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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024
 

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Mensagem: As águas de março ainda frustram Manoel Hygino - Hoje em Dia O brasileiro olha para o céu, principalmente se morador do Sudeste hoje, e não vê sinais de chuva. A natureza anda econômica em termos de despejar água sobre extensas regiões. O sol é causticante, os termômetros ultrapassam muito frequentemente os 30 graus, o suor castiga, o corpo padece sob a inclemência dos raios solares. Por enquanto, não há racionamento de energia elétrica, embora as informações a respeito se intensifiquem, em ameaça constante ao homem, da cidade, ou do campo, que sobremaneira já sofre tantos outros problemas. Há exatamente um ano, os jornais chamavam atenção: a falta de chuva na nascente faz sumir trechos do Rio São Francisco, lá longe, perto da foz, na divisa de Sergipe e Alagoas. No Nordeste, as chuvas já deviam estar caindo, mas em 2013, nada. A profundidade do rio diminuiu. Pesquisadores observam que a situação se vem agravando e há trechos em que a água desaparece e já é possível caminhar em pleno leito seco do velho Chico. Dez meses depois, jornal belo-horizontino destacava em 6 de fevereiro de 2014 (data do famoso tiroteio em Montes Claros, em 1930, que deixou ferido o vice-presidente da República Melo Viana), que o volume de Três Marias era historicamente o menor numa primeira semana de fevereiro: 26,6%, quando a média, na época, é de 96,2%. O nível da água encontrava-se 13,8 metros abaixo do esperado, representando consequentemente 37% a menos na produção de energia. Nas demais hidrelétricas de Minas, do Sudeste e Centro-Oeste, a situação era quase a mesma. Simultaneamente, o consumo de energia, como compreensível, seguia em elevação. Em 2001, em situação semelhante, houve racionamento. Em consequência, ter-se-ia, como se faz, de apelar inapelavelmente para as termoelétricas para suprir o mercado, o que causa aumento das tarifas, o que não é bom, principalmente em ano de eleição. E o que será da produção da agricultura, valioso suporte de nossa balança comercial? O panorama preocupa. O consumo de eletricidade deve crescer 4,3% ao ano, entre 2013 e 2023, segundo a Empresa de Pesquisa Energética. Em março, de São José, não choveu no Sudeste o aguardado. A reduzida água que desceu dos céus não melhorou a situação dos reservatórios. Nas regiões mais sofridas, como Norte de Minas e Jequitinhonha, há ansiedade e desalento. No rio Congonhas, a novela de construção de uma barragem, não chegava ao capítulo final. O empreendimento ampliará o volume de água em Irapé, grande geradora de energia, mas também fornecerá água ao mineroduto que transportará o produto até o porto de Ilhéus. Confiava-se em que a presidente liberasse o edital de concorrência, o que não ocorreu até agora. Para a dança dos obstáculos e atrasos, também contribuiu o levantamento ambiental na área da barragem que, a sua vez, necessita de ação da SEMAD e da COPAM-NM. Algumas cidades do Sudeste já adotaram racionamento. No Norte de Minas, vamos inovar. O governo, preocupado com os sofrimentos do cidadão e sua família, estimula a perfuração de cisternas, com alguns acréscimos úteis, para armazenamento da água em condições adequadas. Estamos evoluindo, mas falta muitíssimo para alcançar os objetivos maiores. O Brasil, que deveria ser o maior produtor de soja do mundo, frustrou-se pela falta de água. Foi ultrapassado pelos Estados Unidos. Inapelavelmente a conta de luz vai subir, alguns produtos da mesa já aumentaram até 500% e a inflação segue a rotina desastrosa.

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