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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Demolição de casas muda a paisagem de Montes Claros – Destruição iniciada há 20 anos cresce com valorização dos imóveis e construção de prédios e estacionamentos – Girleno Alencar – A crescente demolição de casas na área central para abrigar estacionamentos ou prédios muda a paisagem de Montes Claros e provoca polemica. A destruição começou há 20 anos, com a derrubada de casarões e casas antigas na área histórica. Agora, se intensifica, com imóveis residenciais desaparecendo da área central. Atualmente, existem no máximo dez casas residenciais no Centro. O resto é dominado por prédios comerciais ou quitinetes. No último dia 10, o Hoje em Dia flagrou a demolição de dois imóveis de grande porte na rua Doutor Veloso e outros dois na rua Rui Barbosa, no Centro. No Chão Uma das casas demolidas foi onde nasceu o cantor Beto Guedes, um dos maiores expoentes da Música Popular Brasileira e que participou do Clube da Esquina. O imóvel foi usado como ateliê pelo pai do artista, o compositor Godofredo Guedes. A área demolida abrigará um imóvel comercial. O secretário Municipal de Planejamento, Marcos Fábio Martins Oliveira, vê a mudança como “natural” em grandes cidades, devido à “potencialização” dos terrenos na região central. Segundo ele, o metro quadrado no Centro custa de R$ 1 mil a R$ 3 mil e um proprietário de mil metros quadrados teria como alugar o imóvel a R$ 7 mil por mês mas, se a construção for antiga, não conseguirá esse preço. Por isso, opta por demolir e fazer estacionamento, que dá retorno rápido, ou construir um imóvel com vários andares. Processo O que ocorre hoje em Montes Claros, segundo o secretário, aconteceu em São Paulo, onde o Centro era a Praça da Sé, depois passou para as ruas Direita e São Bento e, posteriormente, para Praça da República, avenida Paulista, avenida Faria Lima e agora a Marginal. Cada mudança implicou um novo cenário urbanístico, com o desaparecimento das casas e a verticalização das construções para melhor aproveitamento do espaço. Marcos Fábio salienta que o Centro de Montes Claros sempre ficou no eixo formado pelas praças Doutor Carlos e Coronel Ribeiro e ruas Camilo Prates e Doutor Santos. Depois, foi de expandindo. Como faltam vagas para os carros nessa região, investigadores optaram por demolir casas que davam baixo retorno financeiro e abrir estacionamentos particulares. “A lei de mercado é que estabeleceu as normas”. Tombamento acelerou demolições O presidente do licenciado do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Luiz Cláudio Duarte Oliveira, disse que muitos proprietários de casas antigas de Montes Claros aceleraram o processo de demolição dos imóveis para fugir do tombamento deles, que impediria qualquer tipo de ação mais radical, pois pelo menos a fachada original tem de ser preservada (...)

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