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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: INAUGURAÇÃO DE BRASÍLIA (rápida lembrança) Todo mundo queria estar em Brasília – DF, no dia de sua inauguração. Eu também, é claro, fominha de viagens e de novidades que sou. Era um querer muito difícil, quase impossível. Ficar onde, Maria? – perguntava Marão. Lá não haverá lugar nem para o pessoal importante, quanto mais para nós, pés-rapados... Mas Deus é grande, tem pena e ajuda os persistentes. O Dr. Joaquim Costa, grande amigo de Mário, ofereceu-nos hospedagem ao acampamento de sua empreiteira, em local distante da futura Capital. Oba! Que alegria! Agradecidos, aceitamos o convite e lá fomos nós: Mozart Caldeira, Alice, Mário e eu. Viagem longa, muita poeira, desvios, buracos. Chegamos no acampamento já noite velha, cansados, mas entusiasmados. As acomodações que nos foram reservadas eram muito boas e a finesse e o carinho do Dr. Joaquim Costa e de seus funcionários, fora do comum. Na tarde seguinte, dia da inauguração, partimos para Brasília. O planalto central formigava. Era gente que não acabava mais e tome construções, andaimes, rampas, alto-falantes, máquinas, música, abraços, vivas, alegria, alegria. Contagiantes o orgulho e a felicidade de todos. Confraternização geral. Uma verdadeira maravilha a queima de fogos. Emocionante o desfile interminável dos candangos. Juscelino? Niemayer? Lúcio Costa? Presidentes, Embaixadores, convidados importantes, banquetes, bailes, champagne. Não vi nem sinal... Com os olhos lavados de lágrimas, com coração explodindo de alegria e de esperança, com emoção mais forte que o cansaço de ficar em pé horas a fio, nunca me senti mais brasileira em toda minha vida. Regressamos lá pela madrugada ao acampamento, exaustos, famintos, felizes. Valeu a pena a maratona. Meses mais tarde, o Presidente visitou Montes Claros. Mário, João Vale Maurício e eu o levamos para almoçar na Fazenda Quebradas, paraíso de nossos amigos Arinha e Pedro Veloso. No carro com a maior simplicidade, Juscelino tirou os sapatos e, parece, gostou de bater papo conosco. Falou de sua infância, de Diamantina, contou causos, riu muito e confessou que, na época da inauguração de Brasília, choveram elogios do mundo inteiro, mas o que mais o comoveu foi o comentário de Dona Júlia. Assim: “Manhã cedinho, da janela do meu apartamento, minha mãe olhava, embevecida, a Capital em construção. Escutei-a dizer baixinho, com o maior orgulho: Somente Nonô seria capaz de construir uma cidade como esta... ” Dona Julia tinha toda razão. Parabéns, Nonô! Obrigada, Presidente! Em tempo: Nonô era o apelido familiar de Juscelino Kubitschek

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