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Mensagem: Goleiro Bruno estaria com plano de fuga de penitenciária do Norte de Minas - Gabriela Sales - O goleiro Bruno Fernandes, que cumpre pena na Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, no Norte de Minas, estaria com plano de fuga da unidade. Essa informação está no documento de denúncia protocolado no Conselho Regional de Justiça (CNJ) na última terça-feira (26). O atleta cumpre 22 anos de prisão acusado de ser o mandante da morte de Eliza Samudio, em 2010. O documento é assinado pelos advogados dos escritório Carbone & Faiçal e de iniciativa do defensor Ângelo Carbone. Segundo o advogado, a investigação sobre o caso começou depois que vários detentos da Penitenciária de Nelson Hungria , em Contagem, região Metropolitana de Belo Horizonte, protestaram sobre a transferência do atleta. “A população carcerária está revoltada com o privilégio. Vários presos citam até o nome da pessoa que beneficiou o Bruno nesta transferência”, contou. Carbone, que é defensor do detento Jaílson Alves de Oliveira, que cumpre pena de 36 anos na Nelson Hungria, disse que a transferência iria facilitar a fuga do atleta do sistema carcerário. “Esse é o relato tanto de Jailson quanto de outros detentos e até funcionários da unidade, que não entendem como o atleta conseguiu esse benefício de maneira tão rápida”,afirmou o advogado. No documento, os advogados destacam que o atleta teria concedido entrevistas de forma remunerada dentro do complexo penitenciário, o que teria facilitado para que conseguisse a transferência. Sobre a mudança para o Norte de Minas teria sido realizada através da influência um pessoa dentro do judiciário. Bruno Fernandes, foi transferido para a penitenciária de Francisco Sá, no dia 20 de junho. Entre os critérios avaliados, pela Vara de Execuções Criminais está a residencia fixa na região, segurança e vaga na unidade prisional dentre outros critérios. Para o advogado responsável pela defesa de Bruno, Francisco Simim, a denúncia é irreal. “É uma mentira. A noiva (Ingrid Calheiros) de Bruno mora em Montes Claros. Ele não teve nenhum tipo de privilégio. Somente aquilo que é de direito. Esses advogados estão fantasiando”, disse. Agora, a denúncia será avaliada e deverá seguir para Supremo Tribunal Federal (STF). O órgão é responsável por investigar condutas e procedimentos jurídicos. Segundo Carbone, não há prazo para que o processo de investigação seja instaurado. “Espero que seja o mais rápido possível, pois essa medida pode motivar um rebelião entre a população carcerária devido ao beneficio irregular de Bruno, além de sua fuga do Norte de Minas”, destacou. A defesa do goleiro informou que irá esperar ser comunicado oficialmente para tomar providências sobre o caso. *** Estado de Minas - Advogado pede que CNJ investigue transferência do ex-goleiro Bruno - A denúncia foi feita pelo advogado de outro detento da Nelson Hungria que, assim como o restante da população carcerária ficou insatisfeita com o benefício concedido ao ex-atleta - O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai investigar denúncia de que a transferência do goleiro Bruno Fernandes de Souza para a Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, no Norte de Minas, em 20 de junho, contou com o “apadrinhamento” de pessoa influente. Uma reclamação disciplinar assinada pelo advogado João Antonio Reina, do escritório paulista Carbone & Faiçal, foi protocolada no CNJ pedindo abertura de processo de investigação. Já o advogado Thiago Lenoir, que defende Bruno, considerou um “factoide” a acusação e disse que não vai rebatê-la, pois seu foco é o recurso em segunda instância contra a condenação de seu cliente e a permissão para que o ex-atleta volte a jogar futebol. A iniciativa da denúncia ao CNJ foi do advogado Ângelo Carbone. Em visita ao seu cliente, Jailson Alves de Oliveira, que cumpre pena de 36 anos na Penitenciária Nélson Hungria, em Contagem, Grande BH, ele tomou conhecimento da insatisfação entre a população carcerária pelo benefício da transferência de Bruno, que cumpria sentença de 22 anos no local, acusado de ser o mandante da morte de sua ex-amante Eliza Samudio, em 2010. Jailson é o detento que disse ter ouvido do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, uma confissão de como ele matou Eliza. Ameaça O documento encaminhado ao CNJ sugere ainda que um plano de fuga estaria em andamento. “Bruno está em regime fechado e não pode sair para jogar futebol. Se conseguir esse benefício, vai aproveitar para fugir”, sugere Carbone. Segundo o advogado, o ex-jogador tem recursos financeiros e recebeu R$ 200 mil só por uma entrevista a uma revista. “Não houve nada de ilegal na transferência do Bruno. Para a Justiça, para o sistema prisional, para a defesa, a ida de meu cliente para a penitenciária em Francisco Sá tem como objetivo sua ressocialização. Esse é um procedimento rotineiro e, nos últimos meses, pelo 15 clientes meus foram transferidos de unidades, atendendo seus direitos”, rebateu Thiago Lenoir.
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