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Mensagem: Um pouco de luz sobre os efeitos dos tremores nas estruturas. Os sismos registrados no Brasil, até esta data, têm sido de intensidade reduzida, e os seus efeitos sobre as edificações não tem provocado grandes danos. Entretanto, algumas considerações são necessárias, para uma reflexão sobre o tema. As estruturas têm como objetivo básico proteger o homem contra as intempéries naturais, dentre elas, o calor, as chuvas, o frio, dentre outras. Entretanto, estas mesmas estruturas devem ser executadas com as devidas técnicas, para se manterem seguras. Para tanto, são dimensionadas para resistirem aos esforços, originados de cargas provocados por diversos usos da edificação, dentre eles o seu peso próprio, as pessoas que as utilizam, os móveis e equipamentos, dentre outros, que são considerados esforços estáticos. Entretanto, em alguns casos, devem ser considerados os esforços dinâmicos, que na maior parte das vezes são pouco considerados, a não ser os efeitos dos ventos em estruturas específicas e de movimentação de veículos e máquinas. Com a ocorrência mais frequente de tremores na região de Montes Claros, deve-se começar a pensar em dimensionar as nossas edificações para os efeitos dos sismos, caso exista a possibilidade de tremores de magnitude maiores. Evidentemente que pelos relatórios apresentados pelos estudiosos no assunto, a possibilidade ocorrência de sismos de magnitude maiores é pouco provável. Portanto, até que se prove o contrário, não devemos criar um pânico na sociedade. Os engenheiros são formados para agir racionalmente. Quando se projeta uma estrutura levando em conta sismos, espera-se minimizar danos e preservar a vida humana, mesmo nos casos mais severos. Dimensionar uma estrutura para os efeitos dos tremores busca garantir que as mesmas resistam à tremores leves sem dano algum; resistam a tremores moderados com dano estrutural insignificante e com certo dano não estrutural; e não colapsem sob a ação de sismos severos. O dimensionamento das estruturas deve levar em conta, em relação aos possíveis sismos, aspectos como importância da estrutura, intensidade usual dos sismos na região da obra; características do subsolo em se faz a fundação; característica de resistência e ductibilidade da estrutura; e período de vibração da estrutura, ou do modo considerado. Quanto à importância das construções, elas podem ser agrupadas desta forma: Grupa A: Importantíssimas, como hospitais, usinas elétricas, quartéis de bombeiros, centrais de telecomunicações, terminais de transportes, etc.; Grupo B: indústria e comércio, habitações, hotéis, etc.; e Grupo C - sem importância. A Norma NBR 15421:2006 estabelece o Zoneamento Sísmico do Brasil, que deve servir como referência para o cálculo das nossas estruturas. Desta forma, pode-se perceber que concomitantemente aos estudos dos sismos locais e regionais, faz-se necessário o início de estudos sobre os modelos para o cálculo estrutural das estruturas a serem edificadas em regiões sujeitas a movimentações sísmicas. Portanto, as escolas de engenharia locais devem se debruçar sobre o tema, afinal, se não fizermos isso por aqui, dificilmente outros locais que não convivem com o problema irão dar as respostas que precisamos. Eles já têm os seus problemas.
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