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Mensagem: Mesmo dentro do Fórum Manoel Hygino - Hoje em Dia Há dias, em Montes Claros, mais importante cidade norte-mineira, uma idosa foi executada a tiros ao sair de um ato religioso acompanhada do neto. Eram 30 os assassinatos em maio, até onde segui na estatística macabra. Moc e outros burgos da região, as estradas para o norte do Estado e país, padecem a maior onda de violência na história, com população assustada, caixas eletrônicos destruídos e esvaziados, bandidos à solta, todos os dias e horas. Em 27 de maio, dia de aniversário de minha única e saudosa irmã, ali nascida, 300 integrantes de um movimento dito de “trabalhadores desempregados” invadiram o fórum local em protesto contra a reintegração de posse de um terreno, que tinham ocupado. Não se pode dizer que se trata de manifestação pacífica quando três centenas de pessoas adentram, sem permissão, um local em que se julgam feitos judiciais. Assim aconteceu. O B.O. da Polícia Militar conta que “o MM. Juiz de Direito foi agredido com empurrões, mesmo protegido pelos militares de serviço”. Na ação, um PM que ali trabalha há anos, cidadão de bom caráter e conduta, foi agredido com golpes de capacete e sofreu ferimentos no rosto. Sua boina foi furtada e o óculos de grau quebrado. Somente pela intervenção de várias guarnições policiais militares restabeleceu-se a ordem, com a retirada dos arruaceiros de dentro da sede da Justiça, cujos portões passaram pela fúria dos invasores. Com a atitude atrabiliária dessas pessoas, impediu-se a audiência, agendada para aquela manhã, de processos cujos prazos se esgotavam. Com isso, marginais serão ou foram libertados, sem que os autores de crimes ficassem em prisão até julgamento. O juiz de Direito Isaías Caldeira, em tons veementes, condenou a manifestação transformada em baderna, apoiado por pessoas que se aglomeraram junto ao palco dos acontecimentos. Os invasores não eram pobres diabos, humilhados e ofendidos, como declarou um dos que assistiam ao desenrolar dos fatos: ...“tudo gente de boa saúde, pessoas de forma física excelente, mas que não têm força para trabalhar e conseguir com dignidade sua própria moradia. Hoje, eles ganham o pedaço de terra; amanhã, a vendem e, depois, fazem a mesma baderna para conseguirem mais”. Um outro cidadão afirmou: “Estamos chegando ao estágio da desobediência civil. A coisa vai ficar feia por aqui”. O magistrado, dos Caldeira Brant da história mineira, não se deixou intimidar pela turba e condenou o desvio de rumos que determinados grupos estão dando à hora que a nação atravessa. Para o magistrado, o Brasil não pode retroceder e tornar-se novamente uma república de bananas. Modus in rebus, cuidado com as coisas, diriam os romanos diante do período que vivemos e que deveria ser de comemorações com uma copa esportiva internacional, agendada – errônea e demagogicamente. Nas maiores cidade do país e nos grotões, percebe-se a existência de um caldeirão fervente de demandas e reivindicações, mas também de interesses subalternos ou espúrios. Assim se explica o verdadeiro esquema bélico do poder público para conter possíveis eclosões de destemperos de grupos mal intencionados, para os quais quanto pior, melhor. É uma hora delicada, que o Brasil acompanha com preocupação.
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