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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 30 de outubro de 2024
 

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Mensagem: Sr. Agripino e o “Ferró” É com muito pesar que recebo a notícia do falecimento do Sr. Agripino. Ele foi o meu primeiro técnico de futebol amador quando estive no Ferroviário E. C., depois veio Sr. Joaquim do Correio e Valter Lima da farmácia. O “Ferró” era o time do coração de todos nós jogadores. Um time humilde tinha uma estrutura proporcionada pela Rede Ferroviária e a boa vontade dos técnicos e jogadores. O Sr. Agripino ( Pai do Agnaldo) era de estatura baixa, branco e de uma educação que contaminava qualquer jogador a respeitá-lo e ouvi-lo com atenção, principalmente quando citava o nome do ex. jogador Ninha – até hoje o ícone do time da vila Ananias - que depois foi para o Cruzeiro de BH. No Time do “Ferró” ainda guardo muitas lembranças: as madrugadas de treinos. Sr. Agripino chegava às cinco horas da manhã, as 05:30 todos em campo. Este método foi seguido por Sr. Joaquim e Valter Lima. Lembro-me de vários jogadores: Neném Galinha, Doú, Afonso (pai do Alonso do Cruzeiro), Jovão (hoje do frango), Augusto pintor (in memória) , Beto Zanata, Hildeu (in memória), Bodeira, Ita môi, Cafuringa, Cesar de Glaucilândia, Moura, Dim e Geraldo de Dona Cheiro, Pedro Paulo, Agnaldo de Agripino, eram muitos jogadores que neste momento de emoção não consigo recordar. - Que me perdoem. Apesar de ter tido o privilégio de assistir várias partidas no banco, mas, todas as vezes que entrei em campo para compartilhar com os jogadores titulares recebia boas orientações do Sr. Agripino. Eram elas: para jogar na bola, levantar a cabeça, ver a posição dos jogadores e com menos de três toques e lançar com paciência e sempre sair das jogadas violentas. Uma comprovação da sua honestidade. - “Ganhar era preciso, mas, com dignidade e segurança”. Tenho muitas saudades do campo; das arquibancadas de madeiras; das madrugadas de treino; do apito da sirene na caixa d’água; do apito das locomotivas; do vestuário; da Sede Social à Rua Juscelino Kubitschek com Rua Melo Viana - do cheiro da pomada Bálsamo bengué; do cheiro do Éter no momento da pancada; dos anos 72, 73 e parte de 74; do Miguel sapateiro que consertava as chuteiras e colocava travas altas, enfim, dos técnicos, Sr. Agripino, Sr. Valter e Sr. Joaquim e, de todos os colegas de campo. - Futebol amador e varzeano era amor. Sr.Agripino... Muito obrigado pela paciência que o Senhor teve comigo na minha plena adolescência! – “Saudades não têm idade” PS: O Ferroviário E. C. até hoje é carinhosamente conhecido como “Ferró” (*) José Ponciano Neto – Ex-Ferró e Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros.

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