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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 31 de outubro de 2024
 

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Mensagem: Cem anos de amor às letras Manoel Hygino dos Santos Uma jovem professora e escritora do interior brasileiro completou, com muita alegria e convenientes provas de carinho e reverências, cem anos em 30 de dezembro. Nascida em 1914, no norte de Minas, fez o curso primário em Montes Claros, e, em seguida, a Escola Normal. Transferindo-se com os pais para Brejo das Almas (o nome inspirou o livro de Drummond), hoje Francisco Sá, lecionou no grupo escolar local. Era um tempo de ensino superior cingido praticamente às capitais ou às cidades maiores. No velho e lendário Brejo regeu classes e se fez professora de Educação Física, por dez anos. Casou-se com Olyntho Silveira, fazendeiro, com inclinação às letras. Uma união de mais de setenta anos, durou até o falecimento do marido quase centenário. O casal já se transferira para a cidade mais importante da região, grande centro econômico, mas também político e cultural, Montes Claros. O amor sincero e entranhado inspirou um poema nas bodas de prata: “Companheiro”. “Tu és o companheiro eu escolhi/ para o fatal caminho do amor, / E o ideal abandonei por ti, / Para viver contigo o risco e a dor./ Faz vinte e cinco anos. Nem senti andar pelo caminho sedutor./ Morria aqui um sonho, outro ali./ Nós dois vivendo de esperança e ardor./ És aquele, sim, que um dia escolhi./ E não importa que a glória inconstante/ E a alma incerta se esquivem de ti./ O amor nos dá tanta felicidade/ que só desejo no supremo instante/ partir contigo para a eternidade”. Ele, esposo e poeta, se foi. Ela ficou para continuidade de uma obra admirável. Yvonne de Oliveira Silveira se consagrou, em um meio rico de mulheres com notáveis virtudes nas letras, na história, na música, nas artes e cultura enfim. Depois, presidente da Academia Montesclarense de Letras, exerce o cargo com total devotamento e competência (além dos demais que ocupa), tornando-se vitalícia como de direito e de fato. Presidente de Honra do Elos Clube, sócia do IHG de Montes Claros, do Rotary Clube Sul, da Academia Feminina de Letras de Minas Gerais, sócia da Academia Municipalista de MG e fundadora da de Montes Claros, comparece rigorosamente às solenidades, sempre elegante e b em disposta. Fornada em letras pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Montes Claros, da Unimontes, pós-graduada em Teoria da Literatura pela PUC-MG, construiu um belo currículo com uma série de atuações, inclusive em funções públicas participando de cursos na capital mineira pela UFMG e na Comissão Mineira de Folclore. Lecionou Literatura Portuguesa e Teoria da Literatura na FAFI; História das Artes no Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez; entremeados esses misteres com viagens pelo país ou fora dele para congressos e seminários. Com Olyntho, publicou “Brejo das Almas”, em 1962 e, daí para frente, jamais deixou de editar novos livros, o mais recente, “Cantar de Amiga”. Para Maria Luiza Silveira Teles, também escritora, “toda a sensibilidade e a rica interioridade de Yvonne Silveira se derramaram nessa obra cheia de beleza, que é, em si mesma, uma canção do mais puro dos sentimentos e uma elegia à própria vida”. Sua biografia é imensa, mas se há de enfatizar a incessante produção para jornais, em verso e prosa, presença em prefácios e orelhas, em palestras e conferências, que transformaram todos os seus dias, e tudo o que faz, “numa belíssima canção à vida do ser humano”. Os cem anos de Yvonne é uma festa para todos nós, pois a ela devemos um rosário de exemplos de operosidade e de bem servir. O mais importante a realçar neste centenário é que Yvonne continua integralmente sua vida, sem titubeios, com firme vontade, atenta a seus compromissos, a que hora e onde for, a serviço da educação, das artes, das letras, do convívio social. Para se ter uma ideia mais adequada de sua disposição, iniciou recentemente um curso de pintura no Ateliê Felicidade Patrocínio, em sua cidade, frequentado pelo que há de mais nobre e prestigiado em Minas, e por que não dizer no Brasil? Reinicia, diariamente, os eu labor porque a juventude é um estado de espírito.

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