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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 1 de novembro de 2024
 

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Mensagem: IRINEU ESTELAR OU CONFETES CÓSMICOS Dia desses, em atoice aguda no Rio Preto, em papo familiar, proseávamos a respeito de estrelas e de nossas insignificâncias mundanas sob a atenta escuta do jequitinhonho Irineu. Um falava sobre a vertiginosa velocidade da luz, outro sobre as volumosas águas nas caldas dos cometas, um terceiro sobre o tamanho do universo, quando Tavo, meu filho, clareou-nos a cerca da escuridão dos buracos negros. - Os buracos negros existem, teoricamente, devido as grandes quantidades de matérias ou matérias em altíssimas densidades. Eles têm a massa volumar tão intensa, que tudo o que se aproxima é engolido, sejam astros, asteroides, planetas, cometas. Até estrelas podem ser surrupiadas. O campo gravitacional é tão forte, que nada escapa. Nem mesmo a luz, que move numa velocidade absurda, pode se safar, ela também é roubada, por isso a escuridão naquela região. Irineu, esquivado, olhar canteado, aparentemente desatento, sentenciou:- Ruum... apertem o criolo, apliquem um corretivo que ele entrega o serviço. Nalgum lugar o cabra escondeu estas coisas tudo que cês tão falando aí, inclusive a fiação. Gargalhadas ressoaram até que Fred começou a demonstrar com uma laranja, as rotações e as velocidades do nosso planeta. - A Terra, no seu movimento de rotação, percorre em 24 horas sua circunferência de 40.075 km, numa velocidade de 1.670 km por hora. Mais de quatro vezes a velocidade máxima alcançada por um carro de F1. No seu movimento de translação, a Terra orbita em torno do sol a 107 mil quilômetros por hora. E ainda movimenta junto com todo o sistema solar, que gira a cerca de um milhão de quilômetros por hora em relação ao centro da galáxia. Nós estamos destramelados a milhões de km por hora, gente! - Viajão, exclamou, D. Jacy. Ao girar rápido a laranja num circulo mínimo e o braço num movimento circular maior, esclareceu: - nós somos um pião zunindo a 1.670 km/h em volta de nós mesmo e deslocando a 107 mil km. Além disso, durante o anual percurso de 365 dias, a Terra dá dois leves balangandãs, afastando um pouquinho do seu eixo, mas aproximando ligeiramente um dos seus polos ao sol, o que faz ser verão num hemisfério e, consequentemente, inverno no outro. - Pára, pára, que eu quero descer, já estou ficando tonta, disse, Kênia. Irineu, desconfiado, afastou o copo de pinga, carburou o paiozo e olhou por cima, duvidoso. Pat, então, perguntou: - Porque tudo num despenca nesta velocidade toda? - Gente, tudo parece que está parado. Apenas parece, porque as velocidades dos movimentos de rotação e translação da terra são constantes, não há aceleração ou desaceleração. É como se o planeta fosse um avião. Todos e tudo que existe estão dentro dessa nave açoitada. Do lado de fora, dá para perceber a tremenda velocidade, mas internamente no avião, tudo acontece normalmente: os passageiros estão sentados confortavelmente, uns se deslocam até o banheiro, outros lêem revistas, a aeromoça serve o café, tudo na mais perfeita ordem. Porquê? Porque todos, inclusive a aeromoça, a xícara, a garrafa térmica, o café despejado, as revistas estão deslocando numa velocidade constante, idêntica. Se desacelerar, sacolejar, bagunça tudo. - Imaginem se na nossa velocíssima viagem cósmica, o planeta Terra gaguejasse? Melhor dizendo, se desacelerasse, mesmo se fosse por um segundo? Seria o caos. Os oceanos lavariam os continentes. Desexistiríamos num triz, num piscar de olhos. Sacaram? Marquim, mais empolgado, destramelou: - Vocês sabiam que a luz do sol para chegar na Terra demora oito minutos? É como se ligasse o acendedor lá e a lâmpada aqui só acendesse 8 minutos depois. Irineu, nessa hora franziu a testa e refugou forte: Ruumm! Eu, então, fisguei-o: - Cê num acredita não, Irineu? Cê tá duvidando desta conversa? -Ô, Ucho, esta conversa docês, de avião, bule de café, pagadô no sol, terremoto, bambolê da Terra, só se for lá pros lado dos Monsclaro. Aqui, desde que nasci, a num ser um ventinho ou outro mais açoitado, tudo é do mesmo jeito, e eu garanto que pros antigos também. O sol todo dia nasce na banda de cá e morre à tardinha na banda de lá. A lua também tem o prumo dela, o seu nascer e o seu minguar costumeiro, só muda o horário. Mas cada um bebe e fuma o que quer e vê o que credita. Tomou papudo!

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