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Mensagem: Cidade teme que imóveis não resistam a tremores - Executivo anuncia compra de sismógrafos; colocação não tem data prevista - JHONNY CAZETTA Quando o chão treme, não adianta, o desespero é sempre igual. Mesmo apesar dos constantes tremores que ocorrem em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, a população não se acostumou com a situação. Ontem, um dia após serem registrados cinco tremores de até 3.9 graus na escala Richter em menos de sete horas, moradores da cidade ainda esperavam por vistorias e explicações do que ocorreu. O receio deles é que a estrutura das casas não suporte mais os constantes abalos. “Sempre falam que vão investigar, que vão fazer isso ou aquilo, mas essas promessas só ficam na conversa, e a coisa só piora. Não me sinto seguro na minha casa, que já possui trincas. Tenho muito medo de uma tragédia”, contou o aposentado Antônio Souza, 67. De acordo com o morador, quando os abalos acontecem, o jeito é rezar. “Pego meu terço e rezo para que nenhum desses balanços me leve embora”, acrescentou. Solução parecida é encontrada pela dona de casa Maristela Cardozo, 42, que reza e corre para o quintal ao sentir algum tremor. “Largo tudo o que estiver fazendo. Às vezes, quando chego lá fora, tudo já parou (o tremor), mas não vou arriscar aqui dentro, não. E olha que minha casa não tem nenhuma rachadura”, observa. Medidas. Durante coletiva de imprensa ontem, a prefeitura assumiu que muitas melhorias precisam ser feitas e informou que irá pedir ajuda dos governos federal e municipal para tomar as providências. “Tentarei marcar uma audiência com o governo do Estado e com o Ministério das Cidades para expor o problema e pedir auxílio para estruturar melhor Montes Claros contra os tremores”, afirmou o prefeito Ruy Muniz (PRB). Ele disse que 18 regiões de vulnerabilidade foram mapeadas e anunciou a compra de dois sismógrafos. Os aparelhos serão instalados – em data ainda não revelada – em pontos estratégicos com o objetivo de explicar melhor os fenômenos. “A cidade já teve 12 sismógrafos, mas só três desses aparelhos estão em funcionamento. Estudos já foram feitos por universidades que vieram a Montes Claros, mas nenhuma conclusão foi tirada. Não podemos mais ter essa atitude pacífica, sem o apoio dos governos fica difícil”, disse o prefeito. Balanço Ocorrências. O Corpo de Bombeiros da cidade recebeu mais de 400 ligações anteontem. Até ontem, duas casas tinham sido interditadas e uma, condenada. Faltou energia para 78 mil pessoas.
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