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Mensagem: A memória de Baggio Manoel Hygino - Hoje em Dia Domingo, primeiro dia de junho. Falece em Belo Horizonte Marco Aurélio Baggio, 71 anos, médico psiquiatra, psicanalista e psicoterapeuta. Foi agraciado, em quase 50 anos de carreira, com 35 insígnias e medalhas por mérito cívico; publicou 19 livros e integrou a Academia de Letras do Brasil. Era titular da cadeira 96 da Academia Mineira de Medicina e da de número dez do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, do qual era presidente emérito. Ocupou a cadeira 27 da Academia Brasileira de Médicos Escritores, Abrames, e presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, regional MG. O velório foi a partir da manhã do dia seguinte na Funeral House, na avenida Afonso Pena, e o enterro na terça-feira. O local é antiga residência de Antônio Pimenta, médico de Montes Claros, da Santa Casa e um dos fundadores do Sanatório Santa Terezinha. Casado com uma Alcântara, de Grão Mogol, não deixou filhos, elegeu-se deputado estadual, foi diretor do Departamento de Administração do Estado, transformado em Secretaria de Administração. Membro da Arcádia Mineira, de que foi entusiasmado presidente, Baggio deixou ali amigos e admiradores. No dizer de Juçara Valverde, presidente da Abrames, “deixa semeadas angústias, dúvidas, reflexões, que sua inteligência registrou em seus muitos livros. Conosco cria moradia e saudade”. Marco Aurélio não conseguiu realizar um de seus projetos: eleger-se à Academia Mineira de Letras, embora não lhe faltassem condições para ocupar uma cadeira. Frequentava a Casa de Alphonsus, Vivaldi e Murilo, fez ali conferências, inclusive sobre Guimarães Rosa. Um de seus últimos livros foi “Jesus de Nazaré: Esplendor no Ocidente”, que merece leitura atenta e meditação. O autor afirma que “Jesus de Nazaré propôs uma forma inovadora de viver as relações humanas, baseada na fraternidade e fundamentada na prevalência do espírito. Profetizava a chegada de um novo tempo, em que as relações de poder que criavam a hierarquia de classes – uma oprimindo as outras – seriam substituídas pelo enlevo da espiritualidade, e anunciava o próximo evento – a vinda do reino de Deus”. Propôs a salvação dos pobres, a exaltação dos humilhados, a cura dos doentes, a distribuição da justiça, o respeito à liberdade de consciência e a utopia da vigência da solidariedade universal entre os homens. Caminhando para o final de seu livro, Baggio enfatiza a enorme e excelsa contribuição de Jesus de Nazaré para a confecção de uma sociedade, tão significativa quanto avançada, a que chamamos, genérica e adequadamente, do Ocidente. “Mais que todos, pairando acima dos principais expoentes, a pessoa e o ensinamento – a Boa Nova – de Jesus de Nazaré refulgem, esplendorosos, como um farol que norteia as intenções e funciona como o ímã que colige e retempera as realizações do Ocidente, rumo a seu vir- a- ser o seu porvir. Esse homem maiúsculo, vivendo em seu tempo, até hoje bastante insolvido: a pobreza e a exclusão das pessoas. Somos todos devedores dele, de Jesus de Nazaré, pela graça de nos manter nessa senda que ele, poeticamente, denominou “reino de Deus” – vale dizer – reino do espírito humano”.
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