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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Montes Claros ganhará nova moradora: a noiva do goleiro Bruno – 01/03/14 - Luiz Ribeiro - A assinatura do contrato do ex-goleiro Bruno Fernandes com o Montes Claros Futebol Clube, visando o retorno dele aos gramados, atraiu para a cidade uma nova moradora: a noiva do ex-jogador, a dentista Ingrid Calheiros Oliveira, que pretende deixar o Rio de Janeiro, onde nasceu e trabalha. Conforme a apurou a reportagem do Estado de Minas, desde dezembro, quando foram iniciados os contatos entre os advogados de Bruno e a diretoria do clube de futebol, por mais de uma vez, Ingrid esteve na cidade, onde já alugou um apartamento, situado em um bairro próximo da rodoviária local.Desde julho de 2010, Bruno está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, condenado a 22 anos e três meses de reclusão pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Se o detento for transferido para Montes Claros, atual companheira dele também deverá montar um consultório odontológico na cidade, conforme revelou dos advogados de Bruno. Em junho de 2012, o ex-goleiro e a dentista celebraram a união numa atividade evangélica dentro da prisão. A “mudança” de Ingrid Calheiros para Montes Claros faz parte das estratégias dos advogados de defesa de Bruno para conseguir a transferência dele para a cidade do Norte de Minas e a autorização para que possa sair da cadeia para treinar ou atuar em jogos do Montes Claros Futebol Clube - conhecido popularmente como ´o Bicho´, que disputa o Módulo II do Campeonato Mineiro e, atualmente, lidera a chave B da Competição - o time também já garantiu a classificação para o hexagonal final do Módulo II, do qual sairão as duas equipes que vão subir para a primeira divisão em 2015. Um dos requisitos para a transferência é o comprovante de domicílio de um parente do detento na área de jurisdição da comarca. Um dos defensores de Bruno, o advogado Jackson Ferraz Costa, explicou que o comprovante da locação do imóvel por Ingrid Calheiros no município norte-mineiro somente será apresentado depois que o juiz da Vara de Execuções Penais de Montes Claros, Francisco Lacerda de Figueiredo, receber a documentação do pedido de transferência ser encaminhada pelo juiz da Vara de Execuções de Contagem. Ontem à tarde, o presidente do Montes Claros FC, Vile Mocellin, confirmou que a companheira de Bruno alugou um imóvel na cidade. Revelou que, conversou com Ingrid nesta semana. “Ela disse que está de malas prontas para mudar-se para Montes Claros”, declarou o dirigente. Ele afirmou ainda que a dentista agradeceu ao clube de futebol pelo interesse em contribuir com a ressocialização do ex-goleiro. “A Ingrid é uma pessoa muito bacana. Ela agradeceu muito ao Montes Claros pela oportunidade que estamos oferecemos ao Bruno”, disse o dirigente. “Não estamos interessado simplesmente em um goleiro ou no Bruno que tornou-se conhecido como o goleiro do Flamengo, mas sim na recuperação da pessoa humana do Bruno”, declarou Mocellin. Estado de Minas - Futuro do goleiro Bruno de volta às mãos da Justiça - Guilherme Paranaiba - Está nas mãos da Justiça o futuro do goleiro Bruno Fernandes de Souza, condenado a 22 anos e três meses de prisão pela morte da ex-amante Eliza Samúdio. Os advogados do atleta registraram ontem na Federação Mineira de Futebol (FMF) o contrato para que ele possa defender o Montes Claros Futebol Clube, que disputa o Módulo II do Campeonato Mineiro. À tarde, o nome dele já estava incluído no Boletim Informativo Diário (BID), da Confederação Brasileira de Futebol, como jogador oficial do clube. A defesa acredita que com endereço fixo na cidade do Norte de Minas, já que a mulher de Bruno, Ingrid Calheiros, alugou um apartamento e agora, com trabalho garantido, não haveria motivos para que a Justiça seja contra a transferência e permita que ele volte a jogar futebol. Mesmo no regime fechado, os advogados sustentam que a Lei de Execuções Penais (LEP) estabelece que o preso trabalhe fora da prisão, o que abriria as portas para o ex-goleiro do Flamengo. O contrato assinado por ele e pelo presidente do Montes Claros estabelece salário mensal de R$ 1.430 e multa rescisória de R$ 2,8 milhões. No Flamengo, ele recebia R$ 250 mil mensais e quase o mesmo valor de patrocinadores e direito de imagem. Segundo o calendário da FMF, ontem foi o último dia de inscrição de atletas para disputar o Campeonato Mineiro. O prazo motivou a ida dos advogados de Bruno à Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, para colher a assinatura dele. Tiago Lenoir e Francisco Simim, representantes legais, estavam acompanhados do psiquiatra Paulo Repsold, que foi atestar as condições físicas e mentais do preso. “Ele está apto a