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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 30 de outubro de 2024
 

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Mensagem: A ferrovia ligando oceanos Hoje em Dia - Manoel Hygino Uma ferrovia que liga, na América do Sul, o Atlântico ao Pacífico, cortando a região amazônica do Brasil e do Peru, eis o grande projeto que entra em pauta. Quem faria a grandiosa obra seria a China, talvez por motivos mais ideológicos que econômicos. O país oriental atrai, sem dúvida, a atenção das nações envolvidas no vultosíssimo empreendimento, parecendo demonstrar que a América Latina desdenha ou não se interessa por associação com os do Ocidente. Não é apenas um projeto portentoso, percorrendo o traçado a Floresta Amazônica e a Cordilheira dos Andes. Nos círculos oficiais de Brasília e Lima há euforia. Afinal, é algo realmente de grande envergadura, liderado pela China. Quer Pequim fazer muitíssimo mais do que os norte-americanos, que tentaram e não lograram êxito na Madeira – Mamoré, linha férrea de menor extensão e de que restam cemitérios de obras e locomotivas em fase final de degradação desde que o projeto fracassou. A presidenta confia plenamente no êxito da iniciativa, desde que recebeu a visita do primeiro-ministro chinês, Li Kegiang. Paira entre nós, contudo, o fantasma que faz estremecer os que acompanham as obras públicas no país de Pero Vaz e Pedro Álvares: o espectro macabro abrange os problemas gravíssimos da Petrobras e a transposição do São Francisco, cujas margens, em muitos trechos, são atravessadas a pé e onde os vapores, há tempos, deixaram de navegar como nos velhos e mais amáveis tempos. Para as autoridades de cá, um novo caminho para a Ásia se abrirá para o Brasil, reduzindo distâncias e custos. Claro que, para consecução do empreendimento, ter-se-á de vencer desafios de engenharia, ambientais e políticos, além de tantos outros que surgiram depois do fracasso da Madeira-Mamoré e da Fordlândia, que reduziu a cinzas o sonho de Henry Ford. Não se fala onde Brasília conseguirá recursos para cobrir sua participação no negócio, já que o país não tem disponibilidade sequer para pagar contas de medicamentos e aumentar as tabelas de honorários médicos do SUS. Há pessoas que pensam que ainda continuarão enganando indefinidamente, mas o cidadão que sofre muito, e muito mais sofrerá com os anúncios de cortes em investimentos e despesas na última quarta-feira, já sabe o que é falso e falacioso. Faltando menos de três anos e meio para terminar o presente quadriênio do Executivo, são duvidosos os destinos nacionais. A falta de confiança no governo é notória e se criou confuso ambiente para definição de rumos e grandes construções. Além disso, o que falta concluir em termos de infraestrutura já é imenso e dificilmente se concluirá nos 41 meses vindouros. Quem viver até lá poderá conferir.

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