Senadinho de José Lafetá, o barzinho de Vadiolano Moreira, os hotéis São José, Santa Cruz e São Luiz, as pensões de Dona Duca e Dona Ismênia. Nem o hospício Santa Clara e o hospital Santa Terezinha... As novidades é que são muitas!

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