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Mensagem: Os voluntários de Cuba Manoel Hygino - Hoje em Dia Os médicos cubanos chegaram, inúmeros outros já estiveram ou estão em outros países, certamente porque há nações que precisam desses profissionais. O mercado interno da ilha está bem abastecido deles, a julgar pelas notícias. Não só os discípulos de Hipócrates. Há cubanos, de todas as profissões, por este mundo afora. Trata-se do que o governo cubano denominou de “Internacionalismo proletário”, como lembra Antônio Rangel Bandeira, revolucionário nos anos rebeldes do regime militar brasileiro, ex-exilado. Em seu “Sombras do Passado”, Rangel não se restringe ao tempo pretérito, porque as repercussões da revolução dos Castros ainda se mantêm. É o caso dos insulares que deixam a ilha sob a bandeira do altruísmo. O escritor não partilha a ideia: “O governo omitia os interesses econômicos da medida, a manipulação dos voluntários, e escondia as cifras que transformaram principalmente Angola e Etiópia num matadouro de cubanos, para exaltar a vocação napoleônica do Líder Máximo”, conforme o general Rafael Del Pino. Para ele, afora o contrabando de armas para diferentes países, em Angola o Movimento Popular de Libertação – o MPLA pagou 1 milhão de dólares por ano a Havana, durante os quinze anos em os soldados dos Castros permaneceram, em seu território. É muito? É ainda mais: “Os angolanos pagaram mais de 4 milhões de dólares para a manutenção da tropa cubana. Segundo o próprio Fidel, foram enviados para os países africanos cerca de duzentos mil cubanos. O general mencionado depôs: “No princípio de 1975, fui convocado para apresentar-me no Ministério do Interior. Vi-me frente a um desagradável burocrata, que, sem maiores comentários – me perguntou se eu estava disposto a cumprir uma missão internacionalista. Disse que sim. Uma semana depois, embarcaram-me em um cargueiro, junto com quatro mil homens. Não sabíamos para onde nos levavam. Só depois de doze dias, disseram-nos que a maioria ficaria em Angola.” Aquela gente só sabia da África pelos discursos oficiais, que nada esclareciam de suficiente. “Em Cuba, a opinião pública não sabe praticamente nada sobre as guerras naquele continente. As famílias dois mortos foram proibidas de recuperar seus corpos, enterrados no estrangeiro; os que voltavam feridos ou doentes de AIDS foram mantidos reclusos em hospitais. E sanatórios, evitando-se que a população tivesse noção das proporções do desastre. Mais de dez mil cubanos morreram em Angola e ficaram feridos em torno de 25 mil, mas os números são segredo de Estado. O propósito é “ocultar a carnificina provocada pela megalomania de Fidel e pelo fiasco da estratégia militar do regime”. Quando o general Ochoa, um herói, regressou a Havana, passou a reclamar da falta de apoio aos cinqüenta mil cubanos que também voltavam, numerosos relegados ao desemprego e contaminados pela AIDS. Aí, começou a inquietar os irmãos Castros, e sabe-se o que com ele aconteceu. Não foi o único. Mas os dólares do mercenário compromisso já estavam em Havana.
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