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Mensagem: A insegurança generalizada Manoel Hygino - Hoje em Dia Não há interesse em combater a corrupção, como se demonstra, à suficiência, com o caso Petrobras. Partidos, grupos e políticos obstam a que se averiguem os fatos denunciados, sob argumento de que integrantes de outras agremiações também cometeram delitos semelhantes, em outras ocasiões. Na troca de acusações e levantamento de suspeitas, num país em que crimes contra o patrimônio e o erário são recebidos como naturais, tudo parece cingir-se ao âmbito da troca de farpas e imputações. Pode-se afirmar que, em um cenário ampliado, nada se faz, nem se pretende fazer, para aclarar falcatruas e apontar seus autores, sendo o Mensalão um episódio singular no reino da impunidade. Nem pode sair nas ruas de Brasília o presidente do Supremo e relator da matéria, apupado, xingado pelos comparsas dos malfeitores, por motivos perfeitamente compreensíveis. Nãos nos acostumamos a prender e punir os responsáveis por crimes praticados por organizações criminosas ou pessoas envolvidas nos delitos. Milhões de reais rolaram por aí e beneficiaram os agentes políticos, que dispõem de bens não adquiríveis no mero exercício da profissão. Têm luxuosos carros blindados importados, iates, palacetes e tudo mais quanto o permita, no Brasil ou no exterior, o dinheiro ilícito. Corrupção é problema comum a todos os países. Mas nas grandes potências, nos ricos, ela atinge os contingentes mais favorecidos. Aqui, a despeito das fantasias de riqueza, incrementada pela publicidade governamental, procurando dar impressão de que muito temos, a situação é diversa. Mais sofrem os que já têm pouco ou nada e são coagidos a “contribuir”, como se fora facultativo. Pratica-se crime contra direitos humanos, quando se avança sobre o Tesouro, porque para lá caminham todos os impostos. Ou deveriam caminhar, porque há desvios. A carga tributária entre nós é uma extorsão, porque extraída, em grande parte, de segmentos sofridos, que constituem a grande maioria da população. O escândalo Petrobras poderia ser um marco na história do Brasil. Temos de convir com o juiz Isaías Caldeira quando diz que as leis penais já não feitas sob o influxo inteligente dos juristas, mas impostas pela força e barulho de militantes políticos, com óbvias exceções. O caso Petrobras é uma violência contra o povo deste país, além daqueles outros crimes de que somos incessantemente vítimas em nosso cotidiano, nas vias públicas, nos lares, à porta das faculdades. O clima é de insegurança generalizada, pelo que se vê.
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