retomar a função de goleiro do ponto de vista médico”, disse Repsold. Lenoir afirmou que Bruno ficou bastante emocionado com a assinatura do documento e lembrou sua infância pobre. “O começo da minha carreira foi muito difícil e sofrido. Este recomeço não será diferente, mas vou vencer´, afirmou Bruno, segundo Lenoir. Com o contrato em mãos , os advogados partiram para a sede da FMF, no Barro Preto, Centro-Sul, para protocolar o registro. Simim informou que já entrou com pedido de transferência e aguarda o ofício consumando a mudança: “A dinâmica de prováveis viagens para jogar ficaria a cargo do juiz responsável pela vara de execuções da comarca. Tem de ter a autorização. O juiz é quem definirá se é possível e como poderá acontecer”. Recuperação O presidente do Montes Claros, Vile Mocellin, garantiu que não está preocupado com a presença do Bruno nos jogos imediatamente nem com possíveis viagens para defender o clube. “Nosso objetivo é recuperar o Bruno. Queremos dar uma oportunidade para que ele retome sua vida. Só corremos para o registro porque era o último dia. Até porque temos três bons goleiros. Se der certo e ele vier, terá que se destacar para entrar no time”, disse. O contrato termina em 27 de fevereiro de 2019 e pode ser renovado. No mesmo ano, ele deverá passar para o regime semiaberto. Trabalho é interno no regime fechado Especialistas em direito criminal consideram pouco provável que Bruno seja liberado pela Justiça para jogar. O advogado criminalista Sérgio Leonardo explica que a lei estabelece que no regime fechado o preso só trabalhe internamente. A saída só acontece quando há escolta e segurança específicas para que o detento permaneça em situação de regime fechado no trabalho. “Para que ele possa cumprir o contrato, terá de progredir no regime, quando cumprir dois quintos da pena e tiver bom comportamento. Somente no regime semiaberto é possível fazer trabalho externo”, informou. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) mantém convênios com empresas privadas para oferecer trabalho aos detentos. Quando estão em regime fechado, eles saem juntos, com escolta da penitenciária e permanecem vigiados por agentes durante todo o período de trabalho até o retorno. Na semiliberdade, saem da prisão por conta própria e devem estar de volta no horário determinado pelo juiz. Para o criminalista André Nyssior, especialista em direito penal da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG), o goleiro não pode ter tratamento diferenciado agora, apenas quando passar para o semiaberto. “Não há embasamento legal para que ele seja autorizado a jogar no regime fechado. Seria contraditório diante de vários habeas corpus negados a ele. O fundamento é exatamente da necessidade de ficar preso para assegurar, entre outras coisas, a ordem pública”, afirma. O Tribunal de Justiça informou que a defesa fez um pedido de transferência para Montes Claros, que será julgado pelo juiz da cidade. Em seguida, a comarca de Contagem, onde está o processo, e a Seds são comunicadas, mas sem poder de decisão. O TJ informou que não recebeu pedido de autorização para Bruno trabalhar em regime fechado e, quando chegar, será julgado pelo titular da Vara de Execuções Criminais de Contagem, Wagner Cavalieri. O Tempo - Defensor quer Bruno em campo ainda neste ano – 01/02/14 – 03h00 – Jhonny Cazetta/Natália Oliveira - Agora é oficial. Bruno Fernandes voltou a ser um goleiro profissional. Mesmo condenado a 22 anos e três meses de prisão, pela participação no sequestro e na morte da ex-namorada Eliza Samudio, o atleta assinou um contrato nessa sexta com o Montes Claros Futebol Clube, do Norte de Minas. O problema é saber se Bruno realmente irá voltar aos gramados, uma vez que ele cumpre pena em regime fechado. O otimismo fica por conta do próprio goleiro, do clube que o contratou e dos advogados dele, que planejam uma reestreia ainda neste ano. Provavelmente na fase final do Módulo II do Campeonato Mineiro, que tem como líder, do grupo B, o próprio Montes Claros. “Mesmo ele estando em regime fechado, tem como sair para jogar sim. Pode ser algo curioso, mas a lei permite. Temos algumas situações em que isso ocorre, como a de alguns estudantes de direito que conseguem ir até a faculdade para ter aula e depois voltar ao presídio sob escolta”, afirmou Francisco Simim, um dos defensores do goleiro. