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Mensagem: Um perfil de Fidel Manoel Hygino - Hoje em Dia Corajosas as mulheres cubanas. É o que se depreende de “Alina”, memórias da filha de Fidel Castro, cuja primeira edição se deu em Barcelona, em 1997. Na dedicatória, “homenagem a todos os que foram, são e serão cubanos”. No prefácio, uma indagação indesviável e a que todos procuram responder: “O que será de Cuba? A pergunta me faço diariamente, mas ainda não há resposta”. A dúvida persiste, mas se abrem lentamente as janelas para desvanecê-la. O reatamento de relações diplomáticas entre Washington e Havana clareia o cenário, mas há muito a fazer. Raúl Castro não quer o fim do comunismo, e o mundo não deseja a ilha dominada e subserviente, a quem quer que seja. Um ano novo está aí, num mundo dilacerado ininterruptamente por guerras, mas Cuba vai saindo de quase 60 anos de estagnação e retrocesso, servindo para abrigo e acolhimento de pretensos (?) revolucionários de outros países e como campo de treinamento para cubanos que agiam na África e América. A própria Alina chegou a classificar os patriotas desviados não de soldados, mas de mercenários. Enganam-se os que pensam que Cuba parou no tempo antes da revolução castrista. Bem verdade que se transformara em ponto de investimentos de poderosos grupos – cassinos, de divertimentos outros e negociatas de mafiosos dos Estados Unidos, explorando do charuto famoso à prostituição. Antônio Rangel Pestana, cientista político, ardoroso comunista no passado, afirma ser ocioso especular as razões que indicaram Cuba ao regime soviético, e se perder tempo para definir se Fidel se tornou comunista antes ou depois de tomar o poder. Para companheiros de juventude que deixaram Cuba, é indiscutível o fascínio que “o universitário Fidel teve pela obra de Lênin, não pelos fundamentos humanistas do marxismo”. No Colégio Belém, um ex-professor se refere à forte influência que o integralismo espanhol de Primo de Rivera exerceu nos jesuítas e em seu jovem aluno, admirador de César e entusiasta de Hitler. Sua inclinação por José Martí, o herói de Cuba, resultou da necessidade de dar um cunho nacionalista e patriótico, dando motivação à sua luta contra Batista. Na prisão, após o fracasso da tomada do quartel de Moncada, atraiu-se por Stálin e, principalmente por Robespierre e Napoleão, tangido sempre pela vertente autoritária e violenta da história. O escritor brasileiro observou, ainda: “Sua ação política será sempre uma constante opção pela violência como forma de resolução dos conflitos. Estou convencido de que Fidel, uma vez no poder, aprofundou as características leninistas de sua política por uma questão de identificação e conveniência. Esta doutrina propunha a brutalidade dos métodos, o centralismo das decisões e o unipartidarismo do regime, inteiramente apropriados ao seu objetivo de estabelecer um governo centralizador, personalista e ditatorial”. O presidente Torrijos, do Panamá, sintetizou: “Fidel acha que sabe de tudo”. A isso acrescentou Bandeira: “Todos os que pensavam de forma independente foram entrando em rota de colisão com o Comandante, num momento ou outro do processo. Ou se afastavam, ou eram marginalizados, presos, banidos, assassinados. Fidel só ouve a própria voz, e se cerca de bajuladores incondicionais. Figura típica e patética do Terceiro Mundo”.
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