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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A emoção que Neuza e Marlene nos trouxe. Foi impossível não me emocionar lendo os e-mails enviadas ao montesclaros.com por Neuza e Marlene Santos, falando sobre o que escrevo, aqui no Mural. O que me leva a escrever sobre Montes Claros, falando da velha cidade sertaneja, líder do norte de Minas e sudoeste Baiano é o interesse que tenho por ela, alimentado pelo amor que lhe tenho, nascido desde que a conheci na minha juventude, aos dezoito anos, vivendo o final da adolescência de sonhos com a chegada da responsabilidade que me impôs o primeiro emprego como funcionário público. Vivendo o dia-a-dia na humilde pensão de “seu” João, na Praça da Estação. fui incorporando-me aos hábitos da cidade e o jeito do seu povo, com a mineirice substituindo o baianismo de nascença o que fez nascer em mim esse amor filial que transmiti aos meus filhos e que, até hoje, conservamos intacto. Quanto ao jornalismo, a minha vocação é de nascença, veio, talvez, de outras vidas, se é que elas existiram, porque desde criança, na escolinha da cidade natal, eu brincava de fazer jornal. Foi, porém, Montes Claros que me abriu as portas para ingressar na profissão, colocando-me no O JORNAL DE MONTES CLAROS desde a sua fundação, como repórter de rua, obrigando-me a conhecer a cidade e seu povo e, também, sentir-me, um dos seus filhos, nascendo, então, a afinidade transformada em amor filial que foi selado pela constituição de uma família montesclarense que permanece unida até hoje, enriquecida com a chegada dos netos e bisnetos. É, portanto, Neuza e Marlene, natural que eu escreva com entusiasmo sobre essa cidade que não me recebeu ao nascer, mas, criou-me dentro de seus princípios de trabalho e honestidade, conduzindo-me com firmeza no caminho da vida, ensinando-me a vencer os obstáculos com que sempre nos defrontamos. Por circunstancias alheias aos nossos desejos, moramos longe daí, mas, Montes Claros está sempre presente em nós e para vivê-la intensamente, eu escrevo sobre ela, como penso que esteja: linda, moderna, brilhante como líder. As sua mensagem, porém, Marlene Santos, arrancou de minha mente sonhadora a Montes Claros que eu acreditava existir. Mostra-me uma cidade abandonada pelos governantes, sem qualquer tratamento, destruindo a sua beleza, fazendo desaparecer a poesia romântica da cidade orgulho do sertão mineiro. Não sei o que aconteceu, nem posso imaginar a cidade desfigurada pelo abandono, resultado, talvez da ausência do amor em alguns dos seus filhos que se esqueceram de cuidar da terra mãe. Isto acontece em muitos outros lugares quando o interesse próprio faz desaparecer o sentimento nobre de amor pelo lugar que lhe recebeu ao nascer servindo-lhe de berço e, então, lhe abriu os olhos para entrada da luz do mundo.

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