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Mensagem: Escabroso detalhe da execução ocorrida anteontem no prolongamento da antes pacata e bucólica Vila Brasília em Montes Claros. Um dos atiradores, ao descarregar a arma, colocou o pé na cabeça agonizante de sua vítima. E, sempre atirando, acertou com um tiro o próprio pé. Daí a trilha de sangue que deixou, ao se dirigir a hospital, onde teria sido descoberto. É a versão de muitos vizinhos. Outro detalhe: o horror desta execução é porque toda a cena foi filmada por uma das duas câmeras de TV de um prédio em construção, na frente do qual ocorreu a execução sumária, e onde trabalharia o homem procurado. As ruas do Brasil, todo o Brasil, estão cheias de execuções, tão pavorosas como esta. O detalhe é que, pelas imagens que agora correm o mundo, é possível ver cada lance da barbárie, cruel e vergonhosa, independente de onde aconteça - aqui ou numa viela de Xangai. É preciso lembrar, sempre. Durante a Guerra do Vietnã, um dos episódios mais sangrentos do último século, a execução filmada de um guerrilheiro (foto acima) chocou e cobriu o mundo de vergonha, e apressou o fim da guerra. Era um conflito mundial. Uma guerra aberta, solenemente oficializada, mas a cena em nada - na escala humana - foi mais pavorosa do que a que Montes Claros assistiu há dois dias, repetida, e que tristemente exportou para o mundo. A brutal imagem sinaliza que a guerra aqui, embora não declarada, é também uma guerra, com o seu cortejo de horrores - e exatamente na terra que certa vez viu brotar uma melodia universal -´Amo-te Muito´, de inexcedível ternura. Os sinos dobram por nós. E por nossos filhos. Choremos todos.
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