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Mensagem: Meu caro Ucho, Há tempos venho lendo seus ‘escritos’ no Montes Claros. com. Puro deleite. Comento sempre com Baby e João Carlos a gostosura da sua leitura. Mas nunca com você. Hoje, 30 de junho, no meu escritório em Londres, talvez inspirada em Chico Buarque – A Banda continua tocando, pano de fundo, no notebook – parei para pensar em você, em Cici, na sua mensagem e … pronto, aqui inicio nossa conversa. A leitura da sua crônica hoje me cobriu de emoção. Essa emoção me chegou devagarinho, tomou conta de mim, sem chances de resistência. Narrativa linda. Sensacional. Intensa até às lágrimas. E ao sorriso do encantamento. Parabéns, Ucho! Seu texto me transportou a Guimarães Rosa, naquelas conversas ao pé do fogo, no aconchego da sua estória, que, repentinamente, passa a ter vida, com personagens definidos, com evocações precisas de pessoas, fatos, atitudes. Senti-me entontecida. Seu poder de narrativa é sensacional. Fui dominada por uma verdadeira espiral – você reune Jacy, com seu jeito igualmente lindo e evocador de emoções, o tom íntimo de Guimarães Rosa, e, fantástico, o vigor de sensações de Marcel Proust. Tenho algo ainda a dizer, em voo mais longe. Percebe-se, lendo além do que o texto explicita, o exemplo de vida, de amor, de visão, de amizade, de sentido de família que Jacy e Mário souberam cultivar, transmitir, legar e frutificar valores, hoje pouco apreciados. Vocês souberam e sabem realmente viver o Ser/Gente, no seu conteúdo ontológico. A dicotomia família-amigos, tão sutilmente evocada, é a representação maior do que disse nossa ilustre figura de Cordisburgo: “Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar (…) desarmado (…) Ou — amigo — é que a gente seja, mas sem precisar de saber o por quê é que é.” Espero e desejo veementemente que outros apreendam tanta beleza e a incorporem em seu viver! Acho que não exagero ao afirmar que, como Marcel Proust, você consegue captar as nuances delicadas das emoções humanas. E como Rosa, em Grande Sertão: Veredas, falou: “O mundo é mágico. As pessoas não morrem, ficam encantadas.” No seu texto, você atingiu esta magia. Mário não morreu. Ficou encantado. Absoluta estrela, no brilho da noite. Londres, 30 de junho, 2014 Mary de Figueiredo
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