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), um pedido foi feito em janeiro para que o goleiro fosse transferido para o presídio de Montes Claros. O pedido ainda está sendo analisado pelo TJMG. Segundo a defesa do goleiro, somente após a liberação da transferência para Montes Claros será feito o pedido ao tribunal para que o goleiro saia do presídio para treinar e disputar as partidas. A possível saída do goleiro Bruno para trabalhar terá que ser aprovada pela Justiça e, caso isso aconteça, será um caso inédito no Brasil. O presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Adilson Rocha, explicou que os presos em regime fechado trabalham, mas dentro da penitenciária. “Para que um preso em regime fechado saia é preciso garantir uma segurança, a fim de evitar que ele fuja, e o Estado não faz isso, a menos que sejam vários presos indo trabalhar em alguma empresa, mas garantir esse privilégio para apenas um preso é um pouco mais complicado”, alertou Rocha. Uol - Indisciplina na prisão pode atrapalhar retorno de goleiro Bruno ao futebol - Bruno Thadeu e Tiago Dantas – 01/03/14 - Um caso de indisciplina na prisão pode impedir a volta do goleiro Bruno Fernandes aos gramados. Para jogar pelo Montes Claros F.C., time com o qual assinou contrato nesta sexta-feira, 28, Bruno teria que pedir para cumprir sua pena em regime semi-aberto, ou seja, quando o preso pode sair da cadeia para trabalhar. Atualmente, o atleta está em regime fechado, quando não pode sair da penitenciária para nada. Bruno foi condenado a 22 anos de prisão pela morte de Eliza Samudio, sua ex-amante. Segundo especialistas em Direito Penal consultados pelo UOL Esporte, o goleiro Bruno cumpre alguns dos requisitos para pedir a chamada progressão de pena. Ele já passou na cadeia um sexto dos 22 anos (está preso há 3 anos e 7 meses), tem residência fixa e necessidade de sustentar uma família. Graças à proposta feita pela equipe da segunda divisão mineira, Bruno preencheria outro quesito: emprego fixo. O grande problema, segundo especialistas, é que os juízes costumam avaliar o comportamento dos detentos na cadeia antes de autorizá-los a trabalhar. E é aqui que Bruno se complica. Em setembro de 2013, a Justiça puniu o goleiro depois que ele ameaçou outros dois detentos e um agente penitenciário do presídio Nelson Hungria, em Contagem, segundo o que está escrito no processo. O ato de indisciplina, considerado grave pela Justiça, ocorreu em abril de 2013. De acordo com o processo judicial, Bruno disse a dois detentos que iria ´pegar´ e ´bater´ neles porque eles haviam ´dedurado´ algo que ele fez para a direção - a ação não foi descrita no tribunal. Ainda conforme o processo, Bruno afirmou ao coordenador do pavilhão onde está preso que ´mandava pegar e matar lá fora´. As ameaças foram confirmadas por testemunhas, e o goleiro chegou a ser suspenso de seu trabalho na lavanderia. Em sua defesa, Bruno negou as acusações e disse ter apenas discutido com os presos por eles terem desrespeitado uma pessoa que o visitara uma semana antes. ´Para que haja a progressão para o semi-aberto é necessário que a pessoa tenha cumprido um sexto da pena e que tenha bom comportamento. A questão se ele foi preso por assassinato ou não é levada em conta. Mas o histórico de ato indisciplinar na prisão pode impedir que ele trabalhe fora do presídio´, explicou um especialista na área penal que preferiu não se identificar. Os outros quesitos necessários para ser autorizado a sair da prisão são atendidos por Bruno. A defesa do goleiro dirá à Justiça que o cliente tem emprego, um contrato com o Montes Claros F.C., residência fixa, onde vive sua atual mulher e família, e a necessidade de pagar pela formação de três filhos. A transferência para o time mineiro foi confirmada no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF no fim da tarde desta sexta. Especialista em direito penal, o advogado mineiro Vitor Lanna diz que, na sua opinião, Bruno ainda não teria direito a pedir para cumprir o resto da pena no regime semi-aberto, pois nem todos os seus recursos foram julgados pela Justiça. Em tese, segundo Lannna, o goleiro está preso preventivamente. A defesa do goleiro apelou contra a decisão do júri que, em 2013, condenou o atleta a 22 anos de prisão pela morte de Eliza Samudio. Segundo ele, o acordo com o time de futebol seria uma forma de convencer a Justiça de que o atleta pode aguardar o julgamento desse pedido em liberdade. ´O ponto mais importante é que ele ainda está recorrendo da sentença do júri. Acredito que arrumar um emprego pode ser uma estratégia usada pelo advogado dele para pedir para aguardar o julgamento desse recurso em liberdade´, comentou. Segundo Lanna, depois que o recurso for julgado, sim, Bruno pode pedir a progressão da pena. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais confirmou, na tarde, desta sexta-feira, que recebeu o pedido de transferência de Bruno para um presídio em Montes Claros, cidade que abriga o novo time do goleiro. O caso será avaliado por um juiz da cidade. O UOL Esporte procurou o advogado do goleiro, Francisco Simim, mas, até o fim da noite desta sexta, não obteve retorno.

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