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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 19 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Centenário de Edgar Pereira Petrônio Braz Montes Claros respeitou; Minas admirou; o Brasil conheceu o político e o empresário. No próximo dia 31 de outubro, o Norte de Minas estará comemorando o centenário de nascimento do brasilminense Edgar Martins Pereira, que se tornou cidadão norte-mineiro. Ele viveu ativamente em um dos momentos mais positivos financeiramente da vida do Norte de Minas: a Era do Algodão. Ouvia falar de Edgar Pereira quando ainda residia em São Francisco, e ali chegou o jovem caminhoneiro Sebastião Rocha, comprador de algodão para as empresas de Edgar. Em 1963 mudei-me para Montes Claros. Aqui, através do professor Zezinho Fonseca, vinculei-me a Luiz de Paula Ferreira, dono da Algodoeira Luiz de Paula, da qual tornei-me diretor administrativo a partir de 1966. Tínhamos Edgar Pereira como ex-adverso nos campos comercial e político. Assim, posso dizer que conheci Edgar Pereira pela ótica de quem está distante, mas com o espirito desarmado, e melhor pode avaliar os seus valores pessoais. A história não é escrita, fixada, por quem convive lado a lado com os que fazem história, mas pelos que pesquisam os fatos e a vida dos personagens que fizeram história. Edgar Pereira fez história. Edgar Pereira, nascido em Santo António de Boa Vista, município de Brasília/MG, hoje de Minas, veio ao mundo trazendo o sangue empreendedor de Maximiliano Martins Pereira, seu pai, e a bondade humana de Maria das Dores Pereira, sua mãe. Sua vida e atos marcaram a sua personalidade. Mesmo afastado do seu convívio pessoal, mas conhecendo e admirando seu trabalho, sua atuação comunitária, identifiquei o homem Edgar Pereira, o ser humano temperamental, de uma sensibilidade extrema e marcante singeleza no trato com as pessoas, sempre coerente e presto em suas decisões. Sua imortalidade está presente não apenas no obelisco plantado na entrada da Avenida João XXIII, portal do Bairro “Edgar Pereira”, em Montes Claros: “Um marco de amor e idealismo gravado para sempre no Norte Mineiro”. Seu trabalho político está registrado nos anais do Congresso Nacional; seus empreendimentos ficaram gravados na memória e se fazem presentes na materialidade histórica de suas empresas. Ele é patrono da Cadeira nº 32 do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, ocupada pelo confrade Edgar Antunes Pereira. A imortalidade de Edgar Pereira se faz presente pela memória de uma existência, que deixou marcas particularizantes. Não é preciso ser vassalo, como afirmou Castilho, para imortalizar as proezas de um homem. Todos os homens de bem podem se tornar imortais na lembrança dos que ficam. É imortal aquele não pode perecer, livre da metafísica espiritualista. Sua glória terrena foi adquirida por suas ações, pelos serviços relevantes prestados ao Norte de Minas. Seus filhos e sucessores ainda choram o seu prematuro passamento, “lágrimas de imortal contentamento” (Camões), porque a lembrança e o seu passado são inextinguíveis, imorredouros. Plagiando Garrett ouso dizer que ele caiu como um bravo em plena batalha política e quedou-se gloriosamente.